Gerador de alta frequência como recurso para tratamento de úlceras por pressão: estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guarda Korelo, Raciele Ivandra
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Jarschel de Oliveira, Joselia Jucirema, Araújo Souza, Renata Simone, Hullek, Reni de Fátima, Fernandes, Luiz Claudio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Fisioterapia em Movimento
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/21600
Resumo: Introdução: Após a descoberta da existência de campos elétricos em lesões de tecidos, começou-se a empregar a aplicação externa de correntes elétricas na cicatrização de feridas. Baseados nesses conceitos, estudos mostram que a estimulação elétrica por alta frequência (HF – high frequency) é concebida como uma opção útil no proces¬so cicatricial. Apesar dessa afirmativa, não há consenso entre os pesquisadores para sua utilização no tratamen¬to de afecções da pele, sendo utilizada empiricamente no tratamento de feridas crônicas. Objetivo: Investigar o uso do gerador de alta frequência sobre a dor, cicatrização e área de superfície de úlceras de pressão (UP). Materiais e métodos: Estudo piloto de ensaio clínico controlado realizado na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas do Paraná em oito indivíduos (49,6 ± 15,9 anos de idade), com diagnóstico clínico de UP grau II e III, classificados pela National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Indivíduos foram divididos em dois grupos: controle (n = 2) e alta frequência (n = 6), com aplicação diária durante dez dias. Avaliou-se dor (por meio da Escala Visual Analógica – EVA), processo de cicatrização da úlcera (por meio do Pressure Ulcer Scale for Healing – PUSH Tool e do Pressure Score Status Tool – PSST) e a área de superfície da úlcera (planimetria e ImageJ). Resultados: Houve efeito significativo intragrupo (pré e pós-intervenção) na utilização do gerador de alta frequência no processo de cicatrização (PUSH Tool de 8,6 ± 5,8 para 5,1 ± 5,5, p = 0,04 e PSST de 31,3 ± 5,6 para 18 ± 6,5, p = 0,02) e área de superfície da úlcera (planimetria de 690,3 ± 622,6 para 470 ± 642,4, p = 0,02 e ImageJ de 786,5 ± 690,9 para 537,0 ± 719,3, p = 0,02). Também houve diferença significativa entre os grupos controle e grupo alta frequência em todas as variáveis do estudo (p = 0,04). Conclusões: A utilização do gerador de alta frequência causou melhora na cicatrização de pacientes com UP. Contudo, são necessários mais estudos com maior número de indivíduos para corroborar tais resultados. Nesse contexto, esta pesquisa agrega valor à procura de alternativas de tratamento para UP.
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