A VIVÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Júlia Maria
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3137
Resumo: O ambiente hospitalar é composto por várias equipes de trabalho, incluindo a de enfermagem que se apresenta, na maioria das vezes, como o de maior contato entre o paciente e a instituição. Isso implica dizer que a equipe passa um longo período dentro deste ambiente de trabalho. Conhecer a equipe, e o que a mesma necessita é de suma importância, pois é ela quem presta cuidados diretamente ao paciente e necessita estar bem tanto fisicamente quanto psicologicamente. É necessário, portanto, um maior cuidado com esta classe trabalhadora, pois dentro do seu âmbito de atuação as influências da estrutura, as relações e o ambiente de trabalho podem interferir na sua produção profissional. Esta dissertação objetiva mostrar a vivência do profissional de enfermagem em um hospital de pequeno porte no interior de Goiás. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada nos princípios da teoria fundamentada nos dados. Foi realizada uma observação de campo, seguida de entrevistas com 17 profissionais. Como pontos negativos os trabalhadores percebem o espaço edificado como deficiente no que diz respeito à ergonomia, ao dimensionamento do espaço, ao conforto visual e à circulação do ar. A ausência de contato com a natureza também é vista como deficiência. O conforto visual poderia ser melhorado pela natureza no ambiente, com a criação de um jardim. É ainda fundamental a adequação das cores e da iluminação. As relações interpessoais com o usuário e os colegas são percebidas como boas. Podem ocorrer conflitos dentro da equipe que interferem na assistência prestada, mas são problemas devidos à organização do hospital, que são percebidos como causa de mal-estar dos usuários. Como pontos positivos revelados os participantes demonstram amor pela profissão e têm consciência da importância do bom relacionamento da equipe e da contribuição de cada um para melhor desempenho das funções. Sentem, porém, falta de participação nas decisões da organização. O trabalho desvela uma dimensão político-gerencial na maneira como os participantes vivenciam seu ambiente de trabalho. Muitos têm compreensão das falhas no nível do gerenciamento, por isso têm também anseios, críticas e sugestões para oferecer ao gestor da organização. Sentem-se afastados do núcleo de decisões, mas percebem várias maneiras que poderiam amenizar problemas práticos e manejar dificuldades criadas pelas deficiências da estrutura e da administração.
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Esta dissertação objetiva mostrar a vivência do profissional de enfermagem em um hospital de pequeno porte no interior de Goiás. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada nos princípios da teoria fundamentada nos dados. Foi realizada uma observação de campo, seguida de entrevistas com 17 profissionais. Como pontos negativos os trabalhadores percebem o espaço edificado como deficiente no que diz respeito à ergonomia, ao dimensionamento do espaço, ao conforto visual e à circulação do ar. A ausência de contato com a natureza também é vista como deficiência. O conforto visual poderia ser melhorado pela natureza no ambiente, com a criação de um jardim. É ainda fundamental a adequação das cores e da iluminação. As relações interpessoais com o usuário e os colegas são percebidas como boas. Podem ocorrer conflitos dentro da equipe que interferem na assistência prestada, mas são problemas devidos à organização do hospital, que são percebidos como causa de mal-estar dos usuários. Como pontos positivos revelados os participantes demonstram amor pela profissão e têm consciência da importância do bom relacionamento da equipe e da contribuição de cada um para melhor desempenho das funções. Sentem, porém, falta de participação nas decisões da organização. O trabalho desvela uma dimensão político-gerencial na maneira como os participantes vivenciam seu ambiente de trabalho. Muitos têm compreensão das falhas no nível do gerenciamento, por isso têm também anseios, críticas e sugestões para oferecer ao gestor da organização. Sentem-se afastados do núcleo de decisões, mas percebem várias maneiras que poderiam amenizar problemas práticos e manejar dificuldades criadas pelas deficiências da estrutura e da administração.Among the typical professional groups in the hospital, the nursing team generally is the one which has the most intense contact with the patient and the institution, because nurses remain for long periods in their work environment and provide continuous direct care to the patient. This entails the physical and psychological wellbeing of this team is important for the quality of the services provided by the hospital. Therefore, a better understanding of the team and its needs is warranted. As the nursing professional is most intensely exposed to the structure of the institution, the relationships and the work environment, all of these may interfere in important ways in the services provided. The present study intends to explore how the nursing team in a small hospital in the state of Goias, in the Brazilian heartland, experiences its work environment. The study proposes a Grounded Theory analysis based on field observation and interviews with 17 nursing professionals. The results suggest that the team views the architecture of the hospital as inadequate in what concerns the special proportions, visual comfort and air circulation. They also feel a lack of contact with nature. Visual comfort can be improved by the integration of nature in the spaces, the creation of a garden, improvement of colors and illumination. Interpersonal relations with patients and colleagues are experienced as positive. Conflicts can occur in the team and interfere with patient care. But patient discomfort is attributed to institutional problems. The participants claim they love their profession and are aware of the importance of both teamwork and individual involvement. They feel they should be allowed more participation in decisions. The study shows that participants experience of their work environment includes a political-organizational dimension. Many participants express understanding for the problems on the management level, but they also have demands, criticisms and suggestions to offer to organizational leadership. While feeling too distant from the centers of power, they also identify various ways in which they can manage practical problems and cope with difficulties that are due to structural deficits.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências da SaúdeBRPUC GoiásCiências Ambientais e SaúdeVandenberghe, Luc Marcel Adhemarhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792962U2Vieira, Sibelius Lellishttp://lattes.cnpq.br/0345972428103987Jonas, Elinehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792596D4Medeiros, Júlia Maria2016-08-10T10:56:03Z2012-02-232011-06-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMEDEIROS, Júlia Maria. A VIVÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM. 2011. 96 f. 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