CARACTERÍSTICAS DE CRIANÇAS COM MIELOMENINGOCELE: implicações para a fisioterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias Brandão, Aline
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Shizuko Fujisawa, Dirce, Rosa Cardoso, Jefferson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Fisioterapia em Movimento
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/19357
Resumo: INTRODUÇÃO: A mielomeningocele afeta os sistemas: nervoso, músculo-esquelético e genitourinário, este trabalho tem por objetivo analisar as características de crianças com mielomeningocele atendidas no ambulatório de um Hospital Universitário. METODOLOGIA: O estudo realizado foi retrospectivo, e a coleta de dados baseada nos prontuários de 42 crianças com diagnóstico de mielomeningocele. As variáveis categóricas foram apresentadas por meio de frequência absoluta e relativa. Para a associação foi utilizada a análise univariada por meio do teste do Quiquadrado (com ou sem correção de Yates) ou teste exato de Fisher. RESULTADOS: Houve predomínio do gênero feminino (52,4%) e da raça branca (76,1%), a média de idade foi de 5,1 anos e 38,1% apresentavam lesão no segmento lombar baixo. As complicações mais frequentes foram: hidrocefalia, infecção urinária e deformidades. A associação ocorreu entre luxação do quadril e segmento lombar alto (P=0,015) e fratura e lesão torácica (P=0,001). A desnutrição ocorreu em 15 (35,7%) crianças. Das crianças avaliadas, 35 (83,3%) integravam famílias com renda até três salários mínimos. Todas as crianças haviam sido submetidas às intervenções cirúrgicas, porém 8 (19%) não faziam fisioterapia. Quanto às formas de locomoção, 19 (45,2%) crianças eram indeterminadas, 15 (35,7%) deambuladoras e 8 (19%) cadeirantes. CONCLUSÃO: A fisioterapia tem papel fundamental na reabilitação da criança com mielomeningocele, visto que a manifestação clínica, as complicações, as dificuldades enfrentadas pelas suas famílias e as intervenções cirúrgicas necessárias são variadas e complexas.
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