[pt] ESTIO DO TEMPO: O AMOR ENTRE ARTE E FILOSOFIA NA ORIGEM DO ROMANTISMO ALEMÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEDRO DUARTE DE ANDRADE
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15112@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15112@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15112
Resumo: [pt] Esta tese estuda a tensão que caracteriza o pensamento dos primeiros autores do romantismo alemão, situados entre a consciência crítica (kantiana), que proibia nosso acesso à verdade absoluta, e o desejo de síntese (hegeliano) que pretendia alcançá-la. Nesse contexto, a arte apareceu como forma de dizer o absoluto justamente pela oposição à clareza objetiva pretendida pelo sujeito do conhecimento. Fora do quadro tradicional do classicismo, e trazendo consigo o traço moderno da reflexão, a arte seria genial: sua criação não dependeria da obediência a regras prévias. Por sua vez, a crítica saía do paradigma avaliativo pautado em normas, tornando-se filosófica. Forçava-se, então, a transformação do contato com a antiguidade clássica, que seria agora fragmentado, ao apontar para o caráter vanguardista que abre mão da totalidade. Ironia e alegoria seriam emblemas dessa quebra, evidenciando a descontinuidade entre signo e sentido na época moderna. Habitar a linguagem era experimentar o amor entre arte e filosofia, contrariando a querela que permanecera entre ambas desde Platão. Este estio do tempo ocorreu, na virada do século XVIII para o XIX, com a escrita do grupo de jovens capitaneado por Friedrich Schlegel na origem do romantismo, forjando uma filosofia da arte que foi também uma arte do filosofar.
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