Hiperinsuflação manual: revisão de evidências técnicas e clínicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: S Nunes, Guilherme
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Varela Botelho, Guilherme, Santos Schivinski, Camila Isabel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Fisioterapia em Movimento
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/21554
Resumo: Introdução: A técnica de hiperinsuflação manual (HM), também conhecida como “bag squeezing” ou “bagging”, foi inicialmente descrita como um recurso para melhorar a oxigenação pré e pós-aspiração traqueal, mobilizar o excesso de secreção brônquica e reexpandir áreas pulmonares colapsadas. Objetivo: Apresentar evidências científicas sobre os efeitos da manobra de HM como recurso fisioterapêutico, bem como suas indicações clínicas. Materiais e métodos: Realizou-se uma busca nas bases de dados eletrônicas SciELO, ScienceDirect, PubMed e PEDro, utilizando-se os descritores “hiperinsuflação manual” (manual hyperinflation) e “fisioterapia” (physiotherapy). Como critério de inclusão considerou-se: conter os descritores no título ou resumo; ensaios clínicos que abordassem “hiperinsuflação manual” e fisioterapia; textos em inglês e português; publicações entre 1994 e 2011. Resultados: Foram selecionados 25 estudos e todos apontaram a importância dessa manobra na mobilização de secreções traqueobrônquicas e para reexpansão de alvéolos colapsados, devido à melhora do volume pulmonar. Adequação das trocas gasosas, melhora da oxigenação e da complacência pulmonar, prevenção e tratamento de atelectasias são outras indicações. Também é consensual a preocupação com a padronização na aplicação da técnica. Melhores resultados são alcançados quando o volume aplicado é cerca de 50% maior que o volume corrente do paciente. Precauções quanto a limites de pressão em torno de 40 cm H2O, para se evitar barotraumas, também são referidas pela maioria dos estudos. Conclusão: A literatura traz evidências que sustentam a indicação do HM para mobilização e eliminação de secreções traqueobrônquicas e prevenção de infecções/complicações, além da necessidade de padronização da técnica.
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