Uma vida solitária

• Autor(a) principal: Guzzo, Ferdinando Parrini Andreoni
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41844
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Transgeneridade; Psicologia; Universidade; Gênero; Transfobia

Essa pesquisa aborda o problema histórico brasileiro da transfobia, utilizando-se dos conceitos da Teoria Queer de Judith Butler, de dados epidemiológicos da população trans, e de uma entrevista feita pelo o autor, para dissertar sobre o tema da vivência trans no ambiente universitário, assim como o papel do psicólogo frente a esse cenário. Por meio de uma pesquisa empírica qualitativa feita para alunos trans da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o autor utilizou de suas respostas, juntamente de uma revisão bibliográfica interdisciplinar, para estudar a respeito da entrada, permanência, e saída de estudantes trans na universidade, e de que forma a figura de um profissional da Psicologia teve, ou poderia ter, impacto nesses aspectos. A entrevista foi semidirigida, ou seja, dispôs de um roteiro para o encontro com o participante, em que através de uma primeira pergunta disparadora e algumas questões-tópicos, o dinamismo da entrevista foi encorajado. A análise de dados se deu de forma qualitativa e, a partir das falas coletadas, buscou-se elementos das vivências universitárias de modo a compor um relato que pudesse ser comparado à teoria e revisão bibliográfica feita pelo pesquisador. A partir disso, foi observado que a realidade de uma pessoa trans atravessa qualquer espaço que ocupa, logo, na universidade isso também é presente, de modo que as relações interpessoais descritas sempre perpassam esse fator de identificação. A complexidade de sua existência expande-se para o modo em que se experiencia o acolhimento, relações com docentes e discentes e outros membros do ambiente educacional, assim como outros elementos do cotidiano como a utilização do nome social e o uso de banheiros. Conclui-se, portanto, que é preciso uma maior atuação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em contemplar as pessoas trans que fazem parte da universidade, e que existem diversos papéis que um profissional da Psicologia pode assumir para garantir o cumprimento de direitos, o bem-estar e a saúde mental desses e demais estudantes