O EVENTO HUMANO: A OBLITERAÇÃO DO PROCESSO HOMINIZANTE EM SCHELER

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Denis de Souza
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sapere Aude (Belo Horizonte. Online)
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/10710
Resumo: O filósofo alemão Max Scheler elabora seu pensamento na tentativa de formular um conceito de “homem” com o qual possa aprofundar sua espiritualidade. Em outros termos, Scheler quer dar ao homem o estatuto de relação primária com Deus. Sendo assim, este pensador, com a pretensão de fazer uma antropologia filosófica, acaba caindo em uma espécie de teologia antropológica, uma vez que o homem é um centro espiritual. O espírito, por sua vez, foge às “intempéries” do mundo orgânico, tornando o homem um asceta da vida. Dessa forma, a antropologia filosófica de Scheler é uma tentativa de definir o homem como um movimento em busca da sua própria divinização. Esta filosofia, que ora se pretende antropológica, ora espiritual, não leva a cabo a tarefa de explicar a hominização. O processo hominizante é obscurecido pela “positivação” de uma forma humana ou de uma forma animal já estabelecidas. Em outras palavras, Scheler trata o animal como um centro biológico aqui-e-agora e o homem como um ser espiritual, sem demonstrar a superação, pelo homem, da animalidade requerida por uma antropologia. Isso exposto, nosso artigo tem o objetivo de mostrar a negligência scheleriana quanto a uma antropologia filosófica frente a uma filosofia espiritualista. Para tal superação, focaremos na fenomenologia merleau-pontyana e do filósofo Étienne Bimbenet.
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