Dimensões clínicas do ato na obesidade: compulsão por comer e sintoma na perspectiva psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seixas,Cristiane Marques
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia em Estudo (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722019000100230
Resumo: RESUMO A partir da diferenciação de algumas dimensões clínicas do ato, conceituando com Freud o ato sintomático, o acting out, o ato falho e a passagem ao ato, e da problematização da ideia de sintoma, o presente trabalho procura entender o que se trata na compulsão por comer presente nos pacientes ditos obesos. Essa diferenciação visa instruir uma nova maneira de apreender a compulsão por comer dentro do campo psicanalítico acompanhando os desenvolvimentos freudianos na segunda tópica. Tendo em vista o advento do conceito de pulsão de morte em 1920, a compulsão lato sensu não pode mais ser considerada somente como formação de compromisso, pois no caso dos pacientes ditos obesos a compulsão comporta uma satisfação que ultrapassa o princípio do prazer. Discute-se a diferenciação entre Neurose e Psicose, lançando mão da ideia de Psicose Ordinária para apontar uma possibilidade de ‘falha’ no efeito de barra ao gozo que se evidencia na insistência desses sintomas que carregam consigo um ganho secundário ao qual os sujeitos permanecem atados. A compulsão por comer constitui, portanto, uma forma de evitar a angústia que paradoxalmente produz um sofrimento, ou ainda, um ato que se funde ao eu e cobra seu preço na moeda da angústia. Sugere-se avançar no entendimento da última teoria freudiana da angústia para distinguir as diferentes maneiras de abordagem clínica do ato em suas diferentes declinações.
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