A FUNÇÃO CONSTITUTIVA DA VOZ E O PODER DA MÚSICA NO TRATAMENTO DO AUTISMO
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Psicologia em Estudo (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722021000100203 |
Resumo: | RESUMO. O artigo parte de uma experiência de pesquisa sobre o tratamento psicanalítico em grupo de crianças autistas, para refletir acerca da presença de mais de um analista no setting. A interação entre os analistas favorece uma abordagem não diretiva, permitindo à criança que ela se aproxime espontaneamente, sem ser forçada a um contato que pode ser sentido como extremamente angustiante pelo autista. Ademais, constatam-se os efeitos da voz como suporte para os próprios interventores, que dialogam, brincam e cantam entre eles, suscitando uma animação libidinal capaz de mobilizar a criança autista. A música que circula nas brincadeiras de roda veicula tanto aspectos simbólicos da cultura quanto o real do gozo de alíngua. Em um caso particular, a prosódia do canto mostrou-se uma forma imaginária específica de tratar a dimensão real da voz que invade o sujeito autista. Servindo-se de canções populares como objetos de mediação, foi possível orientar o tratamento a partir de uma solução que veio do próprio sujeito, que, antecipado neste ato, pode ouvir a invocação para advir. Evidencia-se assim, também no autismo, o papel do objeto pulsional voz para a constituição subjetiva. |
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