Autorrelato de Qualidade de Vida de Adolescentes com Paralisia Cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Nathalia Ribeiro
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4170
Resumo: A paralisia cerebral é a principal causa de deficiência motora na infância. A avaliação da autopercepção da qualidade de vida durante a adolescência, fase singular, marcada por inúmeras transformações físicas e emocionais, em jovens com paralisia cerebral é importante, pois ainda é incipiente esse enfoque na literatura. Esta avaliação contribuirá para o empoderamento desta população, uma vez que os adolescentes estarão ativos no processo de construção do conhecimento sobre sua condição de saúde. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, cujo objetivo foi avaliar a qualidade de vida de adolescentes com paralisia cerebral. A variável dependente foi a qualidade de vida e constituíram variáveis independentes: faixa etária; estar matriculado em escola; natureza escolar da escola; distribuição do acometimento motor; nível do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e possuir marcha. Para avaliar a qualidade de vida, utilizou-se o instrumento PedsQL 3.0, módulo específico para paralisia cerebral. Compuseram a amostra 101 adolescentes com paralisia cerebral que participavam de atividades de reabilitação em instituições filantrópicas e/ou públicas na cidade de Goiânia-GO. Os resultados encontrados demonstram que a maioria dos adolescentes era do sexo masculino (57,4%); apresentava marcha (77,2%), era espástica (61,4%) e estava matriculada em escola regular (69,6%). Os domínios do PedsQL 3.0 com maiores escores e, portanto, melhor percepção de qualidade de vida, foram “Dor”, seguido de “Atividades cotidianas”, e os de escores menores, “Fadiga” e “Atividades escolares”. Adolescentes mais jovens, de 10 a 14 anos, apresentaram maiores escores nos domínios “movimento e equilíbrio”, “alimentação” e “fala e comunicação”. Aqueles matriculados em escolas obtiveram maiores escores nos domínios “atividades escolares” e “movimento e equilíbrio”. Estudantes de escola regular alcançaram maiores escores nos domínios “alimentação” e “fala e comunicação” e aqueles classificados como diplégicos, nos domínios “atividade cotidiana” e “alimentação”. Os participantes classificados nos níveis I GMFCS apresentaram maiores escores no domínio “atividades cotidianas”, quando comparados ao nível IV, e os andantes nos domínios de “atividades cotidianas” e “movimento e equilíbrio”. Conclui-se que os adolescentes de até 14 anos, que estudavam em escola regular, possuíam marcha e eram classificados no nível I apresentaram melhor percepção da qualidade de vida. Tais achados evidenciam a necessidade de estratégias de intervenção em saúde que contribuam para melhora da qualidade de vida, com enfoque na assistência de adolescentes mais velhos, inserção social para aqueles com maior comprometimento motor e melhor acessibilidade dos cadeirantes.
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spelling Autorrelato de Qualidade de Vida de Adolescentes com Paralisia CerebralQuality of life report of adolescents with cerebral palsyAdolescência, Qualidade de vida, Paralisia Cerebral.Adolescence, Quality of life, Cerebral Palsy.CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMA paralisia cerebral é a principal causa de deficiência motora na infância. A avaliação da autopercepção da qualidade de vida durante a adolescência, fase singular, marcada por inúmeras transformações físicas e emocionais, em jovens com paralisia cerebral é importante, pois ainda é incipiente esse enfoque na literatura. Esta avaliação contribuirá para o empoderamento desta população, uma vez que os adolescentes estarão ativos no processo de construção do conhecimento sobre sua condição de saúde. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, cujo objetivo foi avaliar a qualidade de vida de adolescentes com paralisia cerebral. A variável dependente foi a qualidade de vida e constituíram variáveis independentes: faixa etária; estar matriculado em escola; natureza escolar da escola; distribuição do acometimento motor; nível do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e possuir marcha. Para avaliar a qualidade de vida, utilizou-se o instrumento PedsQL 3.0, módulo específico para paralisia cerebral. Compuseram a amostra 101 adolescentes com paralisia cerebral que participavam de atividades de reabilitação em instituições filantrópicas e/ou públicas na cidade de Goiânia-GO. Os resultados encontrados demonstram que a maioria dos adolescentes era do sexo masculino (57,4%); apresentava marcha (77,2%), era espástica (61,4%) e estava matriculada em escola regular (69,6%). Os domínios do PedsQL 3.0 com maiores escores e, portanto, melhor percepção de qualidade de vida, foram “Dor”, seguido de “Atividades cotidianas”, e os de escores menores, “Fadiga” e “Atividades escolares”. Adolescentes mais jovens, de 10 a 14 anos, apresentaram maiores escores nos domínios “movimento e equilíbrio”, “alimentação” e “fala e comunicação”. Aqueles matriculados em escolas obtiveram maiores escores nos domínios “atividades escolares” e “movimento e equilíbrio”. Estudantes de escola regular alcançaram maiores escores nos domínios “alimentação” e “fala e comunicação” e aqueles classificados como diplégicos, nos domínios “atividade cotidiana” e “alimentação”. Os participantes classificados nos níveis I GMFCS apresentaram maiores escores no domínio “atividades cotidianas”, quando comparados ao nível IV, e os andantes nos domínios de “atividades cotidianas” e “movimento e equilíbrio”. Conclui-se que os adolescentes de até 14 anos, que estudavam em escola regular, possuíam marcha e eram classificados no nível I apresentaram melhor percepção da qualidade de vida. Tais achados evidenciam a necessidade de estratégias de intervenção em saúde que contribuam para melhora da qualidade de vida, com enfoque na assistência de adolescentes mais velhos, inserção social para aqueles com maior comprometimento motor e melhor acessibilidade dos cadeirantes.Cerebral palsy is the major cause of motor impairment in childhood. The importance of evaluating the quality of life during adolescence, from the selfperception perspective, relies on it being a singular stage of life, marked by numerous physical and emotional transformations in young people with cerebral palsy, also it is a rarely addressed subject in literature. This perspective promotes the empowerment of this population, as they actively participate in the process of constructing information about their health condition. This is a descriptive crosssectional study, with the objective to evaluate the quality of life of adolescents with cerebral palsy. The dependent variable was the quality of life and the independent variables were: age group; to be enrolled in school; the nature of the school; the distribution of motor involvement; the GMFCS and to have gait.The instrument used to evaluate the quality of life was PedsQL 3.0, a specific module for cerebral palsy. The sample consisted of 101 adolescents with cerebral palsy who attended rehabilitation activities in philanthropic and / or public institutions in the city of Goiania-GO. The results showed that the majority of adolescents were males (57.4%); (77.2%), spastic (61.4%) and enrolled in a regular school (69.6%). The PedsQL domains of highest scores were "Pain" followed by "Daily activities", while those with lower scores were "Fatigue" and "School activities". Younger adolescents, from 10 to 14 years old, presented higher quality of life scores in the "movement and balance", "feeding" and “speech and communication” domains. Individuals who were enrolled in school showed higher scores for the domains "school activities" "movement and balance".Regular school students showed higher scores for "feeding" and "speech and communication" domains.Diplegic adolescents showed higher scores for the domains "daily activity" and "feeding". There was a difference in the quality of life of GMFCS individuals with higher scores for level I in relation to level IV, for the domain "daily activities". There was difference for those with higher scores for the domains of "daily activities" and "movement and balance".It was concluded that adolescents up to the age of 14, who studied in a regular school, that had gait, and were classified in level I, presented a better quality of life. These findings point to a need of new actions, aimed to the specific needs of this population.Pontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de EnfermagemBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à SaúdeRibeiro, Maysa Ferreira Martinshttp://lattes.cnpq.br/6305488604604741Vitorino, Priscila Valverde de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/1815619227221108Brasil, Virginia Viscondehttp://lattes.cnpq.br/1940761888797180Garcia, Nathalia Ribeiro2019-04-09T17:04:20Z2018-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGarcia, Nathalia Ribeiro. Autorrelato de Qualidade de Vida de Adolescentes com Paralisia Cerebral. 2019. 102 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia-GO.http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4170porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2019-04-10T04:00:52Zoai:ambar:tede/4170Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932019-04-10T04:00:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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