SONO NÃO-REPARADOR E COMORBIDADES ASSOCIADAS EM MULHERES COM FIBROMIALGIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Góes, Suelen Meira
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Cieslak, Fabrício, Facco Stefanello, Joice Mara, Eisfeld Milano, Gerusa, Paiva, Eduardo, Leite, Neiva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Fisioterapia em Movimento
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/19449
Resumo: INTRODUÇÃO: A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor muscular difusa, fadiga e pela presença de pontos dolorosos específicos à pressão, além de outros sintomas como o sono não-reparador, ansiedade, depressão e rigidez matinal. OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico de mulheres com SFM provenientes do ambulatório de Reumatologia do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba – PR, destacando a presença do sono não-reparador e comorbidades associadas. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal e do tipo survey. Foram selecionadas 89 participantes, de 28 a 75 anos de idade, de forma intencional e por conveniência entre as pacientes que preencheram o protocolo de fibromialgia do ambulatório de reumatologia do HC. O instrumento abrangia questões referentes a sintomas dolorosos, percepção de sono, comorbidades, terapêutica, estilo de vida e atividades físicas programadas. Analisaram-se os dados com o teste qui-quadrado, com nível de significância p< 0,05. RESULTADOS: A prevalência de sono não-reparador foi de 76,40% das pacientes com fibromialgia. A presença das comorbidades foi analisada considerando as pacientes com sono reparador e sono não-reparador. Verificou-se que as mulheres com sono não-reparador apresentaram menor proporção de doenças neurológicas (p = 0,0355), maiores frequências de sintomas depressivos (p < 0,0000) e de ansiedade (p = 0,047) do que as com sono reparador. CONCLUSÃO: Neste estudo, três em cada quatro mulheres com SFM possuíam sono não-reparador, com maiores proporções de sintomas depressivos e ansiedade, evidenciando que a qualidade de sono prejudicada está associada a sintomas psíquicos. Há necessidade da realização de estudos prospectivos para avaliar a qualidade do sono e conduzir tratamento multidisciplinar à fibromialgia.
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