INTERPRETAÇÕES FENOMENOLÓGICAS SOBRE MIGUEL REALE: VALOR E DIALÉTICA DE COMPLEMENTARIDADE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AFONSO-ROCHA, RICARDO; Universidade Estadual de Santa Cruz
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: MOURA-MELO, IAGO DOS SANTOS; Universidade Estadual de Santa Cruz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Temiminos Revista Científica
Texto Completo: http://www.cnecrj.com.br/ojs/index.php/temiminos/article/view/352
Resumo: O presente estudo é uma reflexão acerca de alguns aspectos do pensamento de Miguel Reale à luz da fenomenologia. Nesse diálogo com a tradição, mostra-se premente a incursão em sua teoria dos valores e em sua noção de dialética de complementaridade, pontos de notada relevância para a correta assimilação de seu pensamento. O caminho aqui percorrido baseia-se nos aportes teóricos, metodológicos e epistemológicos advindos da fenomenologia hermenêutica de Martin Heidegger, desenvolvida em sua obra Ser e Tempo (1927). Visa a perceber, por meio da busca pelo significado da experiência vivida, se consegue Reale fugir ao pensamento idealista de que quer se distanciar, ao deslocar o elemento valor da categoria das idealidades da teoria dos objetos para a vida concreta e embebê-lo no que denomina de dialética de complementaridade. Para tanto, em sentido estrito, a abordagem metodológica deflui-se da fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty (1999), que unifica, em seu seio, o pluralismo metódico (Maman, 2003). A orientação filosófica básica para conduzir essa investigação é a pesquisa crítica nos moldes fenomenológicos. Quanto à técnica empregada, utilizar-se-á a pesquisa bibliográfica e documental na consulta da literatura (BITTAR, 2005). Para a consecução de seu projeto, Reale propõe o valor como síntese a priori que possibilitaria a compreensão do ente pela correlação ontognoseológica sujeito-objeto. Desse modo, o valor se traduziria como objetivação cultural que decorre da materialização da intencionalidade da consciência na história pelo ser do homem. Na correlação ontognoseológica sujeito-objeto, des-vela-se a dialética da complementaridade na medida em que não há o estabelecimento de um primado subjetivo frente ao objeto, ou o contrário, mas sim uma síntese progressivo-dialetizante e de polaridade entre tais.
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