Dos sonhos de Kindzu e da produção dialética de lugares e não lugares em Terra sonâmbula, de Mia Couto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Jorge Alves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Letras de Hoje (Online)
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/22976
Resumo: “Naparama? Nunca eu tinha ouvido falar em gente dessa.” Com essa pergunta, o narrador Kindzu, criado pelo escritor moçambicano Mia Couto, apresenta-nos um dos eixos políticos e psicossociais do romance Terra sonâmbula (1992). Acompanharemos, nesse estudo, Kindzu, perspectivado pelos simbolismos, pela razão prática e poética dos Naparamas, dinamizando estratégias multiculturais através de suas ações e da escrita de diários, para compreender seu lugar no complexo processo pós-colonial de Moçambique. Através dos diários do filho de Taímo, em narrativa mise en abyme, o velho Tuahir e o adolescente Muindiga terão elementos tradicionais e contemporâneos para a coexistência nas espacialidades tensionadas de lugares e não lugares (AUGÉ, 2010; 2012), com o objetivo de sobreviver ao corolário da guerra civil e para compreender possíveis mecanismos de reconstrução de sua nação.********************************************************************Of Kindzu’s Dreams and of Dialectical Production of Places and Non-Places in Mia Couto’s Sleepwalking LandAbstract: “Naparama? Never have I heard of such people.” With this question, the narrator Kindzu, created by the Mozambican writer Mia Couto, introduces us to one of the political and psychosocial center lines of the novel Sleepwalking Land (1992). We'll follow, in this study, Kindzu, by the prospect of symbolism, practical reason and the poetic of Naparamas, giving dynamism to multicultural strategies through his actions and journal writing, to understand his place in the complex Post-Colonial process in Mozambique. Through the journals of Taímo's son, in mise en abyme narrative, the old Tuahir and the teenager Muindiga will have traditional and contemporary elements to coexist in tense spatiality of places and non-places (AUGÉ, 2010; 2012), with the purpose of surviving the corollary of the civil war and understanding possible mechanisms of the nation's reconstruction.Keywords: Mia Couto; Sleepwalking Land; Spaciality; Decolonisation
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