ESTUDO COMPARATIVO DA DOR PÓS-OPERATÓRIA ENTRE AS TÉCNICAS LICHTENSTEIN E LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL UNILATERAL NÃO RECIDIVADA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) |
Texto Completo: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3620 |
Resumo: | O tratamento cirúrgico de hérnia inguinal é um dos procedimentos médicos mais realizados em diversos países, incluindo o Brasil. Mais de 20 milhões de cirurgias de reparo de hérnia inguinal são realizadas anualmente em todo o mundo. Entre as diversas técnicas cirúrgicas desenvolvidas para o tratamento de hérnias inguinais, a escolha da técnica mais apropriada era, no passado, baseada na taxa de recidiva. No entanto, com os avanços tecnológicos na área cirúrgica, a taxa de recidiva diminuiu significativamente em diversas técnicas. Atualmente, a dor pós-operatória é um dos maiores problemas relacionados à correção de hérnia inguinal, pois afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, apesar da alta frequência de hérnia inguinal, ainda existem poucos estudos comparativos da dor pós-operatória, que avaliam a dor por período superior à 48h de cirurgia. Assim, o objetivo principal deste estudo foi de comparar o nível de dor pós-operatória entre a técnica aberta de Lichtenstein (LC) e a técnica laparoscópica pré-peritoneal transabdominal (TAPP) no tratamento de hérnia inguinal unilateral não recidivada. Foram incluídos neste estudo 60 pacientes de ambos os sexos com idade entre 26 e 69 anos, dos quais 30 foram operados pela técnica de LC e 30 pela técnica TAPP, sendo que quatro pacientes foram excluídos por não retornarem no pós-operatório. A intensidade da dor foi avaliada por meio da escala visual analógica (EVA) nos dias 2, 10 e 30 de pós-operatório. Além disso, a taxa de recidiva, a presença de dor crônica e parestesia foram avaliadas 12 meses após a cirurgia. A análise dos dados avaliados demonstrou que existem diferenças significativas nos níveis de dor pós-operatória entre as técnicas LC e TAPP, com diferenças no nível de dor entre os dias de pós-operatório. Com 2 dias de pós-operatório, não foram encontradas diferenças no nível de dor entre as técnicas cirúrgicas. Diferentemente, com 10 e 30 dias de pós-operatório, a técnica TAPP (1,4 e 0,4 respectivamente) promoveu um nível de dor significativamente menor na escala EVA, comparado à técnica LC (2,8 e 1,3 respectivamente). Além disso, apesar de ambas as técnicas não promoverem recidiva após 12 meses da cirurgia, a dor crônica foi menor no grupo operado pela técnica TAPP do que no grupo operado pela técnica LC, ocorrendo em 3,6% e 32% dos pacientes, respectivamente. Os pacientes operados pela técnica TAPP também apresentaram uma taxa menor de seroma e de uso de medicamento analgésico. Concluindo, neste estudo foi demonstrado que existem diferenças na dor pós-operatória entre as técnicas cirúrgicas, sendo que a técnica TAPP apresentou um nível de dor pós-operatória (10 e 30 dias) e dor crônica (12 meses) significativamente menor que a técnica LC. Finalmente, este estudo é de grande importância, pois auxiliará cirurgiões na escolha da técnica mais efetiva e menos dolorosa para o reparo da hérnia inguinal não recidivada. |
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ESTUDO COMPARATIVO DA DOR PÓS-OPERATÓRIA ENTRE AS TÉCNICAS LICHTENSTEIN E LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL UNILATERAL NÃO RECIDIVADAComparative study of postoperative pain for the treatment of unilateral primary inguinal hernia between the Lichtenstein and Laparoscopy techniquesdor pós-operatória, escala visual analógica, hérnia inguinal, laparoscopia, Lichtenstein.postoperative pain, analogue visual scale, inguinal hernia, laparoscopy, Lichtenstein.CIENCIAS DA SAUDEO tratamento cirúrgico de hérnia inguinal é um dos procedimentos médicos mais realizados em diversos países, incluindo o Brasil. Mais de 20 milhões de cirurgias de reparo de hérnia inguinal são realizadas anualmente em todo o mundo. Entre as diversas técnicas cirúrgicas desenvolvidas para o tratamento de hérnias inguinais, a escolha da técnica mais apropriada era, no passado, baseada na taxa de recidiva. No entanto, com os avanços tecnológicos na área cirúrgica, a taxa de recidiva diminuiu significativamente em diversas técnicas. Atualmente, a dor pós-operatória é um dos maiores problemas relacionados à correção de hérnia inguinal, pois afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, apesar da alta frequência de hérnia inguinal, ainda existem poucos estudos comparativos da dor pós-operatória, que avaliam a dor por período superior à 48h de cirurgia. Assim, o objetivo principal deste estudo foi de comparar o nível de dor pós-operatória entre a técnica aberta de Lichtenstein (LC) e a técnica laparoscópica pré-peritoneal transabdominal (TAPP) no tratamento de hérnia inguinal unilateral não recidivada. Foram incluídos neste estudo 60 pacientes de ambos os sexos com idade entre 26 e 69 anos, dos quais 30 foram operados pela técnica de LC e 30 pela técnica TAPP, sendo que quatro pacientes foram excluídos por não retornarem no pós-operatório. A intensidade da dor foi avaliada por meio da escala visual analógica (EVA) nos dias 2, 10 e 30 de pós-operatório. Além disso, a taxa de recidiva, a presença de dor crônica e parestesia foram avaliadas 12 meses após a cirurgia. A análise dos dados avaliados demonstrou que existem diferenças significativas nos níveis de dor pós-operatória entre as técnicas LC e TAPP, com diferenças no nível de dor entre os dias de pós-operatório. Com 2 dias de pós-operatório, não foram encontradas diferenças no nível de dor entre as técnicas cirúrgicas. Diferentemente, com 10 e 30 dias de pós-operatório, a técnica TAPP (1,4 e 0,4 respectivamente) promoveu um nível de dor significativamente menor na escala EVA, comparado à técnica LC (2,8 e 1,3 respectivamente). Além disso, apesar de ambas as técnicas não promoverem recidiva após 12 meses da cirurgia, a dor crônica foi menor no grupo operado pela técnica TAPP do que no grupo operado pela técnica LC, ocorrendo em 3,6% e 32% dos pacientes, respectivamente. Os pacientes operados pela técnica TAPP também apresentaram uma taxa menor de seroma e de uso de medicamento analgésico. Concluindo, neste estudo foi demonstrado que existem diferenças na dor pós-operatória entre as técnicas cirúrgicas, sendo que a técnica TAPP apresentou um nível de dor pós-operatória (10 e 30 dias) e dor crônica (12 meses) significativamente menor que a técnica LC. Finalmente, este estudo é de grande importância, pois auxiliará cirurgiões na escolha da técnica mais efetiva e menos dolorosa para o reparo da hérnia inguinal não recidivada.The surgical treatment of inguinal hernia is one of the most performed medical procedures in many countries, including Brazil. More than 20 million surgeries of inguinal hernia repair are performed annually around the world. Within the many surgical techniques developed to treat inguinal hernia, the most appropriate technique was in the past chosen based on the recurrence rate. However, with the technological advances in the surgical field, the recurrence rate decreased substantially for all surgical procedures. Recently, postoperative pain is one the major problems related to the surgical treatment of inguinal hernia, as it directly affects the quality of life of patients. Besides, despite the high rate of inguinal hernia cases, there are few comparative studies on the postoperative pain, which evaluate pain for a period longer than 48h after the surgical procedure. Therefore, the objective of this study was to compare the postoperative pain levels between the surgical techniques of open Lichtenstein (LC) and the transabdominal pre-peritoneal laparoscopy (TAPP) for the treatment of unilateral primary inguinal hernia. In this clinical study were included 60 patients, of both sexes and with age between 26 and 69 years, of which 30 were operated using the LC technique and 30 using the TAPP technique. Four patients, two of each group, were excluded from the study as they did complete the all the postoperative. The pain levels were evaluated through the analogue visual scale (AVS) on the days 2, 10 and 30 after the surgical procedure. Additionally, the recurrence rate, presence of chronic pain and paresthesia were evaluated 12 months after the surgery. The analysis of the data demonstrated significant differences on the pain levels between the surgical procedures LC and TAPP, with differences also for the postoperative days. For 2 days after the surgery, there were no differences on pain levels. Differently, for the days 10 and 30 after the surgery, the TAPP technique (1,4 and 0,4 respectively) promoted significantly lower pain levels on the AVS compared to the LC technique (2,3 and 1,3 respectively). Despite both surgical techniques presented no recurrent hernias 12 months after the surgery, chronic pain was lower for the group operated through the TAPP technique compared to the LC technique, occurring in 3.6% and 32% respectively. Moreover, the rate of seroma occurrence and analgesic administration was lower for the TAPP technique. In conclusion, this study demonstrated that there are differences between the surgical techniques, with the TAPP procedure promoting significantly lower postoperative pain (10 and 30 days) and chronic pain (12 months) compared to the LC procedure. Thus, this study is of great importance helping surgeons to choose the most efficient and less painful technique for the surgical repair of unilateral primary inguinal hernia.Pontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de BiomedicinaBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e SaúdeSilva Jr, Nelson Jorge dahttp://lattes.cnpq.br/6544526824923185Melo, Renato Miranda dehttp://lattes.cnpq.br/2028648748702062Pedroso, Leandro Mendonça2017-03-09T19:11:39Z2016-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPedroso, Leandro Mendonça. ESTUDO COMPARATIVO DA DOR PÓS-OPERATÓRIA ENTRE AS TÉCNICAS LICHTENSTEIN E LAPAROSCÓPICA NO TRATAMENTO DA HÉRNIA INGUINAL UNILATERAL NÃO RECIDIVADA. 2016. 58 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia - GOhttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3620porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2017-03-10T04:00:31Zoai:ambar:tede/3620Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932017-03-10T04:00:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false |
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