NEW FAMILY CONFIGURATIONS AND ITS SOCIOAFFECTIVE BONDING

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEATRICE MARINHO PAULO
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8122@1
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Resumo: As imensas modificações sociais ocorridas nos últimos tempos, tais como a possibilidade do divórcio e de vários recasamentos, assim como da união estável; a existência de relacionamentos não reconhecidos juridicamente, como a união de homossexuais; e as várias descobertas biotecnológicas, têm- se refletido nas famílias, provocando uma enorme alteração estrutural nas mesmas. Nas novas famílias, vínculos fortes se formam, entre pessoas que não são biologicamente ligadas e não têm vínculo jurídico reconhecido. A noção que a Lei traz de família, como sendo composta por um homem e uma mulher, unidos por matrimônio ou união estável, e os filhos a eles ligados por laços de sangue ou pela adoção, já está superada, e se faz necessária uma maior compreensão a respeito dessas novas relações e desses novos vínculos, para que se consiga, através do sistema legislativo e jurídico, atender ao melhor interesse da criança e do adolescente, princípio adotado em nível internacional como orientador em assuntos que envolvem os menores. O tema eleito para investigação foram os vínculos psicossociais existentes entre pessoas sem ligação biológica ou jurídica, entre as quais exista uma relação tal que, durante a infância/adolescência de uma delas, a outra tenha exercido funções maternas, paternas ou fraternas. Foi objetivo deste estudo descortinar a realidade desses vínculos e o nível de importância e influência que têm nas vidas e na constituição da subjetividade das crianças e adolescentes, buscando facilitar, desse modo, a compreensão dessas relações. Foram entrevistadas treze pessoas, divididas em sete duplas: duas duplas maternofiliais, duas duplas paterno-filiais, duas duplas fraternas e uma dupla homoparental-filial feminina, membros de famílias em que existiam, desde a mais tenra idade de pelo menos um deles, a convivência com outro com quem não havia nem vínculo consangüíneo, nem adotivo, mas que desempenhava, em relação ao primeiro, funções maternas, paternas ou fraternas. Da análise das entrevistas e de seu confronto com a revisão da literatura, restou fortalecida a convicção de que a genética e a legislação pouco ou nada têm a ver com a questão da família, e que vínculos familiares estão muito além da consangüinidade, sendo formados a partir das experiências e vivências compartilhadas e das funções exercidas perante os demais membros do grupo familiar.
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A noção que a Lei traz de família, como sendo composta por um homem e uma mulher, unidos por matrimônio ou união estável, e os filhos a eles ligados por laços de sangue ou pela adoção, já está superada, e se faz necessária uma maior compreensão a respeito dessas novas relações e desses novos vínculos, para que se consiga, através do sistema legislativo e jurídico, atender ao melhor interesse da criança e do adolescente, princípio adotado em nível internacional como orientador em assuntos que envolvem os menores. O tema eleito para investigação foram os vínculos psicossociais existentes entre pessoas sem ligação biológica ou jurídica, entre as quais exista uma relação tal que, durante a infância/adolescência de uma delas, a outra tenha exercido funções maternas, paternas ou fraternas. Foi objetivo deste estudo descortinar a realidade desses vínculos e o nível de importância e influência que têm nas vidas e na constituição da subjetividade das crianças e adolescentes, buscando facilitar, desse modo, a compreensão dessas relações. Foram entrevistadas treze pessoas, divididas em sete duplas: duas duplas maternofiliais, duas duplas paterno-filiais, duas duplas fraternas e uma dupla homoparental-filial feminina, membros de famílias em que existiam, desde a mais tenra idade de pelo menos um deles, a convivência com outro com quem não havia nem vínculo consangüíneo, nem adotivo, mas que desempenhava, em relação ao primeiro, funções maternas, paternas ou fraternas. Da análise das entrevistas e de seu confronto com a revisão da literatura, restou fortalecida a convicção de que a genética e a legislação pouco ou nada têm a ver com a questão da família, e que vínculos familiares estão muito além da consangüinidade, sendo formados a partir das experiências e vivências compartilhadas e das funções exercidas perante os demais membros do grupo familiar.The major social changes having occurred in recent times, such as the possibility of divorce and multiple remarriages, the advent of stable unions or the existence of relationships which have no legal standing, such as those between homosexual couples; coupled with advances in biotechnology, have had a profound effect on and caused a major structural upheaval in the family. In the new family strong bons are formed between people who have no biological ties and who have no legally-recognised relationship. The notion that the law has had of the family - as being made up of one man and one woman, united by marriage or stable union, along with their children, whether these are their own or they have been adopted - is outdated and greater comprehension is required of these new relationships and ties, in order for the legislative and judicial system to be able to really serve the best interests of the child and adolescent - an internationallyadopted principle in matters involving minors. The question chosen for investigation was the psycho-social ties between persons who had neither blood ties nor legally-recognised relationships, and between whom there was a relation such as that during the childhood or the adolescence of one of them, the other had played the role of mother, father or brother. The aim of the study was to investigate the reality of these ties and the degree of importance and influence they have on the life and the formation of the child/adolescent´s subjective makeup, in order to facilitate the understanding of these relationships. Thirteen people were interviewed, divided into of seven pairs: two mother- and-child pairs, two father-and-child pairs, two sibling pairs and one homo- parent-child pair, members of families where one of them lived with the other since infancy, and with whom there were neither blood nor adoptive ties, but who nevertheless played the role of either the mother, father or brother to the other. Analysis of the interview material along with a reexamination of the literature supports the idea that neither genetics nor the law has much to do with family matters; that family ties go far beyond mere consanguinity and that the formation of such bonds is based on common life experiences and the role played with respect to the remaining family members.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8122@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8122@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T12:47:47Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:8122Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-06-24T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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