[pt] FELICIDADE: DEFINIÇÕES E PARADOXOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MICHELE INTRATOR
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27724@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.27724
Resumo: [pt] Com o advento da modernidade e da cultura de consumo, as concepções de tempo e espaço são alteradas. O espaço passa a incluir a esfera virtual e o tempo passa a ser instantâneo, de acordo com as novas tecnologias. O Estado também descentraliza seu poder, instituindo a exacerbação do individualismo. Inserido nesse contexto, o sujeito contemporâneo, desprovido de apoio político ou social, passa a se responsabilizar por sua existência e almeja realizações imediatas. Dessa forma, vem se construindo um cenário que recrimina a dor, não permite o tempo ocioso ou improdutivo, insere a lógica do imediato e exige condutas performáticas, livres e bem-sucedidas. Esse é o cenário perfeito para o desenvolvimento do imperativo da felicidade, a partir do qual slogans, clichês e fórmulas são difundidos pelos diferentes veículos midiáticos. O presente trabalho tem como objetivo investigar as concepções específicas de felicidade para um grupo de entrevistados, bem como verificar em que medida os padrões sociais contemporâneos de felicidade influenciam estas percepções. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, na qual foram entrevistados dez jovens residentes na cidade do Rio de Janeiro e pertencentes às camadas médias da população. A análise dos seus depoimentos revela que todos os entrevistados consideram importantes os mesmos elementos vendidos pelas fórmulas da felicidade: relacionamentos, dinheiro, trabalho, família ou um estado interior psicológico propício. Nesta pesquisa destacaram-se os seguintes depoimentos: a vontade dos sujeitos de estarem em um relacionamento amoroso e a preocupação em ganhar dinheiro. Assim, verificamos que os sujeitos não estão descolados de uma imagem socialmente propagada de felicidade pela cultura do consumo e da informação.
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