[pt] HERANÇA E ESCRITURA EM CENA: UM ESTUDO SOBRE FREUD EM DERRIDA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TATIANA GRENHA
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6156&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6156&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.6156
Resumo: [pt] Herança e Escritura em Cena: um estudo sobre Freud em Derrida é um trabalho que pretende abordar o pensamento de Jacques Derrida, filósofo cuja obra é reconhecida atualmente como uma das mais importantes no cenário filosófico francês. Tal filósofo dedicou, como se sabe, grande parte de seu trabalho à discussão de questões relativas à obra de Freud e à sua importância como momento de ruptura com relação à tradição filosófica metafísica. Na trajetória deste amigo da psicanálise, como o próprio filósofo se denomina, vemos a tentativa de destacar na obra de Freud, uma fonte que, no seu entender, não tinha, até então, sido lida como se deveria : uma poderosa reflexão sobre o traço e a escritura. O objetivo deste estudo é o de realizar uma leitura dos principais pontos de interesse manifestado por Derrida em relação ao tema da escritura em Freud abrangendo as noções de traço psíquico, impressão, arquivamento, visando circunscrever, através deles, a herança freudiana da Desconstrução. Neste caminho, um desafio : o amigo da psicanálise, como diz Derrida, guarda a reserva ou a distância necessárias à crítica, denunciando as cumplicidades metafísicas da psicanalise, inclusive quanto à interpretação psicanalítica de herança e de paternidade tal como entendidas no contexto freudiano. Seria, portanto, impossível pensar uma relação de filiação que atravessasse a amizade entre Derrida e Freud ? Pergunta espinhosa já que aprendemos com a Desconstrução que o arquivamento de um discurso, no seu desejo de origem, não se institui senão se repetindo e não retorna para se recolocar senão no parricídio. A escritura derridiana repete incansavelmente a morte do pai. Sem a pretensão de efetuar, no entanto, um ajuste de contas entre os dois pensadores, o objetivo do nosso estudo rende-se à necessidade de abarcar os conceitos derridianos de herança e de circuncisão. Se Freud repetiu, tanto na vida quanto na obra, uma lógica patriarcal na sua íntima proximidade com o desejo de origem da metafísica, há, por outro lado, algo no discurso freudiano que resite a este movimento : sua especulação, nas palavras de Freud, seu gesto de escritura nas palavras de Derrida. É na afirmação deste gesto que guia a ética da psicanálise freudiana que vamos encontrar Freud em Derrida e a tomada de posição da operação da Desconstrução.
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O objetivo deste estudo é o de realizar uma leitura dos principais pontos de interesse manifestado por Derrida em relação ao tema da escritura em Freud abrangendo as noções de traço psíquico, impressão, arquivamento, visando circunscrever, através deles, a herança freudiana da Desconstrução. Neste caminho, um desafio : o amigo da psicanálise, como diz Derrida, guarda a reserva ou a distância necessárias à crítica, denunciando as cumplicidades metafísicas da psicanalise, inclusive quanto à interpretação psicanalítica de herança e de paternidade tal como entendidas no contexto freudiano. Seria, portanto, impossível pensar uma relação de filiação que atravessasse a amizade entre Derrida e Freud ? Pergunta espinhosa já que aprendemos com a Desconstrução que o arquivamento de um discurso, no seu desejo de origem, não se institui senão se repetindo e não retorna para se recolocar senão no parricídio. A escritura derridiana repete incansavelmente a morte do pai. Sem a pretensão de efetuar, no entanto, um ajuste de contas entre os dois pensadores, o objetivo do nosso estudo rende-se à necessidade de abarcar os conceitos derridianos de herança e de circuncisão. Se Freud repetiu, tanto na vida quanto na obra, uma lógica patriarcal na sua íntima proximidade com o desejo de origem da metafísica, há, por outro lado, algo no discurso freudiano que resite a este movimento : sua especulação, nas palavras de Freud, seu gesto de escritura nas palavras de Derrida. É na afirmação deste gesto que guia a ética da psicanálise freudiana que vamos encontrar Freud em Derrida e a tomada de posição da operação da Desconstrução.[fr] Héritage et Écriture en Scène: une étude sur Freud chez Derrida est un texte qui veut étudier la pensée de Jacques Derrida, philosophe dont l’oeuvre est reconnue comme une des plus importantes de la scène philosophique française. Ce penseur a dédié, comme on sait, une grande part de son travail à la discussion des questions relatives à l oeuvre de Freud et à son importance comme rupture par rapport à la tradition philosophique métaphysique. Dans la trajectoire de cet ami de la psychanalyse comme il se nome lui même, on voit la tentative de souligner dans l oeuvre de Freud, une source qui, dans sa compréhension, n avait pas encore était lue comme on le devrait : une puissante réflexion sur la trace et l écriture. L objectif de cette étude est de réaliser une lecture des principaux centres d intérêt manifestés par Derrida sur le thème de l écriture chez Freud comprenant les notions de trace psychique, d impression, d archivage, visant à circonscrire, à travers eux, l héritage freudien de la Déconstruction. Dans ce chemin, un défi : l ami de la psychanalyse, comme dit Derrida, garde la réserve ou le retrait nécessaire à la critique, dénonçant les complicités métaphysiques de la psychanalyse, y comprit l interprétation psychanalytique de l héritage et de la paternité tel quel comprise dans le contexte freudien. Serait-il, donc, impossible de penser une relation de filiation qui traverserait l amitié entre Derrida et Freud. C est une question épineuse puisque l on a apprit avec la Déconstruction que l archivage d un discours, dans son désir d origine, ne s institue qu en se répétant et ne revient pour se rétablir que dans le parricide. L écriture dérridienne répète inlassablement le meurtre du père. Sans la prétention d effectuer, pourtant, un règlement de compte entre les deux penseurs, l objectif de cette étude se rend à la nécessité d aborder les concepts derridiens d héritage et de circoncision. Si Freud a répété, tant dans sa vie que dans son oeuvre, une logique patriarcale qui a une intime proximité avec le désir d’origine de la métaphysique, il y a, de l autre coté, chez Freud, quelque chose qui résiste à ce mouvement : Sa spéculation, dans les mots de Freud, son geste d écriture’ dans les mots de Derrida. C est dans l affirmation du geste que guide l étique de la psychanalyse freudienne que l on va rencontrer Freud chez Derrida et la prise de position dans l opération de la Déconstruction.MAXWELLPAULO CESAR DUQUE ESTRADATATIANA GRENHA2005-03-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6156&idi=1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6156&idi=3http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.6156porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-07-19T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:6156Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342018-07-19T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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