[pt] CONTRIBUIÇÃO À AUTO-REDUÇÃO CARBOTÉRMICA DE AGLOMERADOS CONTENDO ÓXIDOS DE MANGANÊS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11024@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11024@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11024 |
Resumo: | [pt] Neste trabalho, foram feitas experiências de redução em temperaturas na faixa de 900°C a 1300°C, usando briquetes auto-redutores contendo óxidos de manganês e carvão vegetal, visando investigar o processo de redução de MnO2 para MnO. É apresentado um panorama geral do manganês, indicando os principais produtos, entre eles, o MnO para uso agropecuário e a liga FeMn, insumo siderúrgico e evidenciando os aspectos termodinâmicos e cinéticos no processamento para a obtenção destes produtos. Cabe assinalar que o MnO é um produto intermediário no processo de fabricação da liga ferro-manganês. Mostram-se também detalhes do procedimento experimental, caracterização dos materiais utilizados e as discussões sobre os resultados obtidos. Na determinação das conversões de MnO foi utilizado o método de análise química de titulação por complexometría com EDTA. A partir dos resultados experimentais foi proposto um modelo para determinação dos parâmetros cinéticos. Pelos resultados da redução de Mn+4 para Mn+2, foi possível distinguir dois estágios nas temperaturas ensaiadas. O primeiro estágio foi marcado por altas velocidades de reação, a até aproximadamente 10 minutos de experimentação, alcançando conversões elevadas de MnO; como foi o caso dos ensaios nas temperaturas de 1000°C e 1200°C, que já indicavam em 10 minutos valores de conversões iguais a 0.94. Já para o segundo estágio, após os 10 minutos iniciais de experimentação, as velocidades e os valores da conversão apresentaram uma queda, sugerindo que o produto do primeiro estágio, o MnO, poderia estar começando a se transformar em outra substancia ( provavelmente o Mn3C ). Por não ser objetivo desta dissertação determinar a natureza da citada transformação, apenas a evidência de sua ocorrência foi aqui explicitada, ficando os estudos mais detalhados para outro trabalho. O modelo cinético concluiu que o processo se passava essencialmente em duas etapas : uma para tempos curtos e outra para tempos longos, sendo o tempo de experimentação em torno de 10 minutos a fronteira destas etapas . O valor da energia de ativação para a etapa em tempos menores, ou seja, inferiores a 10 minutos, foi, nas temperaturas estudadas, 1000, 1100, 1150 e 1200°C, de 11,50 KJ/mol e o fator de freqüência pré-exponencial 0,057 mHz, sugerindo um controle difusional.. Já para os tempos maiores que 10 minutos, os experimentos nas temperaturas de 900, 1000, 1100, 1150, 1200 e 1300°C, muito embora não se tenha pesquisado a natureza do novo composto ( possivelmente o carboneto de manganês ), forneceu para a energia de ativação o valor de 46,10 KJ/mol e para o fator de freqüência pré-exponencial 48,045 Hz, sugerindo, em conseqüência, um mecanismo predominantemente misto, ou seja, equilibradamente difusional e químico. |
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[pt] CONTRIBUIÇÃO À AUTO-REDUÇÃO CARBOTÉRMICA DE AGLOMERADOS CONTENDO ÓXIDOS DE MANGANÊS [en] CONTRIBUTION AT CARBOTHERMIC SELF-REDUCTION OF AGGLOMERATES OF MANGANESE OXIDES [pt] AGLOMERADOS[pt] MANGANES[pt] AUTO-REDUCAO[pt] CINETICA[en] CLUSTERS[en] MANGANESE[en] SELF-REDUCING[en] KINETICS[pt] Neste trabalho, foram feitas experiências de redução em temperaturas na faixa de 900°C a 1300°C, usando briquetes auto-redutores contendo óxidos de manganês e carvão vegetal, visando investigar o processo de redução de MnO2 para MnO. É apresentado um panorama geral do manganês, indicando os principais produtos, entre eles, o MnO para uso agropecuário e a liga FeMn, insumo siderúrgico e evidenciando os aspectos termodinâmicos e cinéticos no processamento para a obtenção destes produtos. Cabe assinalar que o MnO é um produto intermediário no processo de fabricação da liga ferro-manganês. Mostram-se também detalhes do procedimento experimental, caracterização dos materiais utilizados e as discussões sobre os resultados obtidos. Na determinação das conversões de MnO foi utilizado o método de análise química de titulação por complexometría com EDTA. A partir dos resultados experimentais foi proposto um modelo para determinação dos parâmetros cinéticos. Pelos resultados da redução de Mn+4 para Mn+2, foi possível distinguir dois estágios nas temperaturas ensaiadas. O primeiro estágio foi marcado por altas velocidades de reação, a até aproximadamente 10 minutos de experimentação, alcançando conversões elevadas de MnO; como foi o caso dos ensaios nas temperaturas de 1000°C e 1200°C, que já indicavam em 10 minutos valores de conversões iguais a 0.94. Já para o segundo estágio, após os 10 minutos iniciais de experimentação, as velocidades e os valores da conversão apresentaram uma queda, sugerindo que o produto do primeiro estágio, o MnO, poderia estar começando a se transformar em outra substancia ( provavelmente o Mn3C ). Por não ser objetivo desta dissertação determinar a natureza da citada transformação, apenas a evidência de sua ocorrência foi aqui explicitada, ficando os estudos mais detalhados para outro trabalho. O modelo cinético concluiu que o processo se passava essencialmente em duas etapas : uma para tempos curtos e outra para tempos longos, sendo o tempo de experimentação em torno de 10 minutos a fronteira destas etapas . O valor da energia de ativação para a etapa em tempos menores, ou seja, inferiores a 10 minutos, foi, nas temperaturas estudadas, 1000, 1100, 1150 e 1200°C, de 11,50 KJ/mol e o fator de freqüência pré-exponencial 0,057 mHz, sugerindo um controle difusional.. Já para os tempos maiores que 10 minutos, os experimentos nas temperaturas de 900, 1000, 1100, 1150, 1200 e 1300°C, muito embora não se tenha pesquisado a natureza do novo composto ( possivelmente o carboneto de manganês ), forneceu para a energia de ativação o valor de 46,10 KJ/mol e para o fator de freqüência pré-exponencial 48,045 Hz, sugerindo, em conseqüência, um mecanismo predominantemente misto, ou seja, equilibradamente difusional e químico.[en] In this work, aiming at the investigation on the reduction process of manganese dioxide to manganese oxide, experiments were made using selfreducing briquettes containing manganese oxides and charcoal, at temperatures ranging from 900 to 1300oC. A general overview of the manganese is presented, indicating its principal products such as, the farming usage of MnO and the steelmaking application of the FeMn alloys, also emphasizing the thermodynamical and kinectical aspects of their productions. It is worthwhile to emphasize that MnO is an intermediary product in the production of the FeMn alloy. Experimental details concerning materials characterization and discussion on the obtained results, are also presented. In the determination of the MnO conversion the complexometric titration with EDTA chemical procedure was applied. From these determinations a model was proposed for the calculation of the kinectic parameters. The experimental results of reduction, from Mn+4 towards Mn+2 , it was possible to identify two stages for the reactions in the temperature range from 900 to 1300 C. An onset stage was marked by high reaction rates, lasting for the first 10 minutes, achieving high MnO conversions. In the experiments carried out in the range of 1000 to 1200oC, for instance, a 0,94 conversion was attained within just 10 minutes. As for the second stage, beginning after 10 minutes, the conversion showed a decrease, suggesting that the product of the first stage, the MnO, could be suffering a transformation, generating an other substance - probably Mn3C. Being this a new process, out of the scope of this work, its elucidation is left here as a suggestion for later works. Wrapping up the kinetic model, a time frontier between the two processes, around 10 minutes, was considered . Below this limit, i.e., in the temperatures - 1000, 1100, 1150 and 1200oC -, the process exhibited an apparent activation energy of 11.50 kJ x mol -1 and a pre-exponential frequency factor of 57 µHz, inferring a diffusion control. As for times beyond 10 minutes, in experiments at 900, 1000, 1100, 1150, 1200 e 1300°C, though the nature of a new compound was not probed - possibly a manganese carbide - it was possible to measure a new apparent activation energy, 46.10 kJ x mol -1 , with a pre- exponential frequency factor of 48 Hz, values coherent with a mixed control, i.e., between the diffusional and the chemical mechanisms.MAXWELLJOSE CARLOS D ABREUFERRY SABEL BELISARIO BENIQUE2007-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11024@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11024@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11024porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-10-31T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:11024Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342018-10-31T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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