Vida e morte sujam a urbe moralizada: latidos, mugidos, higienismo e os jornais diamantinenses (virada dos séculos XIX/XX)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de História (Belo Horizonte. Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/P.2237-8871.2017v18n28p74 |
Resumo: | Analiso aqui qual intervenção o higienismo, advogado pela imprensa diamantinense da virada dos séculos XIX/XX, implicava a presença de animais não-humanos nessa cidade mineira. Um possível paradoxo se revela. Se de um lado, antevendo-se essa vida animal como imunda, o higienismo propunha torná-la alvo de práticas proscritivas até o limite do extermínio, de outro, a negativa higienista frente ao sangue derramado na cidade tendia a condenar essa matança, aparentemente redimindo moralmente essa vida. Qual denominador comum justifica esse impasse que condena ambos princípios da vida animal e da morte na cidade? Ciente de que seres humanos (mediante a prominência da imprensa) constroem suas relações amarrados às teias de significados que eles mesmos teceram, analiso o substrato comum a essas representações, aproximando-me das abordagens da Nova História Cultural. Tal foco, todavia, não deve prescindir de uma análise contextual das relações humananimais ontológicas, voltada à concretude dos animais não-humanos, a partir das suas intermediações materiais com seres humanos – empreendendo-se um trânsito crítico entre tais dimensões analíticas. |
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Vida e morte sujam a urbe moralizada: latidos, mugidos, higienismo e os jornais diamantinenses (virada dos séculos XIX/XX)Life and death make dirty the moralized town: barks, mooings, hygienism and Diamantina’s newspapers (turn of the 19TH/20TH centuries)Non-human animalsHygienismUrban historyMoral.Animais não-humanosHigienismoHistória urbanaMoral.Analiso aqui qual intervenção o higienismo, advogado pela imprensa diamantinense da virada dos séculos XIX/XX, implicava a presença de animais não-humanos nessa cidade mineira. Um possível paradoxo se revela. Se de um lado, antevendo-se essa vida animal como imunda, o higienismo propunha torná-la alvo de práticas proscritivas até o limite do extermínio, de outro, a negativa higienista frente ao sangue derramado na cidade tendia a condenar essa matança, aparentemente redimindo moralmente essa vida. Qual denominador comum justifica esse impasse que condena ambos princípios da vida animal e da morte na cidade? Ciente de que seres humanos (mediante a prominência da imprensa) constroem suas relações amarrados às teias de significados que eles mesmos teceram, analiso o substrato comum a essas representações, aproximando-me das abordagens da Nova História Cultural. Tal foco, todavia, não deve prescindir de uma análise contextual das relações humananimais ontológicas, voltada à concretude dos animais não-humanos, a partir das suas intermediações materiais com seres humanos – empreendendo-se um trânsito crítico entre tais dimensões analíticas.I am analyzing here what intervention the hygienism, lawyered by the Diamantina’s press at the turn of the 19th/20th centuries, implied the presence of non-human animals in this Minas Gerais town. A potential paradox is revealed. If by one side, in anticipation of this animal life as filthy, the hygienism implied in making it target banning practices, to the extent until the extermination, in the other side the negative position of the hygienism before bloodshed in the city tended to condemn the killing, apparently by redeeming this life morally. What denominator commom justifies this impasse that condemns both principles of animal life and death in the city? Aware that human beings (through the prominence of the press) build their relationships tied to webs of meaning that they themselves spun, I analyze the common substrate to these representations, coming close to approaches of the New Cultural History. Such focus however should not dispense a contextual analysis of the ontological humananimals relations, for non-human animal’s reality, from its brokerage materials with human beings – undertaking a critical transit between such analytical dimensions.Editora PUC Minas2017-05-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionHistória Socialapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/P.2237-8871.2017v18n28p7410.5752/P.2237-8871.2017v18n28p74Cadernos de História; v. 18 n. 28 (2017): Dossiê História e Cidades; 74-992237-88711679-5636reponame:Cadernos de História (Belo Horizonte. Online)instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC_MINSporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/P.2237-8871.2017v18n28p74/11951Copyright (c) 2017 Cadernos de Históriahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLopes, Gustavo Leandro “Nassar” Gouvea2021-03-28T18:00:46Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/12386Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/indexPRIhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/oaicadernosdehistoria@pucminas.br||cadernosdehistoria@pucminas.br2237-88711679-5636opendoar:2021-03-28T18:00:46Cadernos de História (Belo Horizonte. Online) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false |
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