CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Maíra Marcondes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Bottici, Chiara
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia em Revista (Online)
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/23579
Resumo: Nos últimos anos, tornou-se lugar comum declarar que a dominação ocorrepor meio de eixos múltiplos, em que gênero, classe, raça e sexualidade seinterseccionam um com o outro. Ainda que haja muitos trabalhos empíricosinteressantes produzidos a partir da premissa da interseccionalidade,raramente estes se encontram vinculados à tradição anarquista que osprecede. Neste artigo, gostaria de articular esse ponto, mostrando a utilidade,mas também os limites da noção de interseccionalidade, para entenderos mecanismos de dominação e, depois, discutir a necessidade de umprograma de pesquisa anarcofeminista. Em segundo lugar, tentarei fornecera estrutura filosófica para tal empreendimento, argumentando que é naontologia spinozista do transindividual que podemos encontrar os recursosconceituais para pensar sobre a natureza plural dos corpos das mulheres e,portanto, sobre sua opressão. Isso permitirá que eu tente articular a questãode “o que significa ser uma mulher” em termos pluralistas e, assim, tambémdefender uma forma especificamente feminista de anarquismo. Concluindo,retomarei a tradição anarcofeminista para demonstrar por que ela é hojea melhor aliada possível do feminismo na busca de uma teoria crítica dasociedade.
id PUC_MG-3_30c8d53120f0d52930b1b874d978bb00
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/23579
network_acronym_str PUC_MG-3
network_name_str Psicologia em Revista (Online)
repository_id_str
spelling CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTABODIES IN PLURAL: TOWARDS AN ANARCHAFEMINIST MANIFESTOCUERPOS PLURALES: HACIA UN MANIFIESTO ANARCO-FEMINISTAanarchism, feminism, imaginal, intersectionality, Marxism, materialism, Spinoza.anarquismo; feminismo; imaginal; interseccionalidad; Marxismo; materialismo; Spinoza.anarquismo, feminismo, imaginal, interseccionalidade, Marxismo, materialismo, Spinoza.Nos últimos anos, tornou-se lugar comum declarar que a dominação ocorrepor meio de eixos múltiplos, em que gênero, classe, raça e sexualidade seinterseccionam um com o outro. Ainda que haja muitos trabalhos empíricosinteressantes produzidos a partir da premissa da interseccionalidade,raramente estes se encontram vinculados à tradição anarquista que osprecede. Neste artigo, gostaria de articular esse ponto, mostrando a utilidade,mas também os limites da noção de interseccionalidade, para entenderos mecanismos de dominação e, depois, discutir a necessidade de umprograma de pesquisa anarcofeminista. Em segundo lugar, tentarei fornecera estrutura filosófica para tal empreendimento, argumentando que é naontologia spinozista do transindividual que podemos encontrar os recursosconceituais para pensar sobre a natureza plural dos corpos das mulheres e,portanto, sobre sua opressão. Isso permitirá que eu tente articular a questãode “o que significa ser uma mulher” em termos pluralistas e, assim, tambémdefender uma forma especificamente feminista de anarquismo. Concluindo,retomarei a tradição anarcofeminista para demonstrar por que ela é hojea melhor aliada possível do feminismo na busca de uma teoria crítica dasociedade.In the last few years, it has become a common place to state that dominationtakes place through a multiplicity of axes, where gender, class, race, andsexuality intersect with one another. While a lot of insightful empiricalstudies have been developed based on intersectionality, they are rarely linkedto the anarchist tradition that preceded them. In this article, I would like toapproach this point showing the usefulness but also the limits of the notionof intersectionality, so as to understand the mechanisms of domination and then debate on the need of an anarchafeminist research program. Secondly,I will try to provide the philosophical framework for such an enterprise byarguing that it is in a Spinozist ontology of the transindividual that we canbest find the conceptual resources for thinking about the plural nature ofwomen’s bodies and thus of their oppression. This will allow me to attemptto approach the issue “what it means to be a woman” in pluralistic termsand thus also defend a specifically feminist form of anarchism. Finally, Iwill go back to the anarchafeminist tradition in order to demonstrate why,nowadays, it is the best possible ally of feminism in the pursuit of a criticaltheory of society.En los últimos años, se ha convertido en un lugar común declarar que ladominación ocurre a través de múltiples ejes, en que género, clase, razay sexualidad se intersectan. Aunque existan muchas obras empíricasinteresantes basadas en la premisa de la interseccionalidad, estas raras vecesestán vinculadas a la tradición anarquista que las precede. En este artículo,me gustaría articular este punto mostrando la utilidad, pero también loslímites de la noción de interseccionalidad, para comprender los mecanismosde dominación y luego discutir la necesidad de un programa de investigaciónanarco-feminista. En segundo lugar, trataré de proporcionar el marcofilosófico para tal obra, argumentando que es en la ontología espinosistade lo transindividual donde podemos encontrar los recursos conceptualespara pensar sobre la naturaleza plural de los cuerpos de las mujeres y, por lotanto, sobre su opresión. Esto me permitirá tratar de articular la cuestión de“qué significa ser mujer” en términos pluralistas, y así también defender unaforma específicamente feminista de anarquismo. En conclusión, volveré ala tradición anarco-feminista para demostrar por qué es hoy el mejor aliadoposible del feminismo en la búsqueda de una teoría crítica de la sociedad.Editora PUC Minas2020-04-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/2357910.5752/P.1678-9563.2020v26n1p290-316Psicologia em Revista; v. 26 n. 1 (2020): Psicologia em Revista; 299-3241678-95631677-1168reponame:Psicologia em Revista (Online)instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC MINASporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/23579/17817Copyright (c) 2020 Maíra Marcondes Moreira; Chiara Botticihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMoreira, Maíra Marcondes Bottici, Chiara2021-04-16T16:14:50Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/23579Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevistaPRIhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/oaipsirevista@pucminas.br1678-95631677-1168opendoar:2021-04-16T16:14:50Psicologia em Revista (Online) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false
dc.title.none.fl_str_mv CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
BODIES IN PLURAL: TOWARDS AN ANARCHAFEMINIST MANIFESTO
CUERPOS PLURALES: HACIA UN MANIFIESTO ANARCO-FEMINISTA
title CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
spellingShingle CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
Moreira, Maíra Marcondes
anarchism, feminism, imaginal, intersectionality, Marxism, materialism, Spinoza.
anarquismo; feminismo; imaginal; interseccionalidad; Marxismo; materialismo; Spinoza.
anarquismo, feminismo, imaginal, interseccionalidade, Marxismo, materialismo, Spinoza.
title_short CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
title_full CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
title_fullStr CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
title_full_unstemmed CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
title_sort CORPOS NO PLURAL: RUMO A UM MANIFESTO ANARCOFEMINISTA
author Moreira, Maíra Marcondes
author_facet Moreira, Maíra Marcondes
Bottici, Chiara
author_role author
author2 Bottici, Chiara
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moreira, Maíra Marcondes
Bottici, Chiara
dc.subject.por.fl_str_mv anarchism, feminism, imaginal, intersectionality, Marxism, materialism, Spinoza.
anarquismo; feminismo; imaginal; interseccionalidad; Marxismo; materialismo; Spinoza.
anarquismo, feminismo, imaginal, interseccionalidade, Marxismo, materialismo, Spinoza.
topic anarchism, feminism, imaginal, intersectionality, Marxism, materialism, Spinoza.
anarquismo; feminismo; imaginal; interseccionalidad; Marxismo; materialismo; Spinoza.
anarquismo, feminismo, imaginal, interseccionalidade, Marxismo, materialismo, Spinoza.
description Nos últimos anos, tornou-se lugar comum declarar que a dominação ocorrepor meio de eixos múltiplos, em que gênero, classe, raça e sexualidade seinterseccionam um com o outro. Ainda que haja muitos trabalhos empíricosinteressantes produzidos a partir da premissa da interseccionalidade,raramente estes se encontram vinculados à tradição anarquista que osprecede. Neste artigo, gostaria de articular esse ponto, mostrando a utilidade,mas também os limites da noção de interseccionalidade, para entenderos mecanismos de dominação e, depois, discutir a necessidade de umprograma de pesquisa anarcofeminista. Em segundo lugar, tentarei fornecera estrutura filosófica para tal empreendimento, argumentando que é naontologia spinozista do transindividual que podemos encontrar os recursosconceituais para pensar sobre a natureza plural dos corpos das mulheres e,portanto, sobre sua opressão. Isso permitirá que eu tente articular a questãode “o que significa ser uma mulher” em termos pluralistas e, assim, tambémdefender uma forma especificamente feminista de anarquismo. Concluindo,retomarei a tradição anarcofeminista para demonstrar por que ela é hojea melhor aliada possível do feminismo na busca de uma teoria crítica dasociedade.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-04-13
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/23579
10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p290-316
url http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/23579
identifier_str_mv 10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p290-316
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/23579/17817
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Maíra Marcondes Moreira; Chiara Bottici
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Maíra Marcondes Moreira; Chiara Bottici
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora PUC Minas
publisher.none.fl_str_mv Editora PUC Minas
dc.source.none.fl_str_mv Psicologia em Revista; v. 26 n. 1 (2020): Psicologia em Revista; 299-324
1678-9563
1677-1168
reponame:Psicologia em Revista (Online)
instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron:PUC MINAS
instname_str Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron_str PUC MINAS
institution PUC MINAS
reponame_str Psicologia em Revista (Online)
collection Psicologia em Revista (Online)
repository.name.fl_str_mv Psicologia em Revista (Online) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
repository.mail.fl_str_mv psirevista@pucminas.br
_version_ 1797688274167267328