Avaliação perceptiva e instrumental da função velofaríngea na fissura de palato submucosa assintomática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miguel,Haline Coracine
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Genaro,Kátia Flores, Trindade,Inge Elly Kiemle
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pró-fono (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872007000100012
Resumo: TEMA: a fissura de palato submucosa (FPSM) pode estar associada, ou não, a sintomas de disfunção velofaríngea (DVF). OBJETIVO: o presente estudo teve por propósito verificar se pacientes com FPSM diagnosticados como assintomáticos em uma avaliação perceptiva da fala apresentam ausência de hipernasalidade e fechamento velofaríngeo adequado em exame instrumental. MÉTODO: vinte pacientes com FPSM e sem sintomas de DVF, de ambos os gêneros, com idade entre 6 e 46 anos, foram submetidos à avaliação acústica da fala (nasometria), para a determinação da nasalância, o correlato acústico da nasalidade, e, à avaliação aerodinâmica da fala (técnica fluxo-pressão), para a determinação do fechamento velofaríngeo. A total concordância entre os resultados aferidos na avaliação perceptiva e nas avaliações instrumentais foi a hipótese de nulidade testada. RESULTADOS: a avaliação aerodinâmica confirmou integralmente as observações da avaliação perceptiva, ou seja, todos os 20 pacientes foram diagnosticados como tendo fechamento velofaríngeo adequado em ambas as modalidades de avaliação. Os resultados da nasometria, por sua vez, concordaram com os da avaliação perceptiva em apenas 15 dos 20 pacientes analisados (75% dos casos). Os 5 pacientes restantes (25%) apresentaram escores de nasalância sugestivos de hipernasalidade na nasometria, não constatada na avaliação perceptiva, levando, neste caso, à rejeição da hipótese de nulidade. CONCLUSÃO: os resultados mostram a importância do uso combinado de avaliação perceptiva e instrumental para o diagnóstico da DVF em casos de FPSM. Com base nos achados recomenda-se o acompanhamento periódico dos casos considerados assintomáticos em avaliação perceptiva da fala e que apresentem evidências de DVF em uma avaliação instrumental, como a nasometria, particularmente em se tratando de crianças, mais sujeitas ao desenvolvimento de sintomas com o avanço da idade.
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