[pt] POESIA, HISTÓRIA E ECONOMIA POLÍTICA NOS SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES E NA REVISTA NITERÓI: OS PRIMEIROS ROMÂNTICOS E A CIVILIZAÇÃO DO IMPÉRIO DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARCELO DE MELLO RANGEL
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18523@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.18523
Resumo: [pt] Para Gonçalves de Magalhães, Francisco de Sales Torres Homem e Manuel Araújo Porto-alegre, o Império do Brasil deveria ser civilizado, o que equivale a dizer que precisava superar seu modo de ser egoísta, e isto em favor do éthos do amor. Tratava-se, portanto, da superação da herança colonial mais radical, a saber, o costume de pensar e de agir a partir das inclinações, dos apetites, em detrimento dos interesses concernentes à comunidade ou à pátria. Os primeiros Românticos se dedicaram, então, à reorientação ética da boa sociedade, e isto a partir de uma atmosfera melancólica fundada na tensão entre pessimismo e desconfiança, por um lado, e otimismo e esperança por outro. Ora mais pessimistas, por vezes desesperados, ora mais otimistas, em relação à possibilidade de concretizar seu projeto civilizador, iam produzindo suas poesias e seus estudos sobre história e economia política a partir de uma dupla estratégia, a saber, seduzir seus leitores provocando-os à assunção do modo de ser do amor, e isto a despeito de uma decisão racional originária e, a um só tempo, fornecer lições úteis fundamentais à conquista do progresso moral e material da pátria, lições dedicadas, em especial, à demonstração lógica da necessidade de se abolir, imediatamente, a escravidão.
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