A exegese de Fílon de Alexandria e o peculiar caso de Noé como Deucalião
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2019v17n52p93 |
Resumo: | Fílon de Alexandria (I d.C.) é mencionado frequentemente como exemplo de exegeta que adotava o método da interpretação alegórica. Por vezes, entende-se, de modo pré-concebido, que sua hermenêutica é imaginativa, descuidada e pouco responsável. Neste artigo, a partir de uma pesquisa bibliográfica abrangente e estudo de fontes primárias em suas línguas originais, apresento o alexandrino como um exegeta inserido em seu tempo, dotado de recursos, que observava parâmetros. Além de uma apresentação inicial, abordo detidamente um caso específico: a identificação que Fílon faz entre Noé e Deucalião em Sobre Penas e Recompensas 23. Meu objetivo é compreender como esse procedimento, que é incomum, uma vez que o alexandrino evita recorrer à mitologia comparada, se insere no corpus filoninano. Demonstro que é razoável que não se trate de uma intencional associação entre mitos, mas entre personagens históricos. O trecho não deixa de ser atípico, especialmente quando visto de nossa perspectiva, mas é coerente com a estratégia do exegeta de Alexandria, quando visto a partir da perspectiva dele. |
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A exegese de Fílon de Alexandria e o peculiar caso de Noé como DeucaliãoThe exegesis of Philo of Alexandria and the peculiar case of Noah as DeucalionPhilo of AlexandriaexegesisNoahDeucalionmythologyReligion ScienceTheologyFílon de AlexandriaexegeseNoéDeucaliãomitologiaHermenêutica judaicaFílon de Alexandria (I d.C.) é mencionado frequentemente como exemplo de exegeta que adotava o método da interpretação alegórica. Por vezes, entende-se, de modo pré-concebido, que sua hermenêutica é imaginativa, descuidada e pouco responsável. Neste artigo, a partir de uma pesquisa bibliográfica abrangente e estudo de fontes primárias em suas línguas originais, apresento o alexandrino como um exegeta inserido em seu tempo, dotado de recursos, que observava parâmetros. Além de uma apresentação inicial, abordo detidamente um caso específico: a identificação que Fílon faz entre Noé e Deucalião em Sobre Penas e Recompensas 23. Meu objetivo é compreender como esse procedimento, que é incomum, uma vez que o alexandrino evita recorrer à mitologia comparada, se insere no corpus filoninano. Demonstro que é razoável que não se trate de uma intencional associação entre mitos, mas entre personagens históricos. O trecho não deixa de ser atípico, especialmente quando visto de nossa perspectiva, mas é coerente com a estratégia do exegeta de Alexandria, quando visto a partir da perspectiva dele.Philo of Alexandria (I AD) is frequently named as an example of exegete that adopted the method of allegorical interpretation. Sometimes it is understood in a preconceived way, as if his hermeneutics were imaginative, careless and barely responsible. In this article, through a bibliographical research and the study of primary sources in their original languages, I introduce the Alexandrian as an exegete of his time, resourceful, who took parameters into account. Besides an introductory presentation of the exegete, I approach meticulously a single specific case: the identification that Philo establishes between Noah and Deucalion in On Rewards and Punishments 23. My objective is to understand how this procedure, which is unusual, since the Alexandrian avoided the method of comparative mythology throughout his works, is inserted in Philonic corpus. I demonstrate that it is reasonable that it is not an intentional association between myths, but between historic characters. The passage is still atypical, especially when it is observed from our perspective, but it is coherent with the Alexandrian exegete’s strategy when observed from his perspective.Editora PUC Minas2019-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2019v17n52p9310.5752/P.2175-5841.2019v17n52p93-113HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião; v. 17, n. 52, jan./abr. 2019 - Dossiê - Judaísmo: religião, cultura, nação; 93-113HORIZONTE - Journal of Studies in Theology and Religious Sciences; v. 17, n. 52, jan./abr. 2019 - Dossiê - Judaísmo: religião, cultura, nação; 93-1132175-5841reponame:Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãoinstname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC_MINSporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2019v17n52p93/14599Copyright (c) 2019 HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religiãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessRios, Cesar Motta2020-12-23T09:50:28Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/16222Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonteONGhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/oaihorizonte.pucminas@gmail.com2175-58411679-9615opendoar:2020-12-23T09:50:28Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false |
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