A distribuição de afetos e violências no sistema monogâmico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41867 |
Resumo: | A pesquisa teve por objetivo fazer uma investigação sobre determinados tipos de violências e processos de marginalização de subjetividades, e também sobre tipos de distribuições de afetos e de práticas de cuidado, através do que foi chamado “o sistema monogâmico”. Pretendeu-se estabelecer uma noção ampliada e crítica do que é “monogamia”, escapando do imaginário social que a entende como uma prática, um acordo entre duas pessoas definido pela exclusividade sexual. Utilizando os conceitos de superestrutura marxista e de hegemonia gramsciana, foi estabelecido que a monogamia faz parte de uma superestrutura que opera para perpetuar violências hegemônicas de classe, raça, gênero e outras, através da naturalização de uma noção ensimesmada e individualizada de sujeito e família, incapaz de conceber um mundo interconectado, interdependente e, portanto, acolhedor. Isto foi feito ao longo de três capítulos. No primeiro é explorada a origem do sistema monogâmico contemporâneo, através de três analisadores principais: o catolicismo e a inquisição na Idade Média europeia; o colonialismo europeu e seus impactos no chamado continente americano; e o pensamento capitalista, competitivo e meritocrático; todos aspectos que, em alguma medida, mediam as relações interpessoais dos sujeitos no mundo ocidental contemporâneo. No segundo, são delimitadas com mais minúcia as violências desse sistema, diferenciando quais são as subjetividades privilegiadas e as marginalizadas por ele. No terceiro capítulo, foram traçados caminhos desviantes, alternativos à norma hegemônica e hostil do sistema monogâmico, através do resgate de narrativas como a “não-monogamia da floresta” de Geni Núñes, as “redes afetivas” de Brigitte Vasallo, e práticas de subjetivação alternativas como a “pirataria de gênero” de Paul B. Preciado |
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