Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia em Revista (Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P613 |
Resumo: | A partir do atendimento psicanalítico de pacientes portadores de lesões cerebrais, foi possível formular a hipótese de que, em muitos casos, o quadro psicopatológico que se instala após a percepção e a experiência das sequelas de adoecimentos neurológicos pode ser localizado em algum ponto entre a neurose traumática e as patologias narcísico-identitárias. Para fundamentar e ilustrar o desenvolvimento teórico dessa hipótese, apresentaremos um caso clínico no qual a compulsão à repetição é convocada como mecanismo de defesa: a experiência subjetiva de adoecimento neurológico é vivida como um golpe traumático que divide a vida entre um antes e um depois. A consequência disso é que os recursos para a elaboração psíquica são roubados, criando ou intensificando zonas psíquicas não integradas. Desse modo, é instalada uma temporalidade baseada em um presente permanente, isto é, num tempo que não fica para trás e tampouco fornece uma abertura para o que está por vir. |
id |
PUC_MG-3_562557f5a1c68ece9a0734ea8ffd9cf9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5634 |
network_acronym_str |
PUC_MG-3 |
network_name_str |
Psicologia em Revista (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanentetraumaneurose traumáticasofrimento narcísico-identitáriocompulsão à repetição.traumaA partir do atendimento psicanalítico de pacientes portadores de lesões cerebrais, foi possível formular a hipótese de que, em muitos casos, o quadro psicopatológico que se instala após a percepção e a experiência das sequelas de adoecimentos neurológicos pode ser localizado em algum ponto entre a neurose traumática e as patologias narcísico-identitárias. Para fundamentar e ilustrar o desenvolvimento teórico dessa hipótese, apresentaremos um caso clínico no qual a compulsão à repetição é convocada como mecanismo de defesa: a experiência subjetiva de adoecimento neurológico é vivida como um golpe traumático que divide a vida entre um antes e um depois. A consequência disso é que os recursos para a elaboração psíquica são roubados, criando ou intensificando zonas psíquicas não integradas. Desse modo, é instalada uma temporalidade baseada em um presente permanente, isto é, num tempo que não fica para trás e tampouco fornece uma abertura para o que está por vir. Editora PUC Minas2016-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionartigoapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P61310.5752/P.1678-9523.2016V22N3P613Psicologia em Revista; v. 22 n. 3 (2016): Psicologia em Revista; 613-6351678-95631677-1168reponame:Psicologia em Revista (Online)instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC MINASporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P613/11680Copyright (c) 2017 Perla Klautau, Monah Winograd, Flavia Sollero-de-Camposhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessKlautau, PerlaWinograd, MonahSollero-de-Campos, Flavia2017-11-30T09:49:38Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5634Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevistaPRIhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/oaipsirevista@pucminas.br1678-95631677-1168opendoar:2017-11-30T09:49:38Psicologia em Revista (Online) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
title |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
spellingShingle |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente Klautau, Perla trauma neurose traumática sofrimento narcísico-identitário compulsão à repetição. trauma |
title_short |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
title_full |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
title_fullStr |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
title_full_unstemmed |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
title_sort |
Do traumático ao trauma: a lógica do presente permanente |
author |
Klautau, Perla |
author_facet |
Klautau, Perla Winograd, Monah Sollero-de-Campos, Flavia |
author_role |
author |
author2 |
Winograd, Monah Sollero-de-Campos, Flavia |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Klautau, Perla Winograd, Monah Sollero-de-Campos, Flavia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
trauma neurose traumática sofrimento narcísico-identitário compulsão à repetição. trauma |
topic |
trauma neurose traumática sofrimento narcísico-identitário compulsão à repetição. trauma |
description |
A partir do atendimento psicanalítico de pacientes portadores de lesões cerebrais, foi possível formular a hipótese de que, em muitos casos, o quadro psicopatológico que se instala após a percepção e a experiência das sequelas de adoecimentos neurológicos pode ser localizado em algum ponto entre a neurose traumática e as patologias narcísico-identitárias. Para fundamentar e ilustrar o desenvolvimento teórico dessa hipótese, apresentaremos um caso clínico no qual a compulsão à repetição é convocada como mecanismo de defesa: a experiência subjetiva de adoecimento neurológico é vivida como um golpe traumático que divide a vida entre um antes e um depois. A consequência disso é que os recursos para a elaboração psíquica são roubados, criando ou intensificando zonas psíquicas não integradas. Desse modo, é instalada uma temporalidade baseada em um presente permanente, isto é, num tempo que não fica para trás e tampouco fornece uma abertura para o que está por vir. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion artigo |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P613 10.5752/P.1678-9523.2016V22N3P613 |
url |
http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P613 |
identifier_str_mv |
10.5752/P.1678-9523.2016V22N3P613 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9523.2016V22N3P613/11680 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Perla Klautau, Monah Winograd, Flavia Sollero-de-Campos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Perla Klautau, Monah Winograd, Flavia Sollero-de-Campos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora PUC Minas |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora PUC Minas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia em Revista; v. 22 n. 3 (2016): Psicologia em Revista; 613-635 1678-9563 1677-1168 reponame:Psicologia em Revista (Online) instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) instacron:PUC MINAS |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) |
instacron_str |
PUC MINAS |
institution |
PUC MINAS |
reponame_str |
Psicologia em Revista (Online) |
collection |
Psicologia em Revista (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia em Revista (Online) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) |
repository.mail.fl_str_mv |
psirevista@pucminas.br |
_version_ |
1797688272698212352 |