CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@2
Resumo: A presente tese visa analisar como questões relacionadas ao meio ambiente - em especial, às mudanças climáticas - interagem com os entendimentos locais acerca da segurança, em comunidades que se mostram profundamente afetadas por esses problemas e que, ao mesmo tempo, encontram-se profundamente excluídas dos debates teóricos de segurança. Em meio aos Estudos de Segurança Internacional (ESI), a crise climática persiste em ser analisada a partir de uma dinâmica estadocêntrica, militarizada e de nós x outros. Quando não é esse o caso, os desafios ambientais são enquadrados a partir de uma lógica de segurança humana, animada por um entendimento moderno e liberal acerca do que a segurança deveria ser e, portanto, desconsiderando entendimentos e necessidades locais. (Shani, 2017). Ao focar em narrativas não-científicas sobre segurança, esta tese visa expor as contingências dos discursos hegemônicos verificados em meios aos ESI que, longe de se mostrarem racionais e fundamentados em uma descrição autêntica da realidade, contribuem para agravar os desafios enfrentados por alguns indivíduos, como os Marshalleses. Animados pelos discursos racionais promovidos por pensadores realistas e dos estudos estratégicos, durante a Guerra Fria, as Ilhas Marshall se tornaram palco de testes de 67 armas termonucleares. Tais armas – consideradas pelos teóricos e pelos policy-makers como fonte de poder e como meio legítimo de se obter segurança – vaporizaram ilhas, forçaram a evacuação permanente de comunidades, romperam com a organização social matriarcal e baseada na posse de terras característica das Ilhas Marshall e com os laços ancestrais entre indivíduos e seus atóis. Mais recentemente, o arquipélago e seus habitantes se mostram novamente em risco, dessa vez, não pelas práticas de segurança das superpotências, mas por uma ameaça não intencional e despersonalizada. As mudanças climáticas se caracterizam como a mais recente forma de intervenção, sendo precedidas por uma longa lista de práticas coloniais e violentas direcionadas ao arquipélago. Como uma nação constituída por atóis, é muito provável que, como resultado dos efeitos climáticos, as Ilhas Marshall se tornem inabitáveis ainda ao longo deste século. Para os Marshalleses, tal cenário significaria uma perda incomensurável em termos territoriais, espirituais e culturais. Ao analisar casos como o das Ilhas Marshall, a tese busca explorar quais novos significados e racionalidades de segurança podem emergir, ou se tornar mais proeminentes, face aos desafios trazidos pela mudança do clima. Desta forma, a teoria da segurança ontológica é apresentada como um marco teórico fértil para analisar casos em que o que parece em risco não é apenas a segurança física de estados nacionais, indivíduos e ecossistemas, mas também a preservação de espaços sociais e materiais e de um senso de continuidade biográfica. (Giddens, 1990) A partir deste movimento crítico, busca-se enfatizar outros modos de se refletir e de se vivenciar a (in)segurança, de modo a lançar luzes sobre como o significado deste conceito mostra-se indissociável dos contextos políticos, culturais e emocionais em meio aos quais os discursos de segurança emergem.
id PUC_RIO-1_fdc7255f66bfd778e2bb34023b9631ac
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:49053
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS MUDANÇA CLIMÁTICA E (IN)SEGURANÇA ONTOLÓGICA NAS ILHAS MARSHALL 2019-11-19KAI MICHAEL KENKEL06053553719lattes.cnpq.br/4911785654944799PAULA ORRICO SANDRINFLAVIA GUERRA CAVALCANTIKAI MICHAEL KENKELMARCELO MELLO VALENCAMARCELO MELLO VALENCA11603588779BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOSPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM RELAÇÕES INTERNACIONAISPUC-RioBRA presente tese visa analisar como questões relacionadas ao meio ambiente - em especial, às mudanças climáticas - interagem com os entendimentos locais acerca da segurança, em comunidades que se mostram profundamente afetadas por esses problemas e que, ao mesmo tempo, encontram-se profundamente excluídas dos debates teóricos de segurança. Em meio aos Estudos de Segurança Internacional (ESI), a crise climática persiste em ser analisada a partir de uma dinâmica estadocêntrica, militarizada e de nós x outros. Quando não é esse o caso, os desafios ambientais são enquadrados a partir de uma lógica de segurança humana, animada por um entendimento moderno e liberal acerca do que a segurança deveria ser e, portanto, desconsiderando entendimentos e necessidades locais. (Shani, 2017). Ao focar em narrativas não-científicas sobre segurança, esta tese visa expor as contingências dos discursos hegemônicos verificados em meios aos ESI que, longe de se mostrarem racionais e fundamentados em uma descrição autêntica da realidade, contribuem para agravar os desafios enfrentados por alguns indivíduos, como os Marshalleses. Animados pelos discursos racionais promovidos por pensadores realistas e dos estudos estratégicos, durante a Guerra Fria, as Ilhas Marshall se tornaram palco de testes de 67 armas termonucleares. Tais armas – consideradas pelos teóricos e pelos policy-makers como fonte de poder e como meio legítimo de se obter segurança – vaporizaram ilhas, forçaram a evacuação permanente de comunidades, romperam com a organização social matriarcal e baseada na posse de terras característica das Ilhas Marshall e com os laços ancestrais entre indivíduos e seus atóis. Mais recentemente, o arquipélago e seus habitantes se mostram novamente em risco, dessa vez, não pelas práticas de segurança das superpotências, mas por uma ameaça não intencional e despersonalizada. As mudanças climáticas se caracterizam como a mais recente forma de intervenção, sendo precedidas por uma longa lista de práticas coloniais e violentas direcionadas ao arquipélago. Como uma nação constituída por atóis, é muito provável que, como resultado dos efeitos climáticos, as Ilhas Marshall se tornem inabitáveis ainda ao longo deste século. Para os Marshalleses, tal cenário significaria uma perda incomensurável em termos territoriais, espirituais e culturais. Ao analisar casos como o das Ilhas Marshall, a tese busca explorar quais novos significados e racionalidades de segurança podem emergir, ou se tornar mais proeminentes, face aos desafios trazidos pela mudança do clima. Desta forma, a teoria da segurança ontológica é apresentada como um marco teórico fértil para analisar casos em que o que parece em risco não é apenas a segurança física de estados nacionais, indivíduos e ecossistemas, mas também a preservação de espaços sociais e materiais e de um senso de continuidade biográfica. (Giddens, 1990) A partir deste movimento crítico, busca-se enfatizar outros modos de se refletir e de se vivenciar a (in)segurança, de modo a lançar luzes sobre como o significado deste conceito mostra-se indissociável dos contextos políticos, culturais e emocionais em meio aos quais os discursos de segurança emergem. This thesis seeks to analyze the ways through which issues related to the environment, especially climate change, interact with local conceptualizations of security in communities which are severely threatened by these problems and, at the same time, profoundly excluded from security studies debates. Within International Security Studies (ISS), the climate crisis persists in being analyzed through state-centered, militarized and us x others dynamics. When this is not the case, environmental challenges are placed within a human security logics, animated by a modern and liberal understanding of what is supposed to be secure and thus, disregarding the role of local understandings and needs. (Shani, 2017) By focusing on non-scientific security narratives, I expect to unveil the contingencies of the hegemonic discourses within ISS that, rather than being rational and based on an authentic description of reality, contribute to aggravating the security challenges faced by some individuals, such as the Marshallese. Animated by rational security discourses promoted by realist and strategist thinkers, during the Cold War, the Marshall Islands was turned into a testing ground for 67 thermonuclear weapons. The bombs - considered by security theorists and policy-makers both as a source of power and as a legitimate way to obtain security – vaporized islands, forced the permanent evacuation of entire communities, disrupted the Marshallese land-based matrilineal organization and their ancestral ties to their atolls. Nowadays, the Marshallese archipelago and its inhabitants are once again being challenged: not by the military security goals of superpowers, but by an unintended and depersonalized threat. Climate change is the latest form of intervention, being preceded by a long list of other colonial and violent practices. As a low-lying atoll nation, it is very likely that the Marshall Islands will become inhospitable until the middle of the century as a result of the deteriorating climate effects. For the islanders, it will represent an immeasurable loss of territorial, spiritual and cultural references. In relying on cases such as the Marshallese, I aim to explore what new meanings and rationalities of security can emerge, or become more prominent, in the face of the challenges brought on by climate change. With this aim, the ontological security theory is presented as an insightful framework for the analysis of these cases where, what seams at risk is not only a physical survival of states, individuals and ecosystems, but also the preservation of a stable social and material environment of action and a sense of biographical continuity. (Giddens, 1990) With this critical move, I seek to emphasize other ways of thinking and experiencing (in)security; thus, enlightening how the meaning of this concept is undissociated from the political, cultural and emotional contexts from which security discourses emerge.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCOORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIORPROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINOPROGRAMA DE EXCELENCIA ACADEMICAhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@2engreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:53:39Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:49053Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-08-29T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.en.fl_str_mv CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv MUDANÇA CLIMÁTICA E (IN)SEGURANÇA ONTOLÓGICA NAS ILHAS MARSHALL
title CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
spellingShingle CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS
title_short CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
title_full CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
title_fullStr CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
title_full_unstemmed CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
title_sort CLIMATE CHANGE AND ONTOLOGICAL (IN)SECURITY IN THE MARSHALL ISLANDS
dc.creator.Lattes.none.fl_str_mv
author BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS
author_facet BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv KAI MICHAEL KENKEL
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 06053553719
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/4911785654944799
dc.contributor.referee1.fl_str_mv PAULA ORRICO SANDRIN
dc.contributor.referee2.fl_str_mv FLAVIA GUERRA CAVALCANTI
dc.contributor.referee3.fl_str_mv KAI MICHAEL KENKEL
dc.contributor.referee4.fl_str_mv MARCELO MELLO VALENCA
dc.contributor.referee5.fl_str_mv MARCELO MELLO VALENCA
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 11603588779
dc.contributor.author.fl_str_mv BEATRIZ RODRIGUES BESSA MATTOS
contributor_str_mv KAI MICHAEL KENKEL
PAULA ORRICO SANDRIN
FLAVIA GUERRA CAVALCANTI
KAI MICHAEL KENKEL
MARCELO MELLO VALENCA
MARCELO MELLO VALENCA
description A presente tese visa analisar como questões relacionadas ao meio ambiente - em especial, às mudanças climáticas - interagem com os entendimentos locais acerca da segurança, em comunidades que se mostram profundamente afetadas por esses problemas e que, ao mesmo tempo, encontram-se profundamente excluídas dos debates teóricos de segurança. Em meio aos Estudos de Segurança Internacional (ESI), a crise climática persiste em ser analisada a partir de uma dinâmica estadocêntrica, militarizada e de nós x outros. Quando não é esse o caso, os desafios ambientais são enquadrados a partir de uma lógica de segurança humana, animada por um entendimento moderno e liberal acerca do que a segurança deveria ser e, portanto, desconsiderando entendimentos e necessidades locais. (Shani, 2017). Ao focar em narrativas não-científicas sobre segurança, esta tese visa expor as contingências dos discursos hegemônicos verificados em meios aos ESI que, longe de se mostrarem racionais e fundamentados em uma descrição autêntica da realidade, contribuem para agravar os desafios enfrentados por alguns indivíduos, como os Marshalleses. Animados pelos discursos racionais promovidos por pensadores realistas e dos estudos estratégicos, durante a Guerra Fria, as Ilhas Marshall se tornaram palco de testes de 67 armas termonucleares. Tais armas – consideradas pelos teóricos e pelos policy-makers como fonte de poder e como meio legítimo de se obter segurança – vaporizaram ilhas, forçaram a evacuação permanente de comunidades, romperam com a organização social matriarcal e baseada na posse de terras característica das Ilhas Marshall e com os laços ancestrais entre indivíduos e seus atóis. Mais recentemente, o arquipélago e seus habitantes se mostram novamente em risco, dessa vez, não pelas práticas de segurança das superpotências, mas por uma ameaça não intencional e despersonalizada. As mudanças climáticas se caracterizam como a mais recente forma de intervenção, sendo precedidas por uma longa lista de práticas coloniais e violentas direcionadas ao arquipélago. Como uma nação constituída por atóis, é muito provável que, como resultado dos efeitos climáticos, as Ilhas Marshall se tornem inabitáveis ainda ao longo deste século. Para os Marshalleses, tal cenário significaria uma perda incomensurável em termos territoriais, espirituais e culturais. Ao analisar casos como o das Ilhas Marshall, a tese busca explorar quais novos significados e racionalidades de segurança podem emergir, ou se tornar mais proeminentes, face aos desafios trazidos pela mudança do clima. Desta forma, a teoria da segurança ontológica é apresentada como um marco teórico fértil para analisar casos em que o que parece em risco não é apenas a segurança física de estados nacionais, indivíduos e ecossistemas, mas também a preservação de espaços sociais e materiais e de um senso de continuidade biográfica. (Giddens, 1990) A partir deste movimento crítico, busca-se enfatizar outros modos de se refletir e de se vivenciar a (in)segurança, de modo a lançar luzes sobre como o significado deste conceito mostra-se indissociável dos contextos políticos, culturais e emocionais em meio aos quais os discursos de segurança emergem.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-11-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49053@2
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324950987505664