Mística, necessidade e lógica (Mystic, necessity and logic) - DOI: 10.5752/P.2175-5841.2012v10n28p1380

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jourdan, Camila Rodrigues
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2012v10n28p1380
Resumo: O artigo clarifica em que medida a Lógica, no sentido mais comum e até ingênuo do termo, enquanto composta pelas leis necessárias do pensamento correto, pode ser entendida como Mística. Isto parece estranho, pois a Mística é normalmente entendida como uma vivência de superação das dualidades, onde o pensamento racional colapsa e encontra seu limite. Já a Lógica é entendida como paradigma de pensamento racional. Argumenta-se que as leis mais gerais da razão e do discurso se relacionam com a Mística na medida mesma em que o fundamento da razão é equacionado ao seu limite. A linguagem encontra-se assim com o silêncio e as leis e fundamentações não mais operam como tais. Conclui-se que a adesão necessária que acompanha o colapso entre o sentido e o valor de verdade de determinadas expressões linguísticas constitui o que chamamos de vivência mística. Trata-se de uma vivencia a qual somos conduzidos pelo próprio funcionamento de nossa significação e, ao mesmo tempo, institui o que se compreende por experiência religiosa.Palavras-chave: Mística. Wittgenstein. Lógica. Intensão. Extensão.   AbstractThis paper clarifies the extent to which Logic, in the usual sense (and even naïve) of the term, as composed of the correct thinking’s necessary laws, can be understood as Mystic. This seems strange, because the Mystic is usually understood as an experience of overcoming the dualities, where rational thinking collapses and finds its limit. On the other hand, the logic is understood as the paradigm of rational thinking. It is argued that the most general laws of reason and speech are related to Mystic in the sense that the foundation of the reason is equated to its limit. The language lies thus with the silence and the laws and justifications no longer operate as such. We conclude that the adherence necessary that accompanies the collapse of meaning and truth value of certain linguistic utterances is what we call mystical experience. It is about an experience to which we are led by the workings of our linguistics meaning, establishing what is meant by religious experience.Keywords: Mystic. Wittgenstein. Logic. Intension. Extension. 
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