[pt] O QUE A ESFINGE ENSINA A ÉDIPO: OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO, O DEMONÍACO E O INFAMILIAR NA ARTE CONTEMPORÂNEA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46861@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46861@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46861 |
Resumo: | [pt] A presente tese investiga o que o filósofo italiano Giorgio Agamben chamou de a semiologia do ponto de vista da Esfinge em seu livro Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. No capítulo A imagem perversa: a semiologia do ponto de vista da Esfinge, o filósofo propunha um modelo de significação calcado não no significado, mas na barreira resistente à significação que, para ele, seria a marca indelével de uma objeção à imposição do sentido. Para ele, Édipo seria o paradigma da cultura ocidental na qual o que ele chama de metafísica do significado foi forjada, na medida em que o personagem trágico resolve o enigma da Esfinge. Assim, Agamben repensa o estatuto da linguagem enquanto adequação do significante ao significado para construir uma perspectiva calcada na dissonância implicada no signo e na assunção do enigmático enquanto modo de operar da linguagem. Tendo em vista a afirmação de Agamben de que na estética essa formulação do desacordo do signo aparece como exemplar, desenvolvo nesta pesquisa um estudo sobre a semiologia do ponto de vista da Esfinge e sua relação com a arte contemporânea. Para realizar esse objetivo, no primeiro capítulo faço um diagnóstico do modo como o pensamento sobre a linguagem se torna preponderante para a arte do século XX a partir do linguistic turn e do advento da Linguística e da Psicanálise; no segundo capítulo, investigo o conceito de demoníaco, na medida em que Agamben afirma que o signo é formado pela distorção demoníaca do nexo que une cada significante ao próprio significado e, por fim, abordo o tema da infamiliariedade (estranhamento) na relação entre arte e linguagem, tendo como ponto de partida o ensaio Das Unheimliche, publicado por Freud em 1919, uma das referências para Agamben pensar sua noção de semiologia esfíngica. |
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[pt] O QUE A ESFINGE ENSINA A ÉDIPO: OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO, O DEMONÍACO E O INFAMILIAR NA ARTE CONTEMPORÂNEA[en] WHAT THE SPHINX TEACHES OEDIPUS: THE LIMITS TO INTERPRETATION, THE DEMONIC AND THE UNFAMILIAR IN CONTEMPORARY ART[pt] PSICANALISE[pt] INFAMILIAR[pt] DEMONIACO[pt] GIORGIO AGAMBEN[pt] ARTE CONTEMPORANEA[en] PSYCHOANALYSIS[en] UNFAMILIAR[en] DEMONIC[en] CONTEMPORARY ART[pt] A presente tese investiga o que o filósofo italiano Giorgio Agamben chamou de a semiologia do ponto de vista da Esfinge em seu livro Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. No capítulo A imagem perversa: a semiologia do ponto de vista da Esfinge, o filósofo propunha um modelo de significação calcado não no significado, mas na barreira resistente à significação que, para ele, seria a marca indelével de uma objeção à imposição do sentido. Para ele, Édipo seria o paradigma da cultura ocidental na qual o que ele chama de metafísica do significado foi forjada, na medida em que o personagem trágico resolve o enigma da Esfinge. Assim, Agamben repensa o estatuto da linguagem enquanto adequação do significante ao significado para construir uma perspectiva calcada na dissonância implicada no signo e na assunção do enigmático enquanto modo de operar da linguagem. Tendo em vista a afirmação de Agamben de que na estética essa formulação do desacordo do signo aparece como exemplar, desenvolvo nesta pesquisa um estudo sobre a semiologia do ponto de vista da Esfinge e sua relação com a arte contemporânea. Para realizar esse objetivo, no primeiro capítulo faço um diagnóstico do modo como o pensamento sobre a linguagem se torna preponderante para a arte do século XX a partir do linguistic turn e do advento da Linguística e da Psicanálise; no segundo capítulo, investigo o conceito de demoníaco, na medida em que Agamben afirma que o signo é formado pela distorção demoníaca do nexo que une cada significante ao próprio significado e, por fim, abordo o tema da infamiliariedade (estranhamento) na relação entre arte e linguagem, tendo como ponto de partida o ensaio Das Unheimliche, publicado por Freud em 1919, uma das referências para Agamben pensar sua noção de semiologia esfíngica.[en] The present thesis investigates what the italian philosopher Giorgio Agamben called the semiology from the point of view of the Sphinx in his book Stanzas: word and phantasm in western culture. In the chapter The perverse image: the semiology from the Sphyns s point of view , the philosopher was proposing a signification model that was not grounded on the signified, but on the barrier resisting signification that, for him, was the indelible mark of an objection to the imposition of meaning. For him, Oedipus would be the paradigm of the western culture, in which it was forged what Agamben called the metaphysics of the signified, given that the tragic protagonist solves the Sphinx s enigma. Therefore, Agamben rethinks the status of language as the adequacy of the signifier to the signified to build a perspective centered on the dissonance implied in the sign and on the assumption of the enigmatic as a means of language operation. In view of Agamben s affirmation, that in aesthetics this formulation of the sign s discord exemplarily appears, I develop in this research a study on the semiology from the point of view of the Sphinx and its relations with contemporary art. To accomplish this goal, in the first chapter I make a diagnosis on the way that the thinking on language becomes preponderant to twentieth century art since the linguistic turn and the advent of Linguistics and Psychoanalysis; in the second chapter, I investigate the concept of demonic, according to Agamben s affirmation that the sign is formed by the demonic distortion of the bond that unites each signifier to its own signified and, lastly, I approach the theme of unfamiliarity (uncanny) in the relationship between art and language, with the starting point being the essay Das Umheimliche, published by Freud in 1919, one of the influences to Agamben for thinking on his notion of Sphinx s semiology.MAXWELLLUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDALUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDAJULIANA DE MORAES MONTEIRO2020-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46861@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46861@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46861porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-07T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:46861Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-08-07T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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[pt] O QUE A ESFINGE ENSINA A ÉDIPO: OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO, O DEMONÍACO E O INFAMILIAR NA ARTE CONTEMPORÂNEA JULIANA DE MORAES MONTEIRO [pt] PSICANALISE [pt] INFAMILIAR [pt] DEMONIACO [pt] GIORGIO AGAMBEN [pt] ARTE CONTEMPORANEA [en] PSYCHOANALYSIS [en] UNFAMILIAR [en] DEMONIC [en] CONTEMPORARY ART |
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