As religiões dos brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/412 |
Resumo: | Há dois movimentos simultâneos no campo religioso brasileiro: um primeiro de distinção, multiplicação e rupturas; um segundo de relativa homogeneização. No campo cristão, o fenômeno mais visível é o da entrada maciça dos pentecostais, não só na arena religiosa em geral, mas nos seus pontos de alta visibilidade, especialmente populares. O significado da preferência dos pobres e do aparente trânsito do catolicismo ao pentecostalismo tende a representar o trânsito entre duas culturas: a tradicional católica afro-brasileira, e a cultura moderna de escolha individual. A Nova Era, por exemplo, representa ao mesmo tempo a contudente negação de uma modernidade individualista, racional e dessacralizadora, a tentativa de recapitular, no que tem de global, espiritual, carnal e cósmico, o caminhar do homem para uma completude nunca atingida, porque nunca concluída. Assim, o meio religioso brasileiro, sobretudo popular, mas não exclusivamente, vive num certo clima espiritualista que parece compartilhado por várias mentalidades no Brasil. Pode-se então levantar a seguinte questão: como escapar, neste nosso olhar sobre as religiões dos brasileiros, de uma visão tão linearmente evolucionista, positivista na sua concepção, repressiva na sua política? |
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