[pt] O MODO VERBAL NA AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS NATURALISTAS E EXPERIMENTAIS DA PERCEPÇÃO, EXPRESSÃO E COMPREENSÃO DA DISTINÇÃO REALIS/IRREALIS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14059@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14059@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14059 |
Resumo: | [pt] A presente dissertação se insere em uma teoria da aquisição da linguagem que concilia uma abordagem psicolingüística com uma concepção minimalista de língua. As hipóteses de trabalho que a nortearam foram: o que é gramaticalmente relevante tem de estar expresso na interface fônica; a interpretação semântica do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo) acarreta dificuldade na identificação da morfologia de modo; distinções conceptuais fundamentais, como a oposição realis/irrealis, são expressas pela criança, independentemente de a morfologia da língua ter sido totalmente identificada (Hipótese da Oposição Semântica). Um estudo da produção espontânea de duas crianças de 1;5 a 2;5 de idade e 4 experimentos foram conduzidos. Na análise dos dados da fala espontânea, constatou-se que a oposição realis/irrealis é expressa pela criança por meio da distinção entre formas verbais flexionadas e não-flexionadas, sendo que o chamado Infinitivo Raiz (IR) aparece como alternativa ao subjuntivo para expressão do modo irrealis. Os resultados de dois experimentos de produção eliciada sugerem que a distinção indicativo/subjuntivo é percebida por crianças de 3 anos, embora aos 5 anos de idade a expressão do subjuntivo ainda apresente dificuldade. Um experimento de compreensão com perguntas SIM/NÃO com crianças de 5-7 anos, e seu follow-up, sugerem que o contraste indicativo/subjuntivo em completivas é reconhecido, ainda que respostas negativas imponham dificuldades que independem do modo, particularmente aos 5 anos. Os resultados são compatíveis com as hipóteses e sugerem que a presença do IR no português brasileiro é indicativa da alteração paramétrica em curso (de sujeito nulo para preenchido). |
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[pt] O MODO VERBAL NA AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS NATURALISTAS E EXPERIMENTAIS DA PERCEPÇÃO, EXPRESSÃO E COMPREENSÃO DA DISTINÇÃO REALIS/IRREALIS[en] THE ACQUISITION OF VERBAL MOOD IN BRAZILIAN PORTUGUESE: NATURALIST AND EXPERIMENTAL EVIDENCE OF THE PERCEPTION, EXPRESSION AND COMPREHENSION OF THE REALIS/IRREALIS MOOD DISTINCTION[pt] AQUISICAO DA LINGUAGEM[pt] INTERFACES SEMANTICAS[pt] INTERFACES FONICAS[pt] BOOTSTRAPPING[pt] CATEGORIAS FUNCIONAIS[en] LANGUAGE ACQUISITION[en] SEMANTIC INTERFACES[en] PHONETIC INTERFACES[en] BOOTSTRAPPING[en] FUNCTIONAL CATEGORIES[pt] A presente dissertação se insere em uma teoria da aquisição da linguagem que concilia uma abordagem psicolingüística com uma concepção minimalista de língua. As hipóteses de trabalho que a nortearam foram: o que é gramaticalmente relevante tem de estar expresso na interface fônica; a interpretação semântica do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo) acarreta dificuldade na identificação da morfologia de modo; distinções conceptuais fundamentais, como a oposição realis/irrealis, são expressas pela criança, independentemente de a morfologia da língua ter sido totalmente identificada (Hipótese da Oposição Semântica). Um estudo da produção espontânea de duas crianças de 1;5 a 2;5 de idade e 4 experimentos foram conduzidos. Na análise dos dados da fala espontânea, constatou-se que a oposição realis/irrealis é expressa pela criança por meio da distinção entre formas verbais flexionadas e não-flexionadas, sendo que o chamado Infinitivo Raiz (IR) aparece como alternativa ao subjuntivo para expressão do modo irrealis. Os resultados de dois experimentos de produção eliciada sugerem que a distinção indicativo/subjuntivo é percebida por crianças de 3 anos, embora aos 5 anos de idade a expressão do subjuntivo ainda apresente dificuldade. Um experimento de compreensão com perguntas SIM/NÃO com crianças de 5-7 anos, e seu follow-up, sugerem que o contraste indicativo/subjuntivo em completivas é reconhecido, ainda que respostas negativas imponham dificuldades que independem do modo, particularmente aos 5 anos. Os resultados são compatíveis com as hipóteses e sugerem que a presença do IR no português brasileiro é indicativa da alteração paramétrica em curso (de sujeito nulo para preenchido).[en] This dissertation is in the context of a theory which reconciles a psycholinguist approach to language acquisition and a minimalist conception of language. The working hypotheses were: grammatically relevant information has to be legible at the phonetic interface; the semantic interpretation of the TAM complex (Tense, Aspect, Mood) poses difficulty to the identification of the verbal mood morphology; basic conceptual distinctions, such as the realis/irrealis contrast, are expressed by the child, no matter whether or not his/her language morphology has been totally identified (The Semantic Opposition Hypothesis). A study of the spontaneous speech production of two children, aged 1;5 to 2;5, and 4 experiments were carried out. The analysis of the production data revealed that the realis/irrealis opposition is expressed by the child by means of the distinction between inflected/uninflected verbal forms and the Root Infinitive (RI) represents an alternative form to the subjunctive for the expression of the irrealis mood. The results of two elicited production experiments suggest that the indicative/subjunctive distinction is perceived by 3-year-olds, although the expression of the subjunctive mood still poses difficulty even for 5-year-olds. A comprehension experiment involving YES/NO questions with 5-7-year-olds, and its follow-up, suggest that the indicative/subjunctive opposition in subordinate clauses is recognized, even though negative answers pose difficulties that are not related to verbal mood, particularly at 5 years of age. The results are compatible with the hypotheses, suggesting that the presence of RIs in Brazilian Portuguese indicates a parametric shift in course (from null subject to non-null subject).MAXWELLLETICIA MARIA SICURO CORREAJACQUELINE RODRIGUES LONGCHAMPS2009-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14059@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14059@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14059porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-14T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:14059Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342017-09-14T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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[pt] A presente dissertação se insere em uma teoria da aquisição da linguagem que concilia uma abordagem psicolingüística com uma concepção minimalista de língua. As hipóteses de trabalho que a nortearam foram: o que é gramaticalmente relevante tem de estar expresso na interface fônica; a interpretação semântica do complexo TAM (Tempo, Aspecto, Modo) acarreta dificuldade na identificação da morfologia de modo; distinções conceptuais fundamentais, como a oposição realis/irrealis, são expressas pela criança, independentemente de a morfologia da língua ter sido totalmente identificada (Hipótese da Oposição Semântica). Um estudo da produção espontânea de duas crianças de 1;5 a 2;5 de idade e 4 experimentos foram conduzidos. Na análise dos dados da fala espontânea, constatou-se que a oposição realis/irrealis é expressa pela criança por meio da distinção entre formas verbais flexionadas e não-flexionadas, sendo que o chamado Infinitivo Raiz (IR) aparece como alternativa ao subjuntivo para expressão do modo irrealis. Os resultados de dois experimentos de produção eliciada sugerem que a distinção indicativo/subjuntivo é percebida por crianças de 3 anos, embora aos 5 anos de idade a expressão do subjuntivo ainda apresente dificuldade. Um experimento de compreensão com perguntas SIM/NÃO com crianças de 5-7 anos, e seu follow-up, sugerem que o contraste indicativo/subjuntivo em completivas é reconhecido, ainda que respostas negativas imponham dificuldades que independem do modo, particularmente aos 5 anos. Os resultados são compatíveis com as hipóteses e sugerem que a presença do IR no português brasileiro é indicativa da alteração paramétrica em curso (de sujeito nulo para preenchido). |
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