Narrativas subalternas de mulheres negras na construção da interseccionalidade como metodologia do comitê da ONU contra a discriminação racial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Isabella
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16897
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo estudar os impactos de narrativas subalternas de mulheres negras na construção da teoria interseccional adotada pelo Comitê das Nações Unidas sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial. Pretendeu-se responder, com a presente pesquisa, se narrativas de mulheres negras subalternas e não acadêmicas influenciaram na sistematização da interseccionalidade como conceito acadêmico que, depois da Conferência de Durban, tornou-se metodologia do Comitê em questão para análise da discriminação racial. Para isso, foram analisadas trinta e seis recomendações gerais publicadas pelo Comitê no site oficial das Nações Unidas que foram emitidas de 1972 a maio de 2022, foi analisado quando o Comitê começou a considerar a interseccionalidade como metodologia de análise de casos de discriminação racial. Também foi estudado o conceito de interseccionalidade pelos estudos de Carla Akotirena, Kimberlé Crenshaw, e Patricia Hill Colins. Foram analisadas narrativas subalternas de mulheres negras não acadêmicas como Carolina Maria de Jesus, Laudelina de Campos Melo e Elza Soares, mulheres negras brasileiras que nasceram e tiveram suas vivencias e contribuições no século XX antes do Comitê começar a trabalhar com a interseccionalidade nos anos 2000. Nossa hipótese, foi que narrativas subalternas influenciaram na conceituação da interseccionalidade como categoria acadêmica, mas que não tiveram, nos trabalhos do Comitê, referência direta e acolhida expressa.
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