AVALIAÇÃO DAS CRENÇAS SOBRE AS PRÁTICAS PARENTAIS AO RECÉM-NASCIDO PREMATURO NA PERSPECTIVA DAS MÃES CUIDADORAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Paula Luísa Lima Melo de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3956
Resumo: O presente estudo objetivou avaliar as crenças sobre as práticas parentais ao recémnascido prematuro na perspectiva das mães cuidadoras de bairros periféricos da cidade de Guanambi/BA. Trata-se se um estudo de caráter exploratório com abordagem qualiquantitativa. Foram entrevistadas 30 mães de recém-nascido prematuro, cadastradas na Unidade Básica do Município de Guanambi/BA. Foram aplicados três questionários: um sociodemográfico, crenças sobre as práticas parentais e um instrumento qualitativo. Os dados foram avaliados com uso de estatística descritiva e comparativa. Os resultados identificaram que os fatores sociodemográficos e a prematuridade apresentam influência na adoção de práticas parentais específicas para cada contexto. As principais práticas adotadas pelas mães estudadas foram o contato face a face, com a média de 8,5 (+2,6), e a estimulação corporal, com 6,8 (+0,8) pontos. As mães foram as que mais cuidaram dos seus filhos em domicílio (36,7%), seguidas das avós (26,7%). A frequência de consultas de pré-natal foi de 93,3%, mas 70,0% nunca participaram de nenhum tipo de grupo de apoio e troca de experiências. As principais orientações dadas às mães durante o pré-natal foram sobre vacinas (73,3%). As orientações oferecidas durante o pré-natal foram classificadas pelas mães como muito importantes (83,3%), porém elas não identificaram nenhum profissional responsável por promover o elo entre a família e a ESF. Mais da metade (56,7%) das participantes não se sentiram preparadas para cuidar dos seus filhos em domicílio, pois sentiram medo (53,3%) e insegurança (33,3%). As mães não perceberam contribuição relevante por parte da ESF (66,6%); relataram interferências dos familiares quanto aos cuidados ao recém-nascido, porém viram tal interferência como positiva (33,0%). Concluiu-se que os contextos sociais, culturais, ambientais e, sobretudo, a prematuridade, interferiram na adoção de estilos parentais e percepção da parentalidade. Ressalta-se a necessidade de novos estudos para ampliação do conhecimento que subsidiem políticas públicas efetivas com ênfase no cuidado ao recém-nascido prematuro e o contexto em que estão inseridos.
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As principais práticas adotadas pelas mães estudadas foram o contato face a face, com a média de 8,5 (+2,6), e a estimulação corporal, com 6,8 (+0,8) pontos. As mães foram as que mais cuidaram dos seus filhos em domicílio (36,7%), seguidas das avós (26,7%). A frequência de consultas de pré-natal foi de 93,3%, mas 70,0% nunca participaram de nenhum tipo de grupo de apoio e troca de experiências. As principais orientações dadas às mães durante o pré-natal foram sobre vacinas (73,3%). As orientações oferecidas durante o pré-natal foram classificadas pelas mães como muito importantes (83,3%), porém elas não identificaram nenhum profissional responsável por promover o elo entre a família e a ESF. Mais da metade (56,7%) das participantes não se sentiram preparadas para cuidar dos seus filhos em domicílio, pois sentiram medo (53,3%) e insegurança (33,3%). As mães não perceberam contribuição relevante por parte da ESF (66,6%); relataram interferências dos familiares quanto aos cuidados ao recém-nascido, porém viram tal interferência como positiva (33,0%). Concluiu-se que os contextos sociais, culturais, ambientais e, sobretudo, a prematuridade, interferiram na adoção de estilos parentais e percepção da parentalidade. Ressalta-se a necessidade de novos estudos para ampliação do conhecimento que subsidiem políticas públicas efetivas com ênfase no cuidado ao recém-nascido prematuro e o contexto em que estão inseridos.The present study aimed to evaluate the beliefs about parental practices to the premature newborn from the perspective of the caregiver mothers of the outskirts of the city of Guanambi / BA. This is an exploratory study with a qualitative approach. We interviewed 30 mothers of premature newborns, registered in the Basic Unit of the Municipality of Guanambi / BA. Three questionnaires were applied: a sociodemographic, beliefs about parental practices and a qualitative instrument. The data were evaluated using descriptive and comparative statistics. The results identified that sociodemographic factors and prematurity influence the adoption of specific parental practices for each context. The main practices adopted by the mothers studied were face-to-face contact, with an average of 8.5 (+2.6), and body stimulation, with 6.8 (+0.8) points. Mothers were the ones who took care of their children at home (36.7%), followed by grandparents (26.7%). The frequency of prenatal consultations was 93.3%, but 70.0% never participated in any type of support group and exchange of experiences. The main guidelines given to mothers during prenatal care were on vaccines (73.3%). The guidelines offered during prenatal care were classified by mothers as very important (83.3%), but they did not identify any professionals responsible for promoting the link between the family and the FHT. More than half (56.7%) of the participants did not feel prepared to take care of their children at home, as they felt fear (53.3%) and insecurity (33.3%). Mothers did not perceive a relevant contribution from the FHS (66.6%); reported family interferences regarding newborn care, but they saw this interference as positive (33.0%). It was concluded that social, cultural, environmental and, above all, prematurity contexts interfered in the adoption of parental styles and perception of parenthood. The need for new studies to increase knowledge that subsidize effective public policies with an emphasis on the care of premature newborns and the context in which they are inserted is emphasized.Pontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de BiomedicinaBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e SaúdeSilva, Antonio Márcio Teodoro Cordeirohttp://lattes.cnpq.br/4256300529988960Vilanova-Costa, Cesar Augusto Sam Tiagohttp://lattes.cnpq.br/5210581114650829Almeida, Rogério José dehttp://lattes.cnpq.br/5504604536035282Barros, Paula Luísa Lima Melo de2018-05-03T13:08:09Z2018-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBarros, Paula Luísa Lima Melo de. AVALIAÇÃO DAS CRENÇAS SOBRE AS PRÁTICAS PARENTAIS AO RECÉM-NASCIDO PREMATURO NA PERSPECTIVA DAS MÃES CUIDADORAS. 2018. 60 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia-GO.http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3956porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2018-05-04T04:00:31Zoai:ambar:tede/3956Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932018-05-04T04:00:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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