AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@2 |
Resumo: | A tese de uma autonomia da arte contemporânea, em tempos de realidade virtual – na qual a contenda ontológica do objeto artístico é vista como uma exponenciação da aura perdida de Benjamin – pode ser compreendida de duas maneiras opostas: entendendo a autonomia como uma quimera teórica ou como uma questão que ainda exige uma contínua reflexão crítica. A proposta aqui converge à segunda tendência. Assim, ela insiste sobre a questão da autonomia e isso implica, antes, numa análise crítica do papel desta dentro da história arte – na maneira pela qual, desde o Laocoonte de Lessing, passando por Greenberg, até a teoria estética de Adorno, foi se conformando na teoria da arte a ideia de uma autonomia da especificidade. Historicamente, a autonomia da especificidade estava encerrada pelas regras que a determinavam: linguagem, estilo e materiais. Neste contexto histórico modernista dois campos se destacam por serem muito regrados em suas abstrações: a música e a arquitetura. E dentro desses respectivos campos os trabalhos do compositor Karlheinz Stockhausen e do arquiteto Peter Eisenman aparecem como obras, entre as produções contemporâneas, que simultaneamente subvertem e resistem às especificidades das suas normas internas. Seguindo os passos desses artistas, este trabalho investiga a possibilidade de um outro tipo de autonomia que lida com uma condição de presença autônoma – um continuum autônomo que problematiza a temporalidade histórica seja da resultante sonora, seja da resultante espacial, e nunca se ancora em especificidades pré-determinadas. Nestes termos, Stockhausen e Eisenman realizam uma autonomia cuja temporalidade é um continuum intrínseco que opera sempre o movimento de elã crítico do binômio fenômeno e conceito – através da abordagem crítica seja dos seus meios, seja das suas linguagens. |
id |
PUC_RIO-1_b51942f6e8c0a6893f3e0981e4fa05d3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:MAXWELL.puc-rio.br:48944 |
network_acronym_str |
PUC_RIO-1 |
network_name_str |
Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
repository_id_str |
534 |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKSCONTINUUM AUTÔNOMO: SOBRE AS OBRAS DE STOCKHAUSEN E EISENMAN2015-12-04JOAO MASAO KAMITA53503520910lattes.cnpq.br/3375529151382237JOAO MASAO KAMITAOTAVIO LEONIDIO RIBEIROGUILHERME CARLOS LASSANCE DOS SANTOS ABREUGUILHERME TEIXEIRA WISNIKCAROLE GUBERNIKOFFFRANCISCO PALMEIRA DE LUCENAPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM HISTÓRIA SOCIAL DA CULTURAPUC-RioBRA tese de uma autonomia da arte contemporânea, em tempos de realidade virtual – na qual a contenda ontológica do objeto artístico é vista como uma exponenciação da aura perdida de Benjamin – pode ser compreendida de duas maneiras opostas: entendendo a autonomia como uma quimera teórica ou como uma questão que ainda exige uma contínua reflexão crítica. A proposta aqui converge à segunda tendência. Assim, ela insiste sobre a questão da autonomia e isso implica, antes, numa análise crítica do papel desta dentro da história arte – na maneira pela qual, desde o Laocoonte de Lessing, passando por Greenberg, até a teoria estética de Adorno, foi se conformando na teoria da arte a ideia de uma autonomia da especificidade. Historicamente, a autonomia da especificidade estava encerrada pelas regras que a determinavam: linguagem, estilo e materiais. Neste contexto histórico modernista dois campos se destacam por serem muito regrados em suas abstrações: a música e a arquitetura. E dentro desses respectivos campos os trabalhos do compositor Karlheinz Stockhausen e do arquiteto Peter Eisenman aparecem como obras, entre as produções contemporâneas, que simultaneamente subvertem e resistem às especificidades das suas normas internas. Seguindo os passos desses artistas, este trabalho investiga a possibilidade de um outro tipo de autonomia que lida com uma condição de presença autônoma – um continuum autônomo que problematiza a temporalidade histórica seja da resultante sonora, seja da resultante espacial, e nunca se ancora em especificidades pré-determinadas. Nestes termos, Stockhausen e Eisenman realizam uma autonomia cuja temporalidade é um continuum intrínseco que opera sempre o movimento de elã crítico do binômio fenômeno e conceito – através da abordagem crítica seja dos seus meios, seja das suas linguagens.The thesis of an autonomy of contemporary art in virtual reality times – in which the ontological issue of the artistic object is seen as an exponentiation of the lost aura of Benjamin – can be understood in two opposite ways: understanding autonomy as a theoretical chimera or as a question that requires a continuous critical reflection. The proposal converges to the second trend. Thus, it insists on the issue of autonomy and this implies a critical analysis of the role of this in art history – in the way some oeuvre and authors, from the Lessing s Laocoön through Greenberg to the Adorno s aesthetic theory, had been establishing in theory of art the idea of an autonomy of specificity. Historically, the autonomy of specificity was closed by its own rules: language, style and materials. In this modernist historical context two fields stand out for being very ruled in their abstractions: music and architecture. And within those respective fields, the works of the composer Karlheinz Stockhausen and the architect Peter Eisenman appear as works, between contemporary productions, that simultaneously subvert and resist the specificities of their internal rules. Following in the footsteps of these artists, the present work investigates the possibility of another kind of autonomy that deals with an autonomous presence condition - an autonomous continuum that questions the historical temporality either from resultant sound and resultant space, and never anchors itself in predetermined specificities. Accordingly, Stockhausen and Eisenman realize an autonomy whose temporality is an intrinsic continuum that always operates the movement of critical impetus of the binomial phenomenon and concept – either by the critical approaches of their mediums and their languages.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCOORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIORFUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINOBOLSA NOTA 10https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:53:37Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:48944Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342020-07-09T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
dc.title.en.fl_str_mv |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
CONTINUUM AUTÔNOMO: SOBRE AS OBRAS DE STOCKHAUSEN E EISENMAN |
title |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
spellingShingle |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS FRANCISCO PALMEIRA DE LUCENA |
title_short |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
title_full |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
title_fullStr |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
title_full_unstemmed |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
title_sort |
AUTONOMOUS CONTINUUM: ON STOCKHAUSEN S AND EISENMAN S WORKS |
dc.creator.ID.none.fl_str_mv |
|
dc.creator.Lattes.none.fl_str_mv |
|
author |
FRANCISCO PALMEIRA DE LUCENA |
author_facet |
FRANCISCO PALMEIRA DE LUCENA |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
JOAO MASAO KAMITA |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
53503520910 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
lattes.cnpq.br/3375529151382237 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
JOAO MASAO KAMITA |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
OTAVIO LEONIDIO RIBEIRO |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
GUILHERME CARLOS LASSANCE DOS SANTOS ABREU |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
GUILHERME TEIXEIRA WISNIK |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
CAROLE GUBERNIKOFF |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
FRANCISCO PALMEIRA DE LUCENA |
contributor_str_mv |
JOAO MASAO KAMITA JOAO MASAO KAMITA OTAVIO LEONIDIO RIBEIRO GUILHERME CARLOS LASSANCE DOS SANTOS ABREU GUILHERME TEIXEIRA WISNIK CAROLE GUBERNIKOFF |
description |
A tese de uma autonomia da arte contemporânea, em tempos de realidade virtual – na qual a contenda ontológica do objeto artístico é vista como uma exponenciação da aura perdida de Benjamin – pode ser compreendida de duas maneiras opostas: entendendo a autonomia como uma quimera teórica ou como uma questão que ainda exige uma contínua reflexão crítica. A proposta aqui converge à segunda tendência. Assim, ela insiste sobre a questão da autonomia e isso implica, antes, numa análise crítica do papel desta dentro da história arte – na maneira pela qual, desde o Laocoonte de Lessing, passando por Greenberg, até a teoria estética de Adorno, foi se conformando na teoria da arte a ideia de uma autonomia da especificidade. Historicamente, a autonomia da especificidade estava encerrada pelas regras que a determinavam: linguagem, estilo e materiais. Neste contexto histórico modernista dois campos se destacam por serem muito regrados em suas abstrações: a música e a arquitetura. E dentro desses respectivos campos os trabalhos do compositor Karlheinz Stockhausen e do arquiteto Peter Eisenman aparecem como obras, entre as produções contemporâneas, que simultaneamente subvertem e resistem às especificidades das suas normas internas. Seguindo os passos desses artistas, este trabalho investiga a possibilidade de um outro tipo de autonomia que lida com uma condição de presença autônoma – um continuum autônomo que problematiza a temporalidade histórica seja da resultante sonora, seja da resultante espacial, e nunca se ancora em especificidades pré-determinadas. Nestes termos, Stockhausen e Eisenman realizam uma autonomia cuja temporalidade é um continuum intrínseco que opera sempre o movimento de elã crítico do binômio fenômeno e conceito – através da abordagem crítica seja dos seus meios, seja das suas linguagens. |
publishDate |
2015 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015-12-04 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@2 |
url |
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48944@2 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
PPG EM HISTÓRIA SOCIAL DA CULTURA |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PUC-Rio |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) instacron:PUC_RIO |
instname_str |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) |
instacron_str |
PUC_RIO |
institution |
PUC_RIO |
reponame_str |
Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
collection |
Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1748324950902571008 |