Língua de herança em território fronteiriço: uma conversa com a Profa. Dra. Elisangela Baptista de Godoy Sartin
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/25747 |
Resumo: | Elisangela Baptista de Godoy Sartin tem Doutorado (2016) em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo e Mestrado (2008) pela mesma instituição. Integrou o grupo de pesquisa Linguagem e Cognição, na USP, atuou nos cursos de licenciatura em Letras e Pedagogia da Universidade Ibirapuera (UNIB), e atualmente é professora na Escola Estadual Professor Dom José de Camargo Barros, no interior de São Paulo. Durante o doutoramento, Elisangela Sartin pesquisou sobre o português de herança em território fronteiriço e, por isso, realizou o período sanduíche na Universidade de Évora, em Portugal. A tese de Elisangela Sartin, O português de herança em território fronteiriço: a LH em Olivença como arma para preservação de um grupo minoritário, destaca-se nos estudos sobre língua de herança dada a necessidade de aprofundar/atualizar uma discussão cara aos estudos da linguagem: o português de herança em território fronteiriço. Nesse sentido, a pesquisadora não poupou esforços para, em seu trabalho, trazer à cena reflexões sobre sentimento de pertença, grupos étnicos, bilinguismo, comunidade sociolinguística, resiliência cultural, etc. O convite feito à Professora Elisangela Baptista de Godoy Sartin para conversar comigo sobre LH em território de fronteira, discussão oriunda da pesquisa dela, se deve, inicialmente, à relevância de seu corajoso trabalho em pesquisar português de herança em território fronteiriço, com todas as interferências das fronteiras geográficas e, sobretudo, das fronteiras abstratas. Sendo estas um desfaio maior ao grupo minoritário que tenta preservar sua LH. Relevante ainda é sua dedicação em comprovar, contrariando as conclusões dos estudos de Vasconcelos (1980), Fernández (2004) e Matias (2001), que o português de herança em Olivença nunca vai morrer. Isto é, mesmo que os oliventinos portugueses sofram retaliações dos espanhóis, sejam obrigados a silenciar sua LH, sejam forçados a esquecer sua cultura, nada disso terá êxito porque o coração português que pulsa num lado da ponte da Ajuda (Elvas), é o mesmo que pulsa do outro (Olivença). Por fim, destaco a importância de Elisangela Sartin para mim. Não se trata de um carinho à entrevistada, é mais do que isso: a pesquisadora Elisangela Sartin, minha eterna professora de Letras, é uma das responsáveis por me fazer acreditar na possibilidade de realizar sonhos por meio dos estudos. A ela, dedico carinhosamente este trabalho. |
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