DA COLIGAY AO SHEIK – (RE)PRODUÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE NO ESPAÇO DE MASCULINIDADES: UMA ANÁLISE DE DISCURSOS NO CAMPO FUTEBOLÍSTICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Kelvin
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Oficina do Historiador
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/19051
Resumo: O ano de 2013 foi representativo para o futebol brasileiro. Após o “selinho” de Emerson Sheik, atacante do Corinthias, no empresário Isaac Azar, houve uma onda de comentários considerados homofóbicos, não só contra os atores do ato, bem como o próprio Corinthias. O que houve de representativo foi a volta da discussão acerca do tema homossexualidade, construção da masculinidade e o futebol. De fato, são três eixos que causam discussão, tendo em vista ser o futebol brasileiro um currículo de masculinidades. Porém, ao verificarmos a constituição de torcidas a favor da ocupação de espaços nos estádios pelos gays, como é o caso da Coligay (1977-1987), percebemos que o tema não é tão novo assim. A partir de reportagens da Revista Placar, pretendemos compreender o que essa mídia escreve sobre essa torcida. Qual o objetivo de se afirmar homossexuais num campo onde há (re)produção de masculinidades? Por (re)produção de masculinidades, entendemos que há constantemente nos estádios e outros espaços de reprodução do discurso futebolístico uma constante: o processo de “pedagogização”, da qual surgem ações que se associam a forma de ser homem (ou não ser homem). Dessa forma, o artigo pretende analisar essas reportagens e relacioná-las ao conceito de currículo de masculinidades, procurando entender como a Coligay se afirma e por que se afirma como uma torcida de homossexuais no espaço futebolístico.
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