ANÁLISE MOLECULAR DOS POLIMORFISMOS DOS GENES GSTM1 E GSTT1 EM INDIVÍDUOS OCUPACIONALMENTE EXPOSTOS A AGROTOXICOS.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2372 |
Resumo: | O impacto do uso de agrotóxicos sobre os trabalhadores rurais é um problema que tem merecido atenção da comunidade científica em todo o mundo. A exposição ocupacional de trabalhadores agrícolas ocorre por falta de informação ou pela ausência de recursos técnicos qualificados. Esses trabalhadores estão constantemente expostos aos agrotóxicos que utilizam nas lavouras, e esta exposição pode ser responsável por danos genéticos causando um risco para a saúde. Um dos problemas da utilização de agrotóxicos é a genotoxicidade, que pode levar ao aparecimento de doenças. Pouco se sabe sobre a relação entre a genotoxicidade e a variação de polimosfismos genéticos de metabolização de xenobióticos que podem modificar a suscetibilidade individual aos efeitos genotóxicos dos agrotóxicos. Neste sentido, há a necessidade do estudo de genes como a glutationa-S-tranferase mu (GSTM1) e glutationa-S transferase teta (GSTT1) que codificam enzimas de detoxificação de compostos genotóxicos. Tais enzimas promovem a conjugação da glutationa facilitando remoção dos xenobióticos. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade polimórfica de GSTT1 e GSTM1 em indivíduos ocupacionalmente expostos a pesticidas, em municípios goianos com intensa atividade agrícola. Foram avaliados 235 indivíduos sendo que 120 eram trabalhadores rurais, ocupacionalmente expostos a agrotóxicos e 115 eram indivíduos não expostos a agrotóxicos, formando o grupo controle. O grupo exposto consistiu de 111 homens e apenas 9 mulheres obtendo uma média de idade 39 + 9 anos. Estes trabalhadores rurais eram de 12 municípios goianos com intensa atividade agrícola. Verificou-se que 18% dos indivíduos expostos possuíam o genótipo GSTT1 nulo e 49% apresentaram o genótipo GSTM1 nulo, e que 10% apresentaram ambos os genótipos nulos. Os dados como intoxicação (41%), uso de equipamentos de proteção individual (EPI´s) [52%] e se o trabalhador apenas manipulava o agrotóxico (7%), ou se apenas aplicava o agrotóxico (22%) ou se manipulava e aplicava (71%), foram todos correlacionados com os polimorfismos genéticos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os polimorfismos dos genes GSTM1 e GSTT1 entre os grupos exposto e controle (p = ˃ 0,05) . Dessa forma, o estudo de polimorfismos genéticos como biomarcadores de suscetibilidade é de importância fundamental na compreensão dos processos de distribuição genotípica envolvidos na mutagênese e carcinogênese e poderia ajudar a minimizar os riscos para indivíduos suscetíveis que são expostos a agrotóxicos. |
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Pouco se sabe sobre a relação entre a genotoxicidade e a variação de polimosfismos genéticos de metabolização de xenobióticos que podem modificar a suscetibilidade individual aos efeitos genotóxicos dos agrotóxicos. Neste sentido, há a necessidade do estudo de genes como a glutationa-S-tranferase mu (GSTM1) e glutationa-S transferase teta (GSTT1) que codificam enzimas de detoxificação de compostos genotóxicos. Tais enzimas promovem a conjugação da glutationa facilitando remoção dos xenobióticos. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade polimórfica de GSTT1 e GSTM1 em indivíduos ocupacionalmente expostos a pesticidas, em municípios goianos com intensa atividade agrícola. Foram avaliados 235 indivíduos sendo que 120 eram trabalhadores rurais, ocupacionalmente expostos a agrotóxicos e 115 eram indivíduos não expostos a agrotóxicos, formando o grupo controle. O grupo exposto consistiu de 111 homens e apenas 9 mulheres obtendo uma média de idade 39 + 9 anos. Estes trabalhadores rurais eram de 12 municípios goianos com intensa atividade agrícola. Verificou-se que 18% dos indivíduos expostos possuíam o genótipo GSTT1 nulo e 49% apresentaram o genótipo GSTM1 nulo, e que 10% apresentaram ambos os genótipos nulos. Os dados como intoxicação (41%), uso de equipamentos de proteção individual (EPI´s) [52%] e se o trabalhador apenas manipulava o agrotóxico (7%), ou se apenas aplicava o agrotóxico (22%) ou se manipulava e aplicava (71%), foram todos correlacionados com os polimorfismos genéticos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os polimorfismos dos genes GSTM1 e GSTT1 entre os grupos exposto e controle (p = ˃ 0,05) . Dessa forma, o estudo de polimorfismos genéticos como biomarcadores de suscetibilidade é de importância fundamental na compreensão dos processos de distribuição genotípica envolvidos na mutagênese e carcinogênese e poderia ajudar a minimizar os riscos para indivíduos suscetíveis que são expostos a agrotóxicos.The impact of pesticide on agricultural workers is an issue that has received attention from the scientific community worldwide. Occupational exposure of agricultural workers occurs due to lack of information or lack of skilled technical resources. These workers are exposed to pesticides in crops and this exposure may be responsible for genetic damage causing a health issue. A problem with the use of pesticides is the genotoxicity, which may lead to the onset of diseases. Little is known about the relationship between genotoxicity and genetic polymorphisms xenobiotics metabolism that can modify individual susceptibility. Therefore, there is a need to study genes as glutathione-S-transferase mu (GSTM1) and glutathione-Stransferase theta (GSTT1) encoding detoxification enzymes. These enzymes promote the conjugation of glutathione facilitating removal of xenobiotics. In this context, this study aimed to evaluate the variability of GSTM1 and GSTT1 polymorphisms in individuals occupationally exposed to pesticides in Goias municipalities that present intense agricultural activity. We evaluated 235 individuals which 120 were rural workers occupationally exposed to pesticides and 115 individuals were not exposed to pesticides, forming the control group. The exposed group consisted of 111 men and 9 women only getting an average of 39 + 9 years old. These workers were form 12 rural municipalities situated at Goias state with intense agricultural activity. It was found that 18% of the exposed individuals had the GSTT1 null genotype and 49% had the GSTM1 null genotype, and 10% had both null genotypes. Data as intoxication (41%), use of Personal Protection Equipment (52%) and if the worker handled the pesticide (7%), or if just applied the pesticide (22%) or if the worker manipulated and applied (71%) have all been correlated with genetic polymorphisms. There were no statistically significant differences between the GSTM1 and GSTT1 polymorphisms between control and exposed groups. Thus, the study of genetic polymorphisms as biomarkers of susceptibility is of fundamental importance in understanding the processes involved in mutagenesis and carcinogenesis and could help minimize the risk to susceptible individuals who are exposed to pesticides.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências HumanasBRPUC GoiásGenéticaSilva, Daniela de Melo ehttp://lattes.cnpq.br/9895211901348365Silva, Cláudio Carlos dahttp://lattes.cnpq.br/0277968514903258Reis, Angela Adamski da Silvahttp://lattes.cnpq.br/3243656364470085Godoy, Fernanda Ribeiro2016-08-10T10:38:46Z2013-12-192013-02-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGODOY, Fernanda Ribeiro. ANÁLISE MOLECULAR DOS POLIMORFISMOS DOS GENES GSTM1 E GSTT1 EM INDIVÍDUOS OCUPACIONALMENTE EXPOSTOS A AGROTOXICOS.. 2013. 63 f. 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