A secularização no pensamento de Charles Taylor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jeudy, Josner
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14836
Resumo: Esta dissertação procura explorar o conceito de secularização no pensamento de Charles Taylor e entender, à luz do seu pensamento, a realidade secular do Estado brasileiro. Para o autor canadense, a secularização pode ser definida em três sentidos: a separação entre Igreja e Estado; o abandono das práticas religiosas; e, por fim, a fé como uma opção dentre tantas outras. Para o primeiro sentido, que é o da separação entre Igreja e Estado, o autor se refere aos Estados Unidos, na condição de uma das primeiras sociedades a separar Igreja e Estado, ainda que aquele país se insira na sociedade ocidental com as estatísticas mais elevadas de fé e práticas religiosas. Tudo para mostrar que separação não quer dizer inimizade do Estado com a Igreja. O segundo sentido, que é o do abandono da fé, consiste no abandono de convicções e práticas religiosas, em pessoas se afastando de Deus e não mais frequentando sua igreja (comunidade eclesial). O terceiro sentido da secularização, segundo Taylor, é o da fé como uma opção dentre tantas outras. Uma opção que não é mais o padrão, mas deve ser preservada e respeitada. Com o objetivo de mergulhar no pensamento de Taylor, como ele mesmo diz que seu pensamento é fruto de um entendimento equivocado de outros sociólogos da religião a respeito da secularização, procuramos encontrar um desses sociólogos, Peter Ludwig Berger, que representa bem a discussão, a fim de demonstrar que o pensamento do filósofo canadense não surgiu do nada. Por isso mesmo, esta dissertação segue a seguinte divisão: 1º Capítulo, Peter Berger e a teoria da secularização; 2º Capítulo, A própria tese de Taylor: a fé como uma opção dentre tantas outras; e 3º Capítulo, A realidade secular brasileira. Concluímos que, dos três sentidos apresentados por Taylor, dois deles contemplam a realidade secular brasileira. Apesar das divergências de opinião, é possível se falar da separação entre Igreja e Estado no Brasil (1º sentido). Também no maior país da América do Sul, a fé está fortemente presente, porém, sem ser a única opção, e muito menos a opção-padrão (3º sentido).
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