[pt] EU ACHO QUE EU SÓ SEGURO A ONDA POR CAUSA DO AFETO: A LINGUÍSTICA APLICADA E AS PERCEPÇÕES DO SOFRIMENTO DE UM GRUPO DE PROFESSORES DA REDE PRIVADA DE ENSINO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30752@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30752@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30752 |
Resumo: | [pt] Instigada a entender possíveis fatores e situações que possam provocar angústias e medos nos docentes, minha pesquisa tem por objetivo analisar as percepções de um grupo de professores de uma escola particular sobre suas aflições e as potenciais causas destas através do discurso. A partir da verbalização das percepções, busco entender as motivações do sofrimento e de que modo o mesmo afeta nossa prática pedagógica, nossas visões sobre educação e/ou nossas relações interpessoais com alunos, colegas e direção. Para tal, recorro a um arcabouço teórico variado, que abrange conceitos teóricos sobre Linguística Aplicada (Moita Lopes, 2006; 2013; Miller, 2013), Prática Exploratória (Allwright, 2006; Miller et al., 2008), Emoções (Zembylas, 2003, 2004, 2005; Rezende e Coelho, 2010; Palmer, 2012) e Sistema de Avaliatividade (Martin & White, 2005; Almeida, 2010; Vian Jr, 2009; 2010). Alinhada ao paradigma qualitativo-interpretativista de pesquisa, à perspectiva contemporânea da Linguística Aplicada e ao viés ético-metodológico da Prática Exploratória, apresento a análise de excertos de uma conversa de pesquisa (Araujo, 2014) gerada num ambiente informal entre mim e quatro colegas. Os resultados mostram haver o predomínio dos afetos dos tipos INSATISFAÇÃO e INSEGURANÇA, demonstrando que parte do nosso sofrimento advém do desagrado com nossas funções profissionais e de um temor em relação à escola em que trabalhamos, os quais atribuímos a uma visão mercadológica de ensino. Os dados levam ao entendimento de que nossa visão de educação está em dissonância com a da instituição em que lecionamos, fazendo-nos agir, muitas vezes, em desacordo com nossas concepções pessoais de educação; porém, seguimos em frente devido à afeição que temos pelos alunos e ao afeto que alguns de nós nutrimos por esta escola. |
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[pt] EU ACHO QUE EU SÓ SEGURO A ONDA POR CAUSA DO AFETO: A LINGUÍSTICA APLICADA E AS PERCEPÇÕES DO SOFRIMENTO DE UM GRUPO DE PROFESSORES DA REDE PRIVADA DE ENSINO[en] I GUESS I JUST HANDLE IT BECAUSE OF AFFECTION: APPLIED LINGUISTICS AND THE PERCEPTIONS OF THE SUFFERING OF A GROUP OF TEACHERS THAT WORK IN THE PRIVATE SCHOOL SYSTEM[pt] PRATICA EXPLORATORIA[pt] EMOCOES DOS PROFESSORES[pt] SISTEMA DE AVALIATIVIDADE[pt] LINGUISTICA APLICADA[pt] EMOCAO[en] EXPLORATORY PRACTICE[en] TEACHERS EMOTIONS[en] APPRAISAL SYSTEM[en] APPLIED LINGUISTICS[en] EMOTION[pt] Instigada a entender possíveis fatores e situações que possam provocar angústias e medos nos docentes, minha pesquisa tem por objetivo analisar as percepções de um grupo de professores de uma escola particular sobre suas aflições e as potenciais causas destas através do discurso. A partir da verbalização das percepções, busco entender as motivações do sofrimento e de que modo o mesmo afeta nossa prática pedagógica, nossas visões sobre educação e/ou nossas relações interpessoais com alunos, colegas e direção. Para tal, recorro a um arcabouço teórico variado, que abrange conceitos teóricos sobre Linguística Aplicada (Moita Lopes, 2006; 2013; Miller, 2013), Prática Exploratória (Allwright, 2006; Miller et al., 2008), Emoções (Zembylas, 2003, 2004, 2005; Rezende e Coelho, 2010; Palmer, 2012) e Sistema de Avaliatividade (Martin & White, 2005; Almeida, 2010; Vian Jr, 2009; 2010). Alinhada ao paradigma qualitativo-interpretativista de pesquisa, à perspectiva contemporânea da Linguística Aplicada e ao viés ético-metodológico da Prática Exploratória, apresento a análise de excertos de uma conversa de pesquisa (Araujo, 2014) gerada num ambiente informal entre mim e quatro colegas. Os resultados mostram haver o predomínio dos afetos dos tipos INSATISFAÇÃO e INSEGURANÇA, demonstrando que parte do nosso sofrimento advém do desagrado com nossas funções profissionais e de um temor em relação à escola em que trabalhamos, os quais atribuímos a uma visão mercadológica de ensino. Os dados levam ao entendimento de que nossa visão de educação está em dissonância com a da instituição em que lecionamos, fazendo-nos agir, muitas vezes, em desacordo com nossas concepções pessoais de educação; porém, seguimos em frente devido à afeição que temos pelos alunos e ao afeto que alguns de nós nutrimos por esta escola.[en] Motivated to understand the possible factors and situations that may cause anguish and fear in teachers, the aim of my research is to analyse the perceptions of a group of teachers that works in a private school about their afflictions and the potential causes of these through discourse. From the verbalization of these perceptions, I try to understand what motivates suffering and how it affects our pedagogical practice, our visions about education and/or our interpersonal relationships with students, colleagues and school management. In order to do this, I turn to a diverse theoretical framework, which encompasses theoretical concepts on Applied Linguistics (Moita Lopes, 2006, 2013, Miller, 2013), Exploratory Practice (Allwright, 2006, Miller et al., 2008), Emotions (Zembylas, 2003, 2004, 2005; Rezende e Coelho, 2010; Palmer, 2012) and Appraisal System (Martin & White, 2005; Almeida, 2010; Vian Jr, 2009; 2010). Aligned with the qualitative-interpretative paradigm of research, with the contemporary perspective of Applied Linguistics and with the ethical-methodological perspective of Exploratory Practice, I present the analysis of some excerpts of a research talk (Araujo, 2014) that happened between four colleagues and me in an informal place. The results show that INSATISFACTION and INSECURITY (types of affects) predominate, demonstrating that part of our suffering comes from a dislike related to our professional functions and a fear of the school where we work, which we attribute to a marketing model of education. The data lead to the understanding that our view of education is at odds with that of the institution where we teach, making us act, many times, in contrary to our personal conceptions of education; however, we move on because of the affection we have for the students and because of the affection some of us have for this school.MAXWELLINES KAYON DE MILLERTHELMA CHRISTINA RIBEIRO CORTES2017-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30752@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30752@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30752porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-08-29T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:30752Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342018-08-29T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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