Antecedentes e consequentes do presenteísmo no trabalho : ampliando a rede nomológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Rose Helen Shimabuku Rodrigues
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4812
Resumo: O objetivo geral da tese foi de ampliar a rede nomológica do presenteísmo, observando para tanto seus antecedentes e consequentes. O presenteísmo trata-se de um fenômeno psicossocial, dadas as implicações profundas que estabelece na qualidade devida do trabalhador em todas as suas dimensões. Pesquisar sobre o presenteísmo na busca pela ampliação de sua rede nomológica a partir da análise de seus antecedentes e consequentes se faz de suma importância para compreensão do fenômeno e de seus desdobramentos. Sendo assim, foram considerados como antecedentes do presenteísmo a liderança autêntica e engajamento no trabalho; e como consequentes o capital psicológico e desempenho no trabalho. Para atender ao objetivo principal da tese, foram realizados cinco estudos. O primeiro estudo (artigo 1) teve por objetivo realizar uma revisão sistemática de literatura sobre o tema “Presenteísmo e engajamento no trabalho” e analisar as produções científicas que investigam os efeitos presenteísmo sobre o engajamento dos trabalhadores, realizadas entre os anos de 2011 a 2021 Sobre essa temática, foram encontrados e analisados de maneira independente 35 artigos na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em todas as bases de dados, usando os descritores “presenteeism and engagement”. A revisão demonstrou que um modelo abrangente que poderia explicar por quê as pessoas “optam” pelo presenteísmo ainda não foi estabelecido. Os resultados indicaram que a maioria das pesquisas empíricas fez uso de métodos quantitativos e procurou investigar a relação do construto com variáveis que pudessem influenciá-lo de forma positiva ou negativa. Essa avaliação foi feita, contudo, a partir de perguntas únicas ou escalas que mensuram outros fenômenos, que não apenas o presenteísmo, como o desempenho, por exemplo. Observou-se ainda a ausência de consenso acerca da definição do construto. As implicações decorrentes da investigação atestam a necessidade de aprofundamento dos estudos sobre a relação entre engajamento e comportamento presenteísta. A pesquisa empírica do estudo 2 teve como objetivo descrever o desenvolvimento e fornecer novas evidências de validade da Escala de Presenteísmo de Stanford (SPS-6), instrumento que afere o nível de presenteísmo do trabalhador. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos: o Estudo 1 relata a análise descritiva e fatorial do instrumento (n = 204) e o Estudo 2 trata da análise convergente e de invariância da medida, conduzida em amostra independente (n = 541). Trabalhadores adultos, de ambos os sexos, que desempenham atividades laborais por pelo menos um ano ao longo da vida e estejam inseridos no mercado de trabalho formal ou informal no momento da pesquisa constituíram as amostras. Os resultados indicaram que os seis itens se estruturam em dois fatores: Trabalho Completado (TC) e Distração Evitada (DE), explicando 44,7% da variância total, com um alfa de Cronbach de .84. A Análise Fatorial Confirmatória confirma a estrutura encontrada demonstrando bons indicadores de ajustes: Comparative Fit Index (CFI) = .99, Tucker Lewis Index (TLI) = .99, Root Mean Square Error of Aproximation (RMSEA) = .03, além de um alfa de Cronbach de .82. Tomados em conjunto, os resultados deste estudo demonstram evidências de validade para a SPS-6. Essa medida pode ser uma importante ferramenta de diagnóstico na área organizacional e de saúde, além de poder subsidiar o estabelecimento de políticas públicas que foquem nas ações que visem a saúde, o bem-estar e a produtividade no trabalho. O terceiro estudo da tese propôs que o engajamento medeia a relação negativa entre liderança autêntica e presenteísmo no trabalho. Essa hipótese foi testada com um modelo de mediação dupla, usando dados coletados em dois momentos distintos, que contou com a participação de 237 trabalhadores. Os resultados indicam haver mediação do engajamento na relação entre liderança autêntica e presenteísmo no tempo 1 e tempo 2, isoladamente. A predição da liderança autêntica é evidenciada a curto prazo, porém não se sustenta quando há um lapso temporal. 10 Observa-se, nesse sentido, a importância de líderes que atuem não somente como gestores nas organizações, mas que estejam imbuídos do desejo de inspirar pessoas por meio do autoconhecimento, processamento equilibrado, transparência e comportamento ético, bem como de se manter práticas de gestão que sejam contínuas e próximas aos trabalhadores. Dessa forma, o efeito da liderança pode ser positivo para saúde do trabalhador e permitir que ele seja menos presenteísta. O estudo 4 foi realizado a fimde compreender a relação entre presenteísmo e desempenho, bem como testar o papel mediador do capital psicológico nessa relação, por meio dos fatores autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência. A pesquisa foi realizada com 541 trabalhadores brasileiros. Os dados coletados foram analisados por meio de regressões múltiplas. Os resultados das análises indicam haver correlações significativas entre presenteísmo, autoeficácia otimismo, esperança, resiliência e desempenho. Foi realizada análise de mediação quádrupla para evidenciar o efeito do capital psicológico na relação entre presenteísmo e desempenho. Os resultados confirmam o efeito do presenteísmo no desempenho e o efeito mediador do capital psicológico nesta relação, pelas vias da autoeficácia e esperança. A pesquisa avança no modelo de recursos e demandas do trabalho (JD-R) confirmando a importância do recurso do trabalho e dos recursos pessoais do trabalhador. Os resultados sugerem que os gestores e profissionais de recursos humanos do devem considerar incorporar intervenções focadas no desenvolvimento dos níveis de capital psicológico, e aumentando assim o desempenho dos trabalhadores e auxiliando na melhoria dos resultados organizacionais. O quinto e último estudo objetivou analisar a flutuação do presenteísmo em três momentos distintos, numa mesma amostra de participantes, tenho em vista o contexto das coletas de dados. A amostra foi composta por 135 trabalhadores. A análise em painel foi utilizada para estimar os níveis de presenteísmo em três momentos distintos, considerando o contexto social da pesquisa e a constância da combinação de dados em séries temporais. Os resultados indicam que as flutuações do presenteísmo sofrem influência de variáveis como sexo, idade, tempo de serviço, tipo de organização, grau de instrução e estado de saúde. Os índices de presenteísmo foram acentuados no contexto da pandemia da COVID-19, demonstrando que o fenômeno é influenciado não somente pelos fatores pessoais e organizacionais, mas também pelo contexto. Essa tese contribuiu para a ciência da psicologia em três dimensões: no que se refere aos aspectos teóricos, à medida que se fornece consistência ao conceito de presenteísmo enquanto fator psicossocial relacionado ao trabalho e identifica nomologicamente seus antecedentes e consequentes; do ponto de vista metodológico, pois apresenta análises robustas e métodos distintos, tanto a partir de estudos de corte transversal, quanto mediacional em multiníveis e longitudinal, e; contribuições práticas, uma vez que subsidia intervenções organizacionais em diferentes aspectos ao compreender o impacto do presenteísmo saúde mental dos trabalhadores e seu desempenho. Logo, faz-se necessário que líderes e organizações desenvolvam políticas organizacionais que promovam o desenvovimento de rescursos pessoais dos trabalhadores, impeçam o fenômeno do presenteísmo no trabalho, bem como conduzam ao reestabelecimento da saúde à medida que se identifique profissionais adoecidos desempenhando suas atividades laborais. Dessa forma, há de se obter equipes mais engajadas, assertivas e eficientes, com maior qualidade de vida e melhor desempenho no trabalho
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Para atender ao objetivo principal da tese, foram realizados cinco estudos. O primeiro estudo (artigo 1) teve por objetivo realizar uma revisão sistemática de literatura sobre o tema “Presenteísmo e engajamento no trabalho” e analisar as produções científicas que investigam os efeitos presenteísmo sobre o engajamento dos trabalhadores, realizadas entre os anos de 2011 a 2021 Sobre essa temática, foram encontrados e analisados de maneira independente 35 artigos na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em todas as bases de dados, usando os descritores “presenteeism and engagement”. A revisão demonstrou que um modelo abrangente que poderia explicar por quê as pessoas “optam” pelo presenteísmo ainda não foi estabelecido. Os resultados indicaram que a maioria das pesquisas empíricas fez uso de métodos quantitativos e procurou investigar a relação do construto com variáveis que pudessem influenciá-lo de forma positiva ou negativa. Essa avaliação foi feita, contudo, a partir de perguntas únicas ou escalas que mensuram outros fenômenos, que não apenas o presenteísmo, como o desempenho, por exemplo. Observou-se ainda a ausência de consenso acerca da definição do construto. As implicações decorrentes da investigação atestam a necessidade de aprofundamento dos estudos sobre a relação entre engajamento e comportamento presenteísta. A pesquisa empírica do estudo 2 teve como objetivo descrever o desenvolvimento e fornecer novas evidências de validade da Escala de Presenteísmo de Stanford (SPS-6), instrumento que afere o nível de presenteísmo do trabalhador. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos: o Estudo 1 relata a análise descritiva e fatorial do instrumento (n = 204) e o Estudo 2 trata da análise convergente e de invariância da medida, conduzida em amostra independente (n = 541). Trabalhadores adultos, de ambos os sexos, que desempenham atividades laborais por pelo menos um ano ao longo da vida e estejam inseridos no mercado de trabalho formal ou informal no momento da pesquisa constituíram as amostras. Os resultados indicaram que os seis itens se estruturam em dois fatores: Trabalho Completado (TC) e Distração Evitada (DE), explicando 44,7% da variância total, com um alfa de Cronbach de .84. A Análise Fatorial Confirmatória confirma a estrutura encontrada demonstrando bons indicadores de ajustes: Comparative Fit Index (CFI) = .99, Tucker Lewis Index (TLI) = .99, Root Mean Square Error of Aproximation (RMSEA) = .03, além de um alfa de Cronbach de .82. Tomados em conjunto, os resultados deste estudo demonstram evidências de validade para a SPS-6. Essa medida pode ser uma importante ferramenta de diagnóstico na área organizacional e de saúde, além de poder subsidiar o estabelecimento de políticas públicas que foquem nas ações que visem a saúde, o bem-estar e a produtividade no trabalho. O terceiro estudo da tese propôs que o engajamento medeia a relação negativa entre liderança autêntica e presenteísmo no trabalho. Essa hipótese foi testada com um modelo de mediação dupla, usando dados coletados em dois momentos distintos, que contou com a participação de 237 trabalhadores. Os resultados indicam haver mediação do engajamento na relação entre liderança autêntica e presenteísmo no tempo 1 e tempo 2, isoladamente. 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Os resultados das análises indicam haver correlações significativas entre presenteísmo, autoeficácia otimismo, esperança, resiliência e desempenho. Foi realizada análise de mediação quádrupla para evidenciar o efeito do capital psicológico na relação entre presenteísmo e desempenho. Os resultados confirmam o efeito do presenteísmo no desempenho e o efeito mediador do capital psicológico nesta relação, pelas vias da autoeficácia e esperança. A pesquisa avança no modelo de recursos e demandas do trabalho (JD-R) confirmando a importância do recurso do trabalho e dos recursos pessoais do trabalhador. Os resultados sugerem que os gestores e profissionais de recursos humanos do devem considerar incorporar intervenções focadas no desenvolvimento dos níveis de capital psicológico, e aumentando assim o desempenho dos trabalhadores e auxiliando na melhoria dos resultados organizacionais. O quinto e último estudo objetivou analisar a flutuação do presenteísmo em três momentos distintos, numa mesma amostra de participantes, tenho em vista o contexto das coletas de dados. A amostra foi composta por 135 trabalhadores. A análise em painel foi utilizada para estimar os níveis de presenteísmo em três momentos distintos, considerando o contexto social da pesquisa e a constância da combinação de dados em séries temporais. Os resultados indicam que as flutuações do presenteísmo sofrem influência de variáveis como sexo, idade, tempo de serviço, tipo de organização, grau de instrução e estado de saúde. Os índices de presenteísmo foram acentuados no contexto da pandemia da COVID-19, demonstrando que o fenômeno é influenciado não somente pelos fatores pessoais e organizacionais, mas também pelo contexto. Essa tese contribuiu para a ciência da psicologia em três dimensões: no que se refere aos aspectos teóricos, à medida que se fornece consistência ao conceito de presenteísmo enquanto fator psicossocial relacionado ao trabalho e identifica nomologicamente seus antecedentes e consequentes; do ponto de vista metodológico, pois apresenta análises robustas e métodos distintos, tanto a partir de estudos de corte transversal, quanto mediacional em multiníveis e longitudinal, e; contribuições práticas, uma vez que subsidia intervenções organizacionais em diferentes aspectos ao compreender o impacto do presenteísmo saúde mental dos trabalhadores e seu desempenho. Logo, faz-se necessário que líderes e organizações desenvolvam políticas organizacionais que promovam o desenvovimento de rescursos pessoais dos trabalhadores, impeçam o fenômeno do presenteísmo no trabalho, bem como conduzam ao reestabelecimento da saúde à medida que se identifique profissionais adoecidos desempenhando suas atividades laborais. Dessa forma, há de se obter equipes mais engajadas, assertivas e eficientes, com maior qualidade de vida e melhor desempenho no trabalhoThe general objective of the thesis was to expand the nomological network of presenteeism, observing both its antecedents and consequent. The presenteeism is a psychosocial phenomenon, given the profound implications that it establishes in the due quality of the worker in all its dimensions. Researching on presenteeism in the search for the expansion of its nomological network based on the analysis of its antecedents and consequent is extremely important for understanding the phenomenon and its consequences. Therefore, authentic leadership and engagement at work were considered as antecedents of presenteeism; and as a consequence psychological capital and job performance. To meet the main objective of the thesis, five studies were carried out. The first study (article 1) aimed to carry out a systematic review of the literature on the theme “Gift and engagement at work” and to analyze the scientific productions that investigate the present effects on the engagement of workers, carried out between the years 2011 to 2021. On this theme, 35 articles were found and analyzed independently in the database of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), in all databases, using the descriptors “presenteeism and engagement”. The review demonstrated that a comprehensive model that could explain why people “opt” for presenteeism has not yet been established. The results indicated that most of the empirical research made use of quantitative methods and sought to investigate the relationship of the construct with variables that could influence it in a positive or negative way. This assessment was made, however, from single questions or scales that measure other phenomena, not only presenteeism, such as performance, for example. There was also a lack of consensus on the definition of the construct. The implications of the investigation attest to the need for further studies on the relationship between engagement and presenteeistic behavior. The empirical research of study 2 aimed to describe the development and provide new evidence of the validity of the Stanford Scale of Presentism (SPS-6), an instrument that measures the level of presenteeism of the worker. To this end, two studies were developed: Study 1 reports the descriptive and factorial analysis of the instrument (n = 204) and Study 2 deals with the convergent and measure invariance, conducted in an independent sample (n = 541). The adult workers, of both sexes, who perform work activities for at least one year throughout their lives and are inserted in the formal or informal labor market at the time of the survey. The results indicated that the six items are structured in two factors: Complete Work (TC) and Avoided Distraction (DE), explaining 44.7% of the total variance, with a Cronbach's alpha of .84. Confirmatory Factor Analysis confirms the structure found by demonstrating good adjustment indicators: Comparative Fit Index (CFI) = .99, Tucker Lewis Index (TLI) = .99, Root Mean Square Error of Aproximation (RMSEA) = .03, in addition to a Cronbach's alpha of .82. Taken together, the results of this study demonstrate evidence of validity for SPS-6. This measure can be an important diagnostic tool in the organizational and health area, in addition to supporting the establishment of public policies that focus on actions aimed at health, well-being and productivity at work. The third study of the thesis proposed that engagement mediates the negative relationship between authentic leadership and presenteeism at work. This hypothesis was tested with a double mediation model, using data collected at two different times, with the participation of 237 workers. The results indicate that there is a mediation of engagement in the relationship between authentic leadership and presenteeism in time 1 and time 2, in isolation. The prediction of authentic leadership is evident in the short term, but it is not supported when there is a time lapse. In this sense, it is observed the importance of leaders who act not only as managers in organizations, but who are imbued with the desire to inspire people through self-knowledge, balanced processing, transparency and ethical behavior, as well as maintaining management practices that be continuous and close to the workers. Thus, the effect 12 of leadership can be positive for workers' health and allow them to be less presentist. Study 4 was carried out in order to understand the relationship between presenteeism and performance, as well as to test the mediating role of psychological capital in this relationship, through the factors of self-efficacy, optimism, hope and resilience. The survey was conducted with 541 Brazilian workers. The collected data were analyzed using multiple regressions. The results of the analyzes indicate that there are significant correlations between presenteeism, self-efficacy, optimism, hope, resilience and performance. Quadruple mediation analysis was performed to show the effect of psychological capital on the relationship between presenteeism and performance. The results confirm the effect of presenteeism on performance and the mediating effect of psychological capital in this relationship, by means of self-efficacy and hope. The research advances in the model of resources and demands of work (JD-R) confirming the importance of the resource of work and the personal resources of the worker. The results suggest that managers and human resources professionals should consider incorporating interventions focused on the development of psychological capital levels, thus increasing the performance of workers and helping to improve organizational results. The fifth and last study aimed to analyze the fluctuation of presenteeism in three different moments, in the same sample of participants, considering the context of data collection. The sample consisted of 135 workers. The panel analysis was used to estimate the levels of presenteeism in three different moments, considering the social context of the research and the constancy of the combination of data in time series. The results indicate that the fluctuations of presenteeism are influenced by variables such as sex, age, length of service, type of organization, education level and health status. The presenteeism rates were accentuated in the context of the COVID-19 pandemic, demonstrating that the phenomenon is influenced not only by personal and organizational factors, but also by the context. The results also show variance in the measure of psychological capital, indicating a decrease in this index in the T1 and T3 samples, in comparison to the increase in presenteeism in the same interval. This thesis contributed to the science of psychology in three dimensions: with regard to theoretical aspects, as consistency is given to the concept of presenteeism as a psychosocial factor related to work and nomologically identifies its antecedents and consequent; from a methodological point of view, as it presents robust analyzes and different methods, both from cross-sectional, multi-level and longitudinal mediational studies, and; practical contributions, since it supports organizational interventions in different aspects by understanding the impact of presenteeism on workers' mental health and their performance. Therefore, it is necessary for leaders and organizations to develop organizational policies that promote the development of workers' personal resources, prevent the phenomenon of presenteeism at work, as well as lead to the reestablishment of health as it identifies sick professionals performing their work activities. Thus, it is necessary to obtain more engaged, assertive and efficient teams, with higher quality of life and better performance at workPontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Ciências Sociais e da SaúdeBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em PsicologiaMendonça, Helenideshttp://lattes.cnpq.br/3487676973485005Silva, André Vasconcelos dahttp://lattes.cnpq.br/3427056378409932Vazquez, Ana Claudia Souzahttp://lattes.cnpq.br/4802561480762409Zanini, Daniela Sacramentohttp://lattes.cnpq.br/8399407321735975Bastos, Rose Helen Shimabuku Rodrigues2022-06-30T16:02:59Z2021-03-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfBastos, Rose Helen Shimabuku Rodrigues. Antecedentes e consequentes do presenteísmo no trabalho : ampliando a rede nomológica. 2021. 271 f. Tese (Doutorado em Psicologia) -- Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2021.http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4812porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2022-07-01T04:00:27Zoai:ambar:tede/4812Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932022-07-01T04:00:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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O primeiro estudo (artigo 1) teve por objetivo realizar uma revisão sistemática de literatura sobre o tema “Presenteísmo e engajamento no trabalho” e analisar as produções científicas que investigam os efeitos presenteísmo sobre o engajamento dos trabalhadores, realizadas entre os anos de 2011 a 2021 Sobre essa temática, foram encontrados e analisados de maneira independente 35 artigos na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em todas as bases de dados, usando os descritores “presenteeism and engagement”. A revisão demonstrou que um modelo abrangente que poderia explicar por quê as pessoas “optam” pelo presenteísmo ainda não foi estabelecido. Os resultados indicaram que a maioria das pesquisas empíricas fez uso de métodos quantitativos e procurou investigar a relação do construto com variáveis que pudessem influenciá-lo de forma positiva ou negativa. Essa avaliação foi feita, contudo, a partir de perguntas únicas ou escalas que mensuram outros fenômenos, que não apenas o presenteísmo, como o desempenho, por exemplo. Observou-se ainda a ausência de consenso acerca da definição do construto. As implicações decorrentes da investigação atestam a necessidade de aprofundamento dos estudos sobre a relação entre engajamento e comportamento presenteísta. A pesquisa empírica do estudo 2 teve como objetivo descrever o desenvolvimento e fornecer novas evidências de validade da Escala de Presenteísmo de Stanford (SPS-6), instrumento que afere o nível de presenteísmo do trabalhador. Para tal, foram desenvolvidos dois estudos: o Estudo 1 relata a análise descritiva e fatorial do instrumento (n = 204) e o Estudo 2 trata da análise convergente e de invariância da medida, conduzida em amostra independente (n = 541). Trabalhadores adultos, de ambos os sexos, que desempenham atividades laborais por pelo menos um ano ao longo da vida e estejam inseridos no mercado de trabalho formal ou informal no momento da pesquisa constituíram as amostras. Os resultados indicaram que os seis itens se estruturam em dois fatores: Trabalho Completado (TC) e Distração Evitada (DE), explicando 44,7% da variância total, com um alfa de Cronbach de .84. A Análise Fatorial Confirmatória confirma a estrutura encontrada demonstrando bons indicadores de ajustes: Comparative Fit Index (CFI) = .99, Tucker Lewis Index (TLI) = .99, Root Mean Square Error of Aproximation (RMSEA) = .03, além de um alfa de Cronbach de .82. Tomados em conjunto, os resultados deste estudo demonstram evidências de validade para a SPS-6. 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A predição da liderança autêntica é evidenciada a curto prazo, porém não se sustenta quando há um lapso temporal. 10 Observa-se, nesse sentido, a importância de líderes que atuem não somente como gestores nas organizações, mas que estejam imbuídos do desejo de inspirar pessoas por meio do autoconhecimento, processamento equilibrado, transparência e comportamento ético, bem como de se manter práticas de gestão que sejam contínuas e próximas aos trabalhadores. Dessa forma, o efeito da liderança pode ser positivo para saúde do trabalhador e permitir que ele seja menos presenteísta. O estudo 4 foi realizado a fimde compreender a relação entre presenteísmo e desempenho, bem como testar o papel mediador do capital psicológico nessa relação, por meio dos fatores autoeficácia, otimismo, esperança e resiliência. A pesquisa foi realizada com 541 trabalhadores brasileiros. Os dados coletados foram analisados por meio de regressões múltiplas. 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Essa tese contribuiu para a ciência da psicologia em três dimensões: no que se refere aos aspectos teóricos, à medida que se fornece consistência ao conceito de presenteísmo enquanto fator psicossocial relacionado ao trabalho e identifica nomologicamente seus antecedentes e consequentes; do ponto de vista metodológico, pois apresenta análises robustas e métodos distintos, tanto a partir de estudos de corte transversal, quanto mediacional em multiníveis e longitudinal, e; contribuições práticas, uma vez que subsidia intervenções organizacionais em diferentes aspectos ao compreender o impacto do presenteísmo saúde mental dos trabalhadores e seu desempenho. 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