Determinantes socioeconômicos da criminalidade no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrari, Tiago Casagrande
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16733
Resumo: A criminalidade é um problema socioeconômico que atinge a vida de milhares de brasileiros, de modo que, recentemente, muito tem-se estudado na área da Economia do Crime sobre as causas da criminalidade no Brasil, um dos países mais violentos do mundo. Dessa forma, o presente trabalho apresenta o modelo econômico tradicional da criminalidade e o estado da criminalidade no Brasil, com foco em São Paulo, no ano de 2017. Constatou-se que as principais vítimas, tanto em São Paulo, quanto no Brasil, são homens jovens, reforçando o consenso na literatura sobre o assunto, porém em São Paulo os mais afetados são brancos e pardos, enquanto no Brasil são negros. Para a análise empírica, utilizou-se a estatística descritiva das vítimas em São Paulo, além disso, foi aplicada a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e o uso do modelo econométrico espacial conhecido como Modelo de Erro Autorregressivo Espacial (SEM), pois é provada a autocorrelação espacial da taxa de homicídios em São Paulo, bem como existência de clusters espaciais entre as microrregiões paulistas. Dessa forma, o modelo identificou que a desigualdade social exerce grande influência na taxa de homicídios, bem como a proporção de jovens entre 15 e 29 anos e a renda per capita. Diante disso, programas que visem aredução da criminalidade no estado de São Paulo devem levar em conta o papel da desigualdade social e do contingente de jovens, além disso, políticas com vista em reduzir a desigualdade ou de capacitação e inclusão de jovens no mercado de trabalho, terão como externalidade positiva a redução da taxa de homicídios.
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