Sociedade do cansaço: interfaces com a psicanálise

• Autor(a) principal: Affonso, Mariana Ramos Marques
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/39825
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Sociedade do cansaço; Neoliberalismo; Positividade; Burnout; Psicanálise

O sul-coreano Byung-Chul Han (2010/2017), professor de filosofia e estudos culturais da Universidade de Berlim, afirma em seu livro “Sociedade do Cansaço” que a sociedade do século XXI não é mais uma sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho. Nela, os indivíduos não são mais sujeitos da obediência, mas sim sujeitos de desempenho e produção, descritos pelo autor como empresários de si mesmos. A superprodução, o superdesempenho e a supercomunicação acontecem em uma lógica de excesso de positividade, cuja violência resulta, nas palavras do autor, em adoecimentos neuronais: Síndrome de Burnout, Depressão e TDAH são alguns exemplos. O presente trabalho procura entender a Sociedade do Cansaço no contexto do neoliberalismo e seus desdobramentos psíquicos no sujeito de desempenho descrito por Byung-Chul Han, além de articular reflexões com autores dos séculos XX e XXI (Sigmund Freud, Pierre Dardot, Christian Laval, Christophe Dejours, Alain Ehrenberg, Joel Birman, Vladimir Safatle, Maria Rita Kehl, Elisabeth Roudinesco, Pedro de Santi, Giorgio Agamben, Marcelo Checchia, entre outros) e discutir sobre possíveis saídas individuais e coletivas à luz da psicanálise