As intermitências da morte e as fabulações em Saramago : ironia e paródia na crítica social e política

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Viviane Lima da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4839
Resumo: Esta pesquisa propõe a análise e a discussão crítico-literária sob o viés da crítica política e social adotado pelo escritor português José Saramago no romance As intermitências a morte (2017), a partir da crítica literária sobre o processo estético do autor na composição de personagens que são representantes da Igreja, Estado e sociedade. Para tanto, foi necessário, primeiramente, refazer o percurso pelo qual a representação da morte passou ao longo do tempo, elegendo-se um recorte acerca das imagens produzidas por sua simbologia em determinados contextos históricos e culturais. Busca-se demonstrar a presença do viés político, marca da escrita saramaguiana, no romance analisado, e como o autor se vale da construção das personagens na narrativa para colocar sua crítica à interferência do poder exercido pelas instituições sociais na vida do cidadão, discutindo a forma como a morte passa de rito restrito ao âmbito privado para uma concepção institucionalizada da vida na sociedade contemporânea. Nesse sentido, ao evidenciar o discurso implícito de Saramago sobre como a banalização da morte é usada dentro do construto narrativo, por meio da composição de algumas personagens, o presente trabalho objetiva demonstrar como a escrita saramaguiana chama o leitor à reflexão quanto a lógica perversa do poder exercido pelas instituições sociais na contemporaneidade. A pesquisa fundamenta-se no aporte teórico-crítico basilar para os estudos de autores e autoras que tratam sobre o tema da morte, da paródia e da ironia como recursos estéticos, a exemplo de Philippe Ariès, Michel Foucault, Linda Hutcheon, Maria Alzira Seixo, Susan Sontag, Camila Diogo de Souza, Ana Cristina Cerdeira, Carlos Reis, dentre outros e outras. Convém ressaltar, ainda, o diálogo investigativo com a fortuna crítica de José Saramago, a qual possui contribuições valiosas para investigar o corpus da pesquisa
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Busca-se demonstrar a presença do viés político, marca da escrita saramaguiana, no romance analisado, e como o autor se vale da construção das personagens na narrativa para colocar sua crítica à interferência do poder exercido pelas instituições sociais na vida do cidadão, discutindo a forma como a morte passa de rito restrito ao âmbito privado para uma concepção institucionalizada da vida na sociedade contemporânea. Nesse sentido, ao evidenciar o discurso implícito de Saramago sobre como a banalização da morte é usada dentro do construto narrativo, por meio da composição de algumas personagens, o presente trabalho objetiva demonstrar como a escrita saramaguiana chama o leitor à reflexão quanto a lógica perversa do poder exercido pelas instituições sociais na contemporaneidade. A pesquisa fundamenta-se no aporte teórico-crítico basilar para os estudos de autores e autoras que tratam sobre o tema da morte, da paródia e da ironia como recursos estéticos, a exemplo de Philippe Ariès, Michel Foucault, Linda Hutcheon, Maria Alzira Seixo, Susan Sontag, Camila Diogo de Souza, Ana Cristina Cerdeira, Carlos Reis, dentre outros e outras. Convém ressaltar, ainda, o diálogo investigativo com a fortuna crítica de José Saramago, a qual possui contribuições valiosas para investigar o corpus da pesquisaThis research proposes the analysis and critical-literary discussion about the bias of political and social criticism adopted by the Portuguese writer José Saramago in the novel As intermitências da morte, based on literary criticism on the author's aesthetic process in the composition of characters who are representatives of Church, State and Society. Therefore, it was necessary, first, to retrace the path through which the representation of death has passed over time, choosing a clipping about the images produced by its symbology in certain historical and cultural contexts. It seeks to demonstrate the presence of political bias, a mark of Saramago's writing, in the analyzed novel, and how the author uses the construction of characters in the narrative to criticize the interference of the power exercised by social institutions in the life of the citizen, discussing the the way in which death passes from a rite restricted to the private sphere to an institutionalized conception of life in contemporary society. In this sense, by evidencing Saramago's implicit discourse on how the trivialization of death is used within the narrative construct, through the composition of some characters, the present work aims to demonstrate how Saramago's writing calls the reader to reflect on the perverse logic of the power exercised by social institutions in contemporary times. The research is based on the fundamental theoretical-critical contribution to the studies of authors who deal with the theme of death, parody and irony as aesthetic resources, such as Philippe Ariès, Michel Foucault, Linda Hutcheon, Maria Alzira Seixo , Susan Sontag, Camila Diogo de Souza, Ana Cristina Cerdeira, Carlos Reis, among others and others. It is also worth mentioning the investigative dialogue with the critical fortune of José Saramago, which has valuable contributions to investigate the research corpusPontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Formação de Professores e HumanidadesBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em LetrasFerreira, Elizete Albinahttp://lattes.cnpq.br/7838155117795661Pinto, Divino Joséhttp://lattes.cnpq.br/7196794396119181Bottos Júnior, Norivalhttp://lattes.cnpq.br/8939716542755764Matos, Viviane Lima da Silva2022-08-26T19:35:31Z2022-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMATOS, Viviane Lima da Silva. As intermitências da morte e as fabulações em Saramago: ironia e paródia na crítica social e política. 2022. 68 f. 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