[pt] A IMIGRAÇÃO NA UNIÃO EUROPEIA: UMA LEITURA CRÍTICA A PARTIR DO NEXO ENTRE SECURITIZAÇÃO, CIDADANIA E IDENTIDADE TRANSNACIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SUZANA DE SOUZA LIMA VELASCO
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19264@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19264@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.19264
Resumo: [pt] A dissertação analisa o vínculo entre a securitização da imigração na União Europeia (UE) e o aumento do movimento transnacional no continente, sobretudo a partir da década de 1990. A pesquisa tem como objetivo central mostrar como a UE institucionalizou o imigrante como ameaça existencial e de que modo esse processo está relacionado à resistência do Estado-nação como lócus de identidade e condição de cidadania, mesmo na constituição de uma cidadania europeia. Nesse percurso, ao mesmo tempo em que consolidou práticas securitárias em relação ao imigrante, reforçando a exclusão já empreendida pelos Estados membros, a UE sofreu oposição desses mesmos Estados, que, temerosos da perda de soberania, também intensificaram as medidas de segurança contra o imigrante. O estudo se baseia nas abordagens de securitização de Huysmans (2006) e Bigo (2002, 2007) e na concepção de identidade transnacional de Balibar (2004a, 2004b, 2006), em contraste à ideia de cidadania pós-nacional na Europa, sustentada por autores como Habermas (1998, 2001, 2003). Além do enfoque institucional, com a análise de legislação e práticas como controle de fronteiras e regulação de vistos, a pesquisa se debruça sobre discursos políticos que identificam o imigrante como ameaça. O racismo contra os Roma e os muçulmanos na UE demonstra como o status da nacionalidade não é hoje suficiente para que não se seja um imigrante (Sayad, 1998, 2004) e como a mobilidade transnacional desafia a pureza mítica da identidade do Estado-nação moderno.
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