A exclusão do Bartleby de Melville e a “inclusão” do doente mental na sociedade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia em Revista (Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/P.1678-9563.2010v16n1p125 |
Resumo: | Para a psicanálise, o resto (objeto a) é aquilo que causa, que coloca em movimento. E ele faz isso por forçar a apresentação, no universal aceito, de uma hiância fundamental, algo que coloca em xeque as referências básicas deste universal, exigindo assim sua (re)construção. Na civilização capitalista-democrática ocidental nós também encontramos nossos restos. Seriam os excluídos, significante que se tornou elemento importante em qualquer discussão que tenha conotações “humanitárias”. Busca-se sempre, nessas discussões, re-incluir este resto, absorvendo-o na rede do sistema. Essa forma de lidar com o resto retira toda sua força. Ao tratá-lo como impotência e não como impossibilidade, o resto é esvaziado de seu valor de verdade. Entendendo os doentes mentais como um dos restos de nossa civilização, este texto visa problematizar os termos “inclusão” e “exclusão”, e algumas conseqüências de seus usos. |
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