O IMPACTO DA DOR PÉLVICA CRÔNICA NA QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Rosa Azevedo da
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2942
Resumo: A dor pélvica crônica (DPC) tem sido reconhecida como uma condição crônica frequente que afeta a vida das mulheres. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto da DPC na qualidade de vida (QV) das mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Optou-se por um estudo descritivo de corte transversal, em 50 mulheres com DPC e 50 sem DPC. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista estruturada com informações para avaliação das características sociodemográficas, econômicas, aspectos clínicos e cirúrgicos. A QV foi avaliada por um questionário genérico The Medical Outcomes Study 36®-Item Short- Form Health Survey (SF-36), e depressão investigada, pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI). A intensidade da dor foi aferida pela escala visual analógica (EVA). Foram realizadas análises estatísticas descritivas, testes de comparação de médias, correlações e regressão linear múltipla. O nível de significância foi 0,05. A média de idade das mulheres com DPC foi de 41,65 (±9,42) anos e aquelas sem DPC 28,97 (±6,68) anos. Os grupos com e sem DPC caracterizaram-se por incluírem mulheres com nível médio de escolaridade, cor parda, companheiros fixos, que exerciam serviços domésticos e estavam economicamente ativas, responsáveis pela renda familiar e em média com dois filhos. Houve diferença significativa entre ambos os grupos nas variáveis: idade, renda, moradia e disúria. Evidenciou-se que 52% das mulheres com DPC referiram dor intensa. A fossa ilíaca esquerda foi o local de maior ocorrência da dor. O esforço físico e relação sexual prevaleceram como fatores de piora. Entre os fatores de melhora da dor identificou-se, o uso de analgésico e o repouso. Na percepção das mulheres, o estado emocional, estresse, trauma por abuso físico e/ou sexual, bem como, o parto foram citados como fatores que contribuíram para o desenvolvimento da DPC. 57% das mulheres relataram que a intensidade da dor não mudou com o tratamento cirúrgico. Ao comparar, a avaliação da QV dos dois grupos identificou-se que as mulheres com DPC apresentaram piores escores em todas as dimensões avaliadas pelo SF-36, exceto na dimensão saúde mental. Houve correlação negativa, significativa, entre intensidade da dor e a dimensão dor do SF-36, e da depressão com as dimensões, aspectos emocionais e saúde mental. Identificou-se, alta prevalência de depressão, em ambos os grupos, 72% com DPC e 58% sem DPC. O grupo com DPC apresentou pior escore de depressão. O alfa de Cronbach variou entre 0,76 e 0,79 para as dimensões do SF-36 e entre 0,85 e 0,86 para o BDI, caracterizando boa confiabilidade dos instrumentos. Conclui-se que a dor pélvica crônica causa impacto negativo significativo na QV dessas mulheres, e a depressão foi um fator impactante na avaliação da QV.
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Na percepção das mulheres, o estado emocional, estresse, trauma por abuso físico e/ou sexual, bem como, o parto foram citados como fatores que contribuíram para o desenvolvimento da DPC. 57% das mulheres relataram que a intensidade da dor não mudou com o tratamento cirúrgico. Ao comparar, a avaliação da QV dos dois grupos identificou-se que as mulheres com DPC apresentaram piores escores em todas as dimensões avaliadas pelo SF-36, exceto na dimensão saúde mental. Houve correlação negativa, significativa, entre intensidade da dor e a dimensão dor do SF-36, e da depressão com as dimensões, aspectos emocionais e saúde mental. Identificou-se, alta prevalência de depressão, em ambos os grupos, 72% com DPC e 58% sem DPC. O grupo com DPC apresentou pior escore de depressão. O alfa de Cronbach variou entre 0,76 e 0,79 para as dimensões do SF-36 e entre 0,85 e 0,86 para o BDI, caracterizando boa confiabilidade dos instrumentos. Conclui-se que a dor pélvica crônica causa impacto negativo significativo na QV dessas mulheres, e a depressão foi um fator impactante na avaliação da QV.Chronic pelvic pain (CPP) has been acknowledged as a frequent chronic condition affecting the lives of women. This study evaluates the impact of CPP in the Quality of Life (QofL) of women cared for in the gynecological outpatient service of Hospital das Clinicas at the Federal University of Goiás. This cross-sectional descriptive study was conducted with 50 women with CPP and 50 women without CPP. Data were collected through structured interviews addressing socio-demographic and economic information in addition to clinical and surgical aspects. QofL was evaluated through the generic questionnaire Medical Outcomes Study 36®-Item Short-Form Health Survey (SF-36), and depression through the Beck Depression Inventory (BDI). Intensity of pain was inferred by a visual analogue scale. Descriptive statistical analyzes, mean comparison test, correlation and multiple linear regression analyzes were carried out. The level of significance was set at 0.05. The average age of women with CPP was 41.65 years old (±9.42) and those without CPP were 28.97 years old (±6.68). Both groups, with and without CPP, included women with secondary school of mixed race, with stable partners, who performed domestic chores, were economically active and the primary income earners, with two children in average. Significant differences were found between the groups concerning: age, income, housing, and dysuria; 52% of the women with CPP reported intense pain. The left iliac fossa was the most frequent site of pain. Physical effort and sexual intercourse prevailed as factors that worsen pain. Analgesic and rest were among factors improving pain. From the women s perspective, emotional state, trauma due to physical and/or sexual abuse as well as childbirth were factors that contributed to the development of CPP. A total of 57% women reported that surgical treatment did not change pain intensity. When QofL of the two groups were compared, women with CPP presented worse scores in all the dimensions evaluated through the SF-36 with exception of mental health. A significant negative correlation between pain intensity and pain dimension from the SF-36 was observed, as well as among depression and the dimensions emotional aspects and mental health . A high prevalence of depression was identified in both groups: 72% in those with CPP and 58% without CPP. The group with CPP presented the worse score in depression. The Cronbach s alpha varied between 0.76 and 0.79 for the BDI, indicating good reliability of the instruments. The conclusion is that CPP has a significant negative impact on these women s QofL and depression was important in the QofL.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências da SaúdeBRPUC GoiásCiências Ambientais e SaúdeRodrigues, Flávia Melohttp://lattes.cnpq.br/9807251305319061Saddi, Vera Aparecidahttp://lattes.cnpq.br/7496804650895441Araújo, Délio Moreira dehttp://lattes.cnpq.br/8993290399512452Luz, Rosa Azevedo da2016-08-10T10:54:00Z2013-11-062011-06-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLUZ, Rosa Azevedo da. O IMPACTO DA DOR PÉLVICA CRÔNICA NA QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES?. 2011. 101 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, GOIÂNIA, 2011.http://localhost:8080/tede/handle/tede/2942porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2024-03-07T19:53:38Zoai:ambar:tede/2942Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932024-03-07T19:53:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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