Motivações do conceito de corpo-si: corpo-si, atividade, experiência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Letras de Hoje (Online) |
Texto Completo: | https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/19102 |
Resumo: | Este texto busca explicar a função de convergências e questões possibilitadoras do desenvolvimento da tese segundo a qual toda atividade de trabalho é sempre “uso de si, por si e por outros” (SCHWARTZ, 1987). Sucessivas reformulações levaram ao estabelecimento do seguinte princípio: toda atividade industriosa é sempre uma “dramática do uso de um corpo-si” (remetendo “dramática” à necessidade contínua de travar debates com normas). Sendo a atividade humana identificada assim como um contínuo debate de normas cujo lócus é o corpo-si, convém perguntar como, em termos de diferentes medidas temporais, esses debates se encaixam (à maneira das bonecas russas), ou seja, de que maneira as relações valorativas nos meios de vida e de trabalho se incorporam ao âmago do corpo-si, inclusive em termos de temporalidades mais curtas, “escondidas no corpo”. Cabe assim entender qual é a unidade enigmática dessa entidade – o corpo-si – que acumula experiência e saberes de formas extremamente diversas, notadamente em sua relação com a linguagem, que articula patrimônio epistêmico e sensibilidade axiológica, sem deixar de estar disponível para ou restrita por micro-escolhas e reajustamentos que a vida não cessa de lhe propor ou impor. O texto, retomando parcialmente, segundo seus objetivos, a distinção entre idem e ipse (RICOEUR), pretende conceber debates de normas encaixados como o cerne da dialética entre essas dimensões. ******************************************************** Motivations of the concept of selfbody: selfbody, activity, experience This text aims to explain the convergences and questions that made the thesis according to which any work activity is always “use of oneself by oneself and by others” (SCHWARTZ, 1987) to be little by little re-formulated so as to say that “any industrious activity is always a dramatic of the use of a selfbody” (referring “dramatic” to the continuous necessity of doing debates of norms). As human activity is thus identified as a continuous debate of norms whose locus is the body itself, it is suitable to ask how, in terms of different temporal measures, these debates embed (as happens with Russian dolls), in other words, how valorative relations in the environments of life and work are incorporated to the heart of selfbodies, inclusive in terms of shorter temporalities “hidden in the body”. We may thus understand what enigmatic unity is that of this entity – the selfbody – that accumulates experience and knowledge in extremely different forms, especially in its relation to language, which articulates epistemic inheritance and axiological sensibility, without stopping to be available for or limited by micro-choices and readjustments that life does not cease of proposing or imposing it. The text, retaking partially, according to its objectives, the distinction between idem and ipse (RICOEUR), intends to conceive embedded debates of norms as the kernel of the dialectics between these latter dimensions. Keywords: Selfbody; Idem/ipse; Use of oneself; Debate of norms embedding; Epistemic and axiological dimensions |
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