[pt] O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA EM FACE AO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA: UMA ANÁLISE DO CONTEXTO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: JULIANA DE SOUZA RICARDO
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18903@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18903@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.18903
Resumo: [pt] O Estatuto da Criança e do Adolescente garante a todas as crianças e adolescentes o direito a conviver com sua família e em sua comunidade. Contudo, ao se falar de criança e adolescente com deficiência percebe-se a fragilização deste direito frente às especificidades advindas do cuidado necessário. Isso se dá apesar dos diversos documentos legais apontarem para a importância da centralidade na família na formação de crianças e adolescentes, entendendo-a como espaço de proteção e desenvolvimento social. No entanto, a deficiência requer da família um cuidado maior gerando uma sobrecarga, na maioria dos casos, sobre um membro familiar no que tange ao cuidado. Quando temos a associação da deficiência à pobreza vemos a situação se agravar ainda mais levando, em determinados casos, muitas famílias a buscarem na institucionalização a melhor saída para o cuidado de seus filhos. O processo histórico da institucionalização de crianças e adolescentes com deficiência perpassa dois outros processos: a assistência voltada à infância em situação de risco ou de vulnerabilidade social e ao movimento de ascensão da Psiquiatria no que se refere aos estudos sobre a criança anormal. A cultura da institucionalização de crianças e adolescentes perdurou por muito tempo em nosso país. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente ganha força a proposta da desinstitucionalização, proposta esta reforçada por diversos documentos no âmbito das políticas públicas anos mais tarde. O objetivo desta dissertação é analisar os motivos que ainda levam à institucionalização, crianças e adolescentes com deficiência no município do Rio de Janeiro, mesmo após duas décadas da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos avanços advindos a partir dos novos marcos legais voltados a essa parcela da população. A análise tem como base duas fontes de informação: uma revisitação dos dados colhidos pela pesquisa Do confinamento ao acolhimento: mudando a prática de institucionalização de crianças e adolescentes com deficiência no Estado do Rio de Janeiro (CIESPI, em convênio com a PUC-Rio: CNPq/Ministério da Saúde 2006-2008) e uma nova consulta de dados realizada a partir de visitas e entrevistas com diretores ou representantes das Instituições de Acolhimento localizadas no município do Rio de Janeiro (2010-2011).
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Isso se dá apesar dos diversos documentos legais apontarem para a importância da centralidade na família na formação de crianças e adolescentes, entendendo-a como espaço de proteção e desenvolvimento social. No entanto, a deficiência requer da família um cuidado maior gerando uma sobrecarga, na maioria dos casos, sobre um membro familiar no que tange ao cuidado. Quando temos a associação da deficiência à pobreza vemos a situação se agravar ainda mais levando, em determinados casos, muitas famílias a buscarem na institucionalização a melhor saída para o cuidado de seus filhos. O processo histórico da institucionalização de crianças e adolescentes com deficiência perpassa dois outros processos: a assistência voltada à infância em situação de risco ou de vulnerabilidade social e ao movimento de ascensão da Psiquiatria no que se refere aos estudos sobre a criança anormal. A cultura da institucionalização de crianças e adolescentes perdurou por muito tempo em nosso país. Com o Estatuto da Criança e do Adolescente ganha força a proposta da desinstitucionalização, proposta esta reforçada por diversos documentos no âmbito das políticas públicas anos mais tarde. O objetivo desta dissertação é analisar os motivos que ainda levam à institucionalização, crianças e adolescentes com deficiência no município do Rio de Janeiro, mesmo após duas décadas da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos avanços advindos a partir dos novos marcos legais voltados a essa parcela da população. 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This occurs in spite of the various legal documents that stress the importance of the family context for the full development and protection of children and adolescents. However, children with disabilities require of the family greater attention and health care generating a burden in most cases, to family members. When in addition there is poverty, the burden is heavier and often families feel pressed to seek for alternative care in institutions as a possible best way for the care of their children. The historical process of placing children and adolescents with disabilities in institutions presents two main characteristics: the assistance aimed at children at risk, perceived as socially vulnerable and the establishment of a movement led by psychiatry focusing on the abnormal child. The so called culture of institutionalization of children and adolescents long persisted in our country. With the approval of the Statute on the Child and the Adolescent in 1990s a strong movement against the placement of children in institutions takes place. This movement was then strengthened by several policies approved in the subsequent years. The main objective of this thesis is to analyze the reasons that still lead to the placement of children and adolescents with disabilities in the municipality of Rio de Janeiro, even two decades after the enactment of the Statute. It also focus on the advances that followed the new legal framework aimed at this segment of the population. The analysis is based on two sources of information: a revisit of the data collected by the study From institutionalization to a family setting: changing the practice of institutionalizing children and adolescents with disabilities in the State of Rio de Janeiro (coordinated by the International Center for Research and Policy on Childhood, CIESPI, in partnership with PUC-Rio and sponsored by CNPq/ Ministry of Health, 2006-2008) and new data collected through visits and interviews with directors and representatives of the institutions for children with disabilities in the municipality of Rio de Janeiro (2010-2011).MAXWELLIRENE RIZZINIJULIANA DE SOUZA RICARDO2012-01-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18903@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18903@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.18903porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-17T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:18903Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342024-04-17T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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