Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Alexandre Veloso de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Scripta
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p63
Resumo: Este artigo apresenta o conto “Conversa de Bois” de João Guimaraes Rosa em uma perspectiva fabular. O conceito de fábula abarca um grande espectro de significações, que vai desde: resumo, intriga, conjunto, construção, até o conceito mais formalista, que lhe dá um sentido mais material.  No entanto, imprimiu-se no gênero como característica principal, o cumprimento de uma ação e o uso do antropomorfismo (quando animais assumem características humanas). Na verdade, essa característica é que define o gênero fábula, pois as personagens principais são animais.  O termo fábula vem do latim, fari, que significa falar ou do grego, phao,significando contar algo.  A narrativa tem uma natureza simbólica e/ou alegórica, retratando uma situação vivida por animais, remetendo-se à situação humana, com o objetivo de transmitir certa moralidade.  Lembrando a estrutura proppiana entende-se que ao explorar a fábula, o autor mineiro recusa o estado efêmero do fazer literário, entendendo-o como constante e cíclico, um eterno exercício de reconhecimento. Não há como encerrar algo essencialmente inclinado a se perpetuar.  A obra literária se emancipa de seu tempo, contexto e espaço, seguindo como expressão autônoma que é. A conversa é de bois e os ouvintes são os humanos.  A literatura e o sertão são do mundo.
id PUC_MINS-6_4c77b4f8edb163a66d5647b51ce0c2b0
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/10446
network_acronym_str PUC_MINS-6
network_name_str Revista Scripta
repository_id_str
spelling Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães RosaEste artigo apresenta o conto “Conversa de Bois” de João Guimaraes Rosa em uma perspectiva fabular. O conceito de fábula abarca um grande espectro de significações, que vai desde: resumo, intriga, conjunto, construção, até o conceito mais formalista, que lhe dá um sentido mais material.  No entanto, imprimiu-se no gênero como característica principal, o cumprimento de uma ação e o uso do antropomorfismo (quando animais assumem características humanas). Na verdade, essa característica é que define o gênero fábula, pois as personagens principais são animais.  O termo fábula vem do latim, fari, que significa falar ou do grego, phao,significando contar algo.  A narrativa tem uma natureza simbólica e/ou alegórica, retratando uma situação vivida por animais, remetendo-se à situação humana, com o objetivo de transmitir certa moralidade.  Lembrando a estrutura proppiana entende-se que ao explorar a fábula, o autor mineiro recusa o estado efêmero do fazer literário, entendendo-o como constante e cíclico, um eterno exercício de reconhecimento. Não há como encerrar algo essencialmente inclinado a se perpetuar.  A obra literária se emancipa de seu tempo, contexto e espaço, seguindo como expressão autônoma que é. A conversa é de bois e os ouvintes são os humanos.  A literatura e o sertão são do mundo.PUC Minas2018-08-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p6310.5752/P.2358-3428.2015v19n37p63Scripta; Vol 19 No 37 (2015): Scripta 37; 63-80Scripta; v. 19 n. 37 (2015): Literatura e oralidades; 63-802358-34281516-4039reponame:Revista Scriptainstname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC_MINSporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p63/9661Copyright (c) 2015 Revista Scriptahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAbreu, Alexandre Veloso de2019-11-28T18:47:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/10446Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/userhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/oai||cespuc@pucminas.br2358-34281516-4039opendoar:2019-11-28T18:47:09Revista Scripta - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false
dc.title.none.fl_str_mv Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
title Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
spellingShingle Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
Abreu, Alexandre Veloso de
title_short Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
title_full Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
title_fullStr Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
title_full_unstemmed Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
title_sort Conversa de bois: uma fábula de João Guimarães Rosa
author Abreu, Alexandre Veloso de
author_facet Abreu, Alexandre Veloso de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Abreu, Alexandre Veloso de
description Este artigo apresenta o conto “Conversa de Bois” de João Guimaraes Rosa em uma perspectiva fabular. O conceito de fábula abarca um grande espectro de significações, que vai desde: resumo, intriga, conjunto, construção, até o conceito mais formalista, que lhe dá um sentido mais material.  No entanto, imprimiu-se no gênero como característica principal, o cumprimento de uma ação e o uso do antropomorfismo (quando animais assumem características humanas). Na verdade, essa característica é que define o gênero fábula, pois as personagens principais são animais.  O termo fábula vem do latim, fari, que significa falar ou do grego, phao,significando contar algo.  A narrativa tem uma natureza simbólica e/ou alegórica, retratando uma situação vivida por animais, remetendo-se à situação humana, com o objetivo de transmitir certa moralidade.  Lembrando a estrutura proppiana entende-se que ao explorar a fábula, o autor mineiro recusa o estado efêmero do fazer literário, entendendo-o como constante e cíclico, um eterno exercício de reconhecimento. Não há como encerrar algo essencialmente inclinado a se perpetuar.  A obra literária se emancipa de seu tempo, contexto e espaço, seguindo como expressão autônoma que é. A conversa é de bois e os ouvintes são os humanos.  A literatura e o sertão são do mundo.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-08-22
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p63
10.5752/P.2358-3428.2015v19n37p63
url http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p63
identifier_str_mv 10.5752/P.2358-3428.2015v19n37p63
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2015v19n37p63/9661
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2015 Revista Scripta
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2015 Revista Scripta
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv PUC Minas
publisher.none.fl_str_mv PUC Minas
dc.source.none.fl_str_mv Scripta; Vol 19 No 37 (2015): Scripta 37; 63-80
Scripta; v. 19 n. 37 (2015): Literatura e oralidades; 63-80
2358-3428
1516-4039
reponame:Revista Scripta
instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron:PUC_MINS
instname_str Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron_str PUC_MINS
institution PUC_MINS
reponame_str Revista Scripta
collection Revista Scripta
repository.name.fl_str_mv Revista Scripta - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
repository.mail.fl_str_mv ||cespuc@pucminas.br
_version_ 1798329528922144768