[pt] IMPACTOS DO BEM-ESTAR SUBJETIVO E DA PERSONALIDADE EM COMPORTAMENTOS DE COMPRA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SIBELE DIAS DE AQUINO
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60471@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60471@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.60471
Resumo: [pt] Considerando-se que traços de personalidade impactam em muitas variáveis e contextos, a presente tese teve como objetivo verificar o poder preditivo do bemestar subjetivo sobre o comportamento de compra por impulso e sobre a escolha de itens de compra, controlando-se o efeito da personalidade. Para tanto, foram realizados quatro estudos, cujos dados foram coletados por meio de questionários disponibilizados em plataforma na internet. O primeiro estudo teve o objetivo de buscar evidências de validade da escala Hedonic Shopping Motivations. Verificaram-se evidências de validade satisfatórias para o instrumento. A mensuração desse construto testou padrões correlacionais e de predição das motivações hedônicas sobre variáveis de compra, e os resultados revelaram uma rede nomológica que favorece formulações teóricas mais robustas sobre comportamento do consumidor. O segundo estudo consistiu na busca por evidências de validade da escala Short Affect Intensity Scale (SAIS-BR) para o contexto brasileiro. Esse segundo instrumento adaptado mensura a intensidade com a qual uma pessoa experimenta emoções, concentrando-se na consistência das reações afetivas que ela costuma ter diante de estímulos emocionais. O instrumento adaptado mostrou satisfatórias evidências de validade. As diferenças individuais na intensidade afetiva foram associadas a personalidade, frequência de afetos e satisfação de vida, ampliando o conhecimento a respeito de como afetos são experimentados e sobre os impactos da intensidade afetiva no cotidiano. As correlações encontradas entre fatores da SAIS-BR e dimensões do bem-estar subjetivo reforçaram a ideia de que a dimensão emocional do bem-estar subjetivo refere-se tanto à frequência de sentimentos e emoções, quanto à magnitude de suas expressões. O terceiro estudo testou o poder preditivo do bem-estar subjetivo, da intensidade afetiva e da personalidade sobre a tendência de comprar por impulso. Além de corroborar achados anteriores sobre poder preditivo de afetos negativos, os resultados também mostraram o papel dos fatores de personalidade nessa predição, gerando novas evidências empíricas sobre compras por impulso e bemestar subjetivo no Brasil. O quarto estudo verificou o poder preditivo do bem-estar subjetivo e da personalidade sobre a preferência por compras experienciais e materiais. Os resultados mostraram a ausência de poder preditivo da frequência de afetos sobre a variável desfecho, além de indicar que algumas variáveis sociodemográficas e traços de personalidade podem predizer tais preferências dos indivíduos. No geral, os achados tiram das emoções parte da carga de responsabilidade sobre comportamentos de compra, indicando impacto leve do bem-estar sobre impulsividade nas compras e sobre escolhas de tipos de produtos. Uma importância fundamental desta tese é a produção de conhecimentos aplicáveis tanto para o campo do comportamento do consumidor quanto para o campo da psicologia positiva, destacando-se a relevância da interdisciplinaridade e da pesquisa transformativa do consumidor no Brasil.
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O primeiro estudo teve o objetivo de buscar evidências de validade da escala Hedonic Shopping Motivations. Verificaram-se evidências de validade satisfatórias para o instrumento. A mensuração desse construto testou padrões correlacionais e de predição das motivações hedônicas sobre variáveis de compra, e os resultados revelaram uma rede nomológica que favorece formulações teóricas mais robustas sobre comportamento do consumidor. O segundo estudo consistiu na busca por evidências de validade da escala Short Affect Intensity Scale (SAIS-BR) para o contexto brasileiro. Esse segundo instrumento adaptado mensura a intensidade com a qual uma pessoa experimenta emoções, concentrando-se na consistência das reações afetivas que ela costuma ter diante de estímulos emocionais. O instrumento adaptado mostrou satisfatórias evidências de validade. As diferenças individuais na intensidade afetiva foram associadas a personalidade, frequência de afetos e satisfação de vida, ampliando o conhecimento a respeito de como afetos são experimentados e sobre os impactos da intensidade afetiva no cotidiano. As correlações encontradas entre fatores da SAIS-BR e dimensões do bem-estar subjetivo reforçaram a ideia de que a dimensão emocional do bem-estar subjetivo refere-se tanto à frequência de sentimentos e emoções, quanto à magnitude de suas expressões. O terceiro estudo testou o poder preditivo do bem-estar subjetivo, da intensidade afetiva e da personalidade sobre a tendência de comprar por impulso. Além de corroborar achados anteriores sobre poder preditivo de afetos negativos, os resultados também mostraram o papel dos fatores de personalidade nessa predição, gerando novas evidências empíricas sobre compras por impulso e bemestar subjetivo no Brasil. O quarto estudo verificou o poder preditivo do bem-estar subjetivo e da personalidade sobre a preferência por compras experienciais e materiais. Os resultados mostraram a ausência de poder preditivo da frequência de afetos sobre a variável desfecho, além de indicar que algumas variáveis sociodemográficas e traços de personalidade podem predizer tais preferências dos indivíduos. No geral, os achados tiram das emoções parte da carga de responsabilidade sobre comportamentos de compra, indicando impacto leve do bem-estar sobre impulsividade nas compras e sobre escolhas de tipos de produtos. Uma importância fundamental desta tese é a produção de conhecimentos aplicáveis tanto para o campo do comportamento do consumidor quanto para o campo da psicologia positiva, destacando-se a relevância da interdisciplinaridade e da pesquisa transformativa do consumidor no Brasil.[en] Considering that personality traits impact many variables and contexts, the present thesis aimed to verify the predictive power of subjective well-being on impulse buying behavior and on the choice of purchase items, controlling for the effect of personality. To this end, four studies were carried out and data were collected through questionnaires made available on an internet platform. The first study aimed to seek evidence of validity of the Hedonic Shopping Motivations scale. There was satisfactory evidence of validity for the instrument. The measurement of this construct tested correlational and predictive patterns of hedonic motivations on purchase variables, and the results revealed a nomological network that favors more robust theoretical formulations on consumer behavior. The second study consisted of searching for evidence of validity of the Short Affect Intensity Scale (SAIS-BR) for the Brazilian context. This second adapted instrument measures the intensity with which a person experiences emotions, focusing on the consistency of the affective reactions that they usually have when faced with emotional stimuli. The adapted instrument showed satisfactory evidence of validity. Individual differences in affective intensity were associated with personality, frequency of affections and life satisfaction, increasing the knowledge about how affections are experienced and about the impacts of affective intensity on daily life. The correlations found between SAIS-BR factors and dimensions of subjective well-being reinforced the idea that the emotional dimension of subjective well-being refers to both the frequency of feelings and emotions and the magnitude of their expressions. The third study tested the predictive power of subjective well-being, affective intensity, and personality on the tendency to buy impulsively. In addition to corroborating previous findings on the predictive power of negative affects, the results also showed the role of personality factors in this prediction, generating new empirical evidence on impulse buying and subjective well-being in Brazil. The fourth study verified the predictive power of subjective well-being and personality on the preference for experiential and material purchases. The results showed an absence of predictive power of the frequency of affections on the outcome variable, in addition to indicating that some sociodemographic variables and personality traits can predict such individual preferences. Overall, the findings remove part of the burden of responsibility on purchasing behaviors from emotions, indicating a mild impact of well-being on impulsive buying and on product choices. A fundamental importance of this thesis is the production of knowledge that is applicable both to the field of consumer behavior and to the field of positive psychology, highlighting the relevance of interdisciplinarity and transformative consumer research in Brazil.MAXWELLJEAN CARLOS NATIVIDADESIBELE DIAS DE AQUINO2022-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60471@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60471@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.60471porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-09-05T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:60471Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-09-05T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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