[pt] ASPECTOS PROTEÔMICOS E DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS-TRAÇO EM BÍLIS DE PEIXE: POTENCIAL MARCADOR BIOLÓGICO DE EXPOSIÇÃO AMBIENTAL?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RACHEL ANN HAUSER DAVIS
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19596@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19596@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.19596
Resumo: [pt] A bílis de peixe é um fluido biológico com grande potencial como biomarcador de exposição ambiental a metais e misturas complexas. Este trabalho verificou o potencial desta matriz em situações de contaminação ambiental por metais e analisou aspectos proteômicos. Duas espécies de peixe (Mugil liza – Tainhas, e Tilapia rendalli – Tilápias) foram coletadas de diferentes locais. Indivíduos de tilápia foram expostos a concentrações sub-letais de Cu em laboratório. A bílis foi analisada com relação ao seu conteúdo de elementos-traço (Cd, Cu, Pb, Zn, Ni, Mn), e testes estatísticos demonstram que esta matriz pode ser utilizada para biomonitoramento de exposição de metais ao invés do fígado, sendo mais vantajosa que esta última por ser uma matriz menos complexa, o que facilita o seu pré-tratamento, além de não haver necessidade de sacrificar o animal. Diferentes protocolos de clean-up foram testados com objetivo de analisar a bílis por eletroforese 1D e 2D e zimografias para a detecção de enzimas. O protocolo final de clean-up inclui sonicação, centrifugação, deslipidificação e dessalinização. A presença de metalotioneínas foi analisada nesta matriz, através de eletroforeses 1D, 2D, espectrofotometria e SEC-HPLC-ICP-MS, e foi verificada que existe realmente expressão destas proteínas na bílis, inclusive com o mesmo comportamento reportado no fígado, de expressão aumentada em situações de contaminação ambiental. Também foi verificada a existência de metaloproteases de matriz na bílis através de zimografias gelatinolíticas, que também apresentaram potencial biomarcador de contaminação ambiental, pois algumas bandas gelatinolíticas estiveram presentes apenas em um local contaminado quando comparado a um lugar controle. Este trabalho verificou a existência de dois biomarcadores protéicos em bílis de peixe, um específico à contaminação por metais (metalotioneínas) e um não-específico (metaloproteases de matriz), além da possibilidade de uso da bílis de peixe como biomarcador à exposição a metais pela determinação das concentrações de elementos-traço nesta matriz.
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A bílis foi analisada com relação ao seu conteúdo de elementos-traço (Cd, Cu, Pb, Zn, Ni, Mn), e testes estatísticos demonstram que esta matriz pode ser utilizada para biomonitoramento de exposição de metais ao invés do fígado, sendo mais vantajosa que esta última por ser uma matriz menos complexa, o que facilita o seu pré-tratamento, além de não haver necessidade de sacrificar o animal. Diferentes protocolos de clean-up foram testados com objetivo de analisar a bílis por eletroforese 1D e 2D e zimografias para a detecção de enzimas. O protocolo final de clean-up inclui sonicação, centrifugação, deslipidificação e dessalinização. A presença de metalotioneínas foi analisada nesta matriz, através de eletroforeses 1D, 2D, espectrofotometria e SEC-HPLC-ICP-MS, e foi verificada que existe realmente expressão destas proteínas na bílis, inclusive com o mesmo comportamento reportado no fígado, de expressão aumentada em situações de contaminação ambiental. Também foi verificada a existência de metaloproteases de matriz na bílis através de zimografias gelatinolíticas, que também apresentaram potencial biomarcador de contaminação ambiental, pois algumas bandas gelatinolíticas estiveram presentes apenas em um local contaminado quando comparado a um lugar controle. Este trabalho verificou a existência de dois biomarcadores protéicos em bílis de peixe, um específico à contaminação por metais (metalotioneínas) e um não-específico (metaloproteases de matriz), além da possibilidade de uso da bílis de peixe como biomarcador à exposição a metais pela determinação das concentrações de elementos-traço nesta matriz.[en] Fish bile is a biological fluid with great potential as a biomarker of environmental exposure to metals and complex mixtures. This study verified the potential of this matrix in environmental contamination situations by metals and analysed proteomic aspects. Two fish species (Mugil liza – mullets, and Tilapia rendalli – tilapias) were sampled from different locations. Tilapia individuals were exposed to sub-lethal Cu concentrations in the laboratory. Bile was analyzed regarding trace-element concentrations (Cd, Cu, Pb, Zn, Ni, Mn), and statistical techniques indicate that this matrix can be used in biomonitoring for metal exposure instead of liver, being more advantageous than the latter, since this is a less complex matrix, leading to easier pre-treatment, besides the possibility of not having to sacrifice the animal. Different clean-up protocols were tested with the aim of analysing bile by 1D and 2D electrophoresis and zymographies for protein and enzyme detection. The final clean-up protocol consists of sonication, centrifugation, delipidation and desalting. The presence of metallothioneins was analyzed in this matrix by 1D and 2D electrophoresis, spectrophotometry and SEC-HPLC-ICP-MS, and it was verified that there really is metallothionenin expression in bile, showing similar behaviour to that reported in liver, of increased expression in environmental contamination situations. We also verified the existence of matrix metalloproteases in bile by gelatinolinic zymographies, and these also showed potential as biomarkers for environmental contamination, since some gelatinolinic bands were present only in a contaminated site in comparison to a reference location. This study verified the existence of two protein biomarkers in fish bile, one specific to metal contamination (metallothioneins) and one non-specific (matrix metalloproteinases), besides the possibility of utilizing fish bile as a biomarker to metal exposure by the determination of trace-elements in this matrix.MAXWELLTATIANA DILLENBURG SAINT PIERRERACHEL ANN HAUSER DAVIS2012-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19596@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=19596@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.19596porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-23T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:19596Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-08-23T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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